sábado, 23 de junho de 2018

Neymar, Tite e c. são a cara da elite golpista, coxinha, e babaca do atual sistema brasileiro! Por Mauro Lopes

Cinco breves observações sobre o jogo de hoje, a seleção e o país:

1. Os estrangeiros que não têm outras fontes de informação sobre o Brasil, a se fiarem nas imagens das arquibancadas da Copa, devem imaginar que este é um país de gente branca e com alto índice de loiros e loiras. É a avenida Paulista do golpe transplantada em versão mini para a Rússia.

2. Esse Neymar é um babaca, é a cara do Brasil-golpe. Faz jogo de cena todo o tempo, simulando ter sofrido faltas dos adversários, jogando-se em campo de maneira melodramática. Simulou o pênalti -deveria ter levado cartão amarelo por isso. É desleal: atingiu o goleiro da Costa Rica com uma joelhada maldosa e depois aplicou uma cotovelada suja num jogador. Não contente com isso, ainda dirigiu-se com palavrões e ameaças àquele a quem agredira, na frente do juiz -deveria ter sido expulso por isso. É um menino mimado. Quando as coisas não dão certo descontrola-se de maneira infantil, como na cena patética de lançar a bola ao chão, com raiva -levou cartão amarelo por isso.É da turma da carteirada - ficou esperando o juiz na saída do intervalo para peitar o árbitro sabe-se lá a razão. 

3. As cenas ao final do jogo foram melancólicas. Neymar chorando copiosamente e outros jogadores visivelmente abalados porque venceram... a Costa Rica! Não há equilíbrio, respeito ao outro (os jogadores da Costa Rica) ou senso de proporção.  

4. Mais uma vez o país engole a empulhação sobre os líderes fabricados pela mídia. O técnico magistral, capaz de controlar e coesionar o “grupo”, mestre das palestras e da neurolinguística, está mostrando um time comum, sem brilho nem maturidade. Para vencer hoje, desmontou por completo toda a estrutura tática cantada em prosa e verso como genial nas eliminatórias. Venceu um time limitado mas aplicado taticamente e leal na base da bola pra frente -e tome pressão sobre os árbitros da partida. 

5. Toda a lógica da seleção e do sistema que a envolve é a do neoliberalismo mais selvagem. Não basta ao Tite ganhar R$ 15 milhões por ano como técnico; é preciso virar garoto propaganda do Itaú, patrocinador do golpe e da transmissão da Globo. Não basta ao Neymar ter dois ou três carros. É preciso uma frota, uma coleção avaliada em R$ 18 milhões e mais helicóptero e avião e iate. E mais, e mais e mais. Sempre mais. Porque nunca basta. O jogadores e o técnico da seleção não é gente originalmente da elite brasileira. Meninos pobres, cresceram em meio a dificuldades imensas. Mas foram adotados e aceitos no clube. Não é à toa que são amigos de Luciano Huck, Aécio e toda a malta dos que se consideram ainda dono dos escravos -a massa pobre do país.

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Mauro Lopes é escritor e jornalista

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