Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que sugere excesso de autoridades para um reduzido número de seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política nacional. Ausentes nos espaços de poder, os indígenas veem seus dramas se intensificarem, com a fragilização da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ofensiva da bancada ruralista e o massacre de etnias impulsionado pela guerra de especuladores do agronegócio, percebida por muitos como a continuação de um genocídio. Resta aos indígenas lutar pelas reservas, mas mesmo essa solução está longe do ideal. O próprio conceito de reserva, centro do conflito entre indígenas e agricultores, não atende às necessidades dos povos. "Lutamos pela demarcação, mas a prioridade das comunidades é a sustentabilidade. Não adianta a terra estar demarcada e desassistida", diz o cacique Rafael Weere, liderança do PDT. "Vivíamos como nômades e agora estamos ilhados. Os recursos naturais diminuem e a população aumenta. O governo deveria nos garantir alternativas", afirma.(Carta Capital)
Pastores estão sendo indicados para assumir a Funai e grileiros para controlar o INCRA. Alguém já está com saudade dos milicos....Nem eles chegavam a tanto!
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