Não faz sentido fazer as coisas por obediência. Só porque a lei manda. Não faz sentido amar por decreto! Ou sentimos sentimentos de afeto, de amabilidade ou em nada adianta. Na vida, muitas vezes, é o medo da punição que nos move. Punição e repreensão pública porque não agimos de acordo com preceitos e normas criadas por humanos. Ao contrário, deveríamos agir de forma livre e entusiasta simplesmente porque gostamos. Porque vemos a importância e a beleza de agir segundo um determinado modo. Sem imposições e sem ameaças de castigo. Na época de Jesus a observância do repouso no dia de sábado havia se tornado uma obsessão. Os sacerdotes do templo eram os maiores interessados em impor essa lei. Não havia o desejo de ver um povo que celebra junto, que curte a família, que humaniza o trabalho e outras ocupações. Que repousa de suas atividades e ambições, que reflete e se confronta sobre os rumos que deve tomar. Havia, isso sim, o mórbido desejo por parte da religião oficial de afirmar o seu poder sobre o povão. Sentir que tinha um povo submisso e que podia puni-lo por causa de sua eventual desobediência. Manter o povo sempre num estado de alerta e de medo. Mantê-lo escravo, como outrora, no Egito. Jesus nessa narração evangélica mostra o que deve vir em primeiro lugar, sempre: o ser humano com sua liberdade e suas necessidades reais. Jamais podemos colocar a pessoa numa situação de escravidão e de submissão. Nem para servir obrigatoriamente outros, nem para obedecer à força a leis impostas por terceiros. Principalmente quando se usa para tanto o nome de Deus. As leis, sempre, ou são feitas para preservar e defender dignidades e direitos, ou podem e devem ser desobedecidas e descartadas! Faraós, imperadores , sumos sacerdotes e presidentes impostores, nunca mais!
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