Pelo jeito, a Eletronorte que com suas torres e fios de alta tensão que perpassa 25 km da Terra Indígena Canabrava, no Maranhão, está longe de ‘dar uma dentro’! Ontem, 09 de março, a empresa encaminhou às aldeias Guajajara situadas ao longo da BR 226, centenas de sacos de sementes de feijão e milho a serem distribuídos para...plantio. Ocorre que estamos no fim do inverno, o período das chuvas, e mesmo que haja ainda previsão de chuvas não há uma família que tenha terra apta a receber as sementes. Como sempre, as sementes doadas chegaram tarde ao seu destino. Vive-se, mais uma vez, um paradoxo carregado de ironia e maldade: a doação da Eletronorte não poderá servir nem para os animais e nem para as famílias, mas ‘que foi entregue, foi’! Havia só revolta e indignação entre as lideranças da aldeia Coquinho por mais um desperdício de sementes que deveriam ter sido entregue ainda no mês de outubro de forma que as famílias Guajajara, ao preverem a entrega das sementes teriam preparado as roças para recebê-las. E, com a chegada das chuvas, estariam aptas a germinar e a produzir fartura. Os líderes prometem uma queixa formal ao juiz federal por mais uma vez o Termo de Ajuste de Conduta firmado entre as partes ter sido quebrado unilateralmente pela Eletronorte e deixado centenas de famílias sem sementes e sem alimentos para este ano! Só falta agora dizer que os índios não plantaram porque não quiseram!
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