Há muitas Marias dentre nós que nos revelam o rosto amável de um Deus que não vemos. Que nos ajudam a sentir que o Absoluto está entre nós. Que não é preciso adorá-Lo e louvá-Lo mas que é imprescindível amar, cuidar, proteger os seus filhos e filhas que somos nós! Se Jesus, fruto do amor entre José e Maria, foi aquela pessoa dedicada, generosa, atenta e compassiva que conhecemos é porque, certamente, teve uma educação intensa e específica por parte de seus pais que o prepararam para tal finalidade. É inadiável dentro da nossa igreja dar um novo direcionamento à nossa espiritualidade mariana. Maria não é deusa, não é rainha, e tampouco é uma santa a ser enclausurada num santuário para ser venerada! Maria é para ser seguida e ouvida. É para reproduzirmos e atualizarmos seus gestos, suas escolhas e suas opções de vida. O desafio para nós, hoje, é sabermos ouvir o clamor e a voz dos anjos humanos anunciadores de paz; é denunciar a falta do vinho do amor lá onde sobra ódio; é ter a coragem de percorrer montanhas para servir e proteger; é percorrer os calvários da vida e não abandonar os muitos filhos crucificados. É estarmos presentes nos inúmeros cenáculos carregados de esperança e de Espírito Transformador e compreendermos que a Boa Nova não se anuncia num templo ou numa sacristia, mas em todos os rincões da 'Pátria Amada' e da humanidade.
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