terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Suzano no Maranhão: a que preço!!!!!

A poderosa empresa Suzano Papel e Celulose, que cerca Chapadinha com promessas de milhões em investimentos e milhares de empregos, há muito ronda outros municípios da região deixando rastro de conflitos agrários, suspeita de dano ao meio ambiente e denúncias de grilagem de terras, desrespeito e truculência contra trabalhadores rurais e comunidades tradicionais do Baixo Parnaíba. A última comunidade a ter problema com a Suzano recebe o nome de Formiga e fica a 45 quilômetros de Anapurus. Na sexta-feira (18) a empresa paulista conseguiu um mandado de reintegração de posse em caráter liminar (provisório), com decisão de juiz substituto proferida contra pessoas que ocupam a área por pelo menos três gerações. No cumprimento da decisão judicial três casas foram postas abaixo, cercas foram arrancadas, um antigo cemitério teria sido atingido pela derrubada de árvores e um poste de iluminação fora quebrado pelos tratores que executaram o serviço.
A Suzano diz na ação que adquiriu a terra em 1996, mostra uma cessão de direitos registrada em seu favor no Cartório Monteles de Anapurus, datada no mesmo ano de 1996 e documentos e taxas expedidos pelo INCRA com base na mesma cessão de direitos.Os trabalhadores, quase todos herdeiros de Francisco Rodrigues do Nascimento, que constituiu família ali e tinha efetiva posse da terra há mais de noventa anos. Segundo relatos foram gerações sobrevivendo da pequena agricultura e do extrativismo (bacuri, pequi e babaçu) até a Suzano a reclamar a terra. Os agricultores apresentam certidão do Cartório de 1º Ofício de Brejo em que a demarcação das terras em favor da família tem registro desde 1966. O advogado dos agricultores é enfático em suspeitar de grilagem, “infelizmente por conta de uma grilagem gigantesca, a Suzano e outras empresas de grande porte, que por cá estão se assentando, vem promovendo um verdadeiro atentado às nossas famílias do campo. De olho em terras, vem forçando uns e outros lavradores a deixarem suas terras (seu mais precioso bem)”, frisou o advogado. Atualmente o Cartório de Anapurus passa por intervenção do Tribunal de Justiça por suspeita de irregularidades em registro de terras e outros documentos. (Fonte: blog de alexandre-pinheiro)

sábado, 26 de novembro de 2011

Advento: antenado o tempo todo! (Mc.13, 33-37)



Quantas vezes andamos desatentos na vida, e nos deixamos escapar oportunidades únicas? Quantas vezes vivemos desligados com o que ocorre ao nosso redor, e perdemos a chance de encontrar a pessoa certa. Aquela que pode mudar o rumo da nossa vida? Quantas vezes, de forma leviana, por não querer acompanhar ou por não saber interpretar informações, notícias, pesquisas, anúncios quebramos a cara? E permitimos que outros também a quebrem por causa da nossa distração? Quantas vezes achamos que ‘dormir no ponto’ ou ‘estar ligado’ não faz diferença, pois imaginamos que não temos poder para modificar o ambiente em que nos encontramos? Porque achamos que há um destino já escrito que determina tudo com ou sem a interferência dos humanos. Pois bem, o evangelho de hoje nos dá uma aula de vida. De ‘compromisso social e humano’! E de assunção de responsabilidade com tudo o que ocorre ao nosso redor. Enganam-se aqueles que acham que Jesus, na narração evangélica hodierna, esteja se referindo ‘à vinda última e definitiva’ de Deus ou à uma segunda vinda do ‘filho do homem’! Enganam aqueles que acham que Jesus esteja propondo uma acolhida ‘digna’, adequada, a ‘Alguém’ que como ladrão poderia estar chegando nas horas mais impróprias para flagrar os seus filh@s ou empregad@s em alguma contradição...

O horizonte da parábola é a Realeza de Deus. O jeito novo de Deus governar a humanidade. Jesus é um homem/cidadão inserido na história. Antenado nela. Sabe que cabe aos humanos ‘construir’ a nova humanidade a partir daquilo que Deus sonha e quer para os humanos. Jesus não delega para Deus algo que cabe a todos. Ao mesmo tempo, porém, percebe que os humanos confundem freqüente e propositalmente ‘vontade de Deus’ com ‘interesses próprios’. A manipulação e a esperteza estão sempre à espreita. Muit@s, de fato, usam e abusam do ‘nome e da vontade de Deus’ para justificar formas de escravidão e opressão. É preciso, portanto, vigiar. Desmascarar. Revelar. É preciso educar-se e educar ao senso crítico. De quem não bebe tudo o que vê ou que acha que vê. Que não se empolga com atitudes e manifestações espetaculares, - sejam elas sociais, políticas ou religiosas - que apontam para soluções rápidas e fáceis. Mágicas e milagrosas. Que dispensam a responsabilidade pessoal e coletiva. O discípulo de Jesus é aquele que ‘não deixa escapar nada’! É aquele que vive em estado de alerta permanente. Investiga e quer uma explicação para tudo. Que não se distrai mesmo sem renunciar à beleza e ao ‘prazer’ de viver. Que analisa, com atenção, pessoas e acontecimentos. Que intui que nas pessoas e nos acontecimentos é que residem saídas e luzes para a humanidade. Que nelas, se bem discernidas, encontram-se a ‘vontade e a realeza de Deus’! Enfim, que não fica esperando, mas sabe quando faz a hora...
Bom advento!

domingo, 20 de novembro de 2011

Entidades religiosas condenam crime contra o povo Kaiwá

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em carta aberta responsabiliza a presidenta da República, Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o presidente da Funai, Márcio Meira e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli pela chacina praticada contra a comunidade Kaiowá Guarani do acampamento Tekoha Guaiviry, na manhã desta sexta-feira (18). Os 42 pistoleiros, além de matar o cacique Nisio Gomes e levar o seu corpo, balearam mais três jovens indígenas e feriram vários outros por balas de borracha. Dois estão desaparecidos e outro se encontra hospitalizado. ‘O governo da presidenta Dilma, - afirma o CIMI - é perverso e aliado aos latifundiários criminosos de Mato Grosso do Sul. Insiste em caminhar para o massacre e se encontra banhado em sangue indígena, camponês e quilombola’. Por outro lado, - continua a carta do CIMI - a Polícia Federal tampouco investiga os assassinatos dos indígenas. A Polícia Federal precisa investigar exaustivamente o crime, proteger a comunidade e apresentar os criminosos’. As comunidades acampadas no Mato Grosso do Sul estão unidas contra mais este massacre, numa demonstração de profundo compromisso e firme decisão de chegar aos territórios tradicionais. Indígenas de todo o Estado se dirigiram ao acampamento tão logo souberam do covarde ataque. Na última quarta-feira, inclusive, estiveram lá para prestar solidariedade aos Kaiowá Guarani que retomaram um pequeno pedaço de terra mesmo sob risco de ataque – o que aconteceu, mas sem maiores repercussões. ‘O Cimi, - conclui a carta - mais do que nunca, acredita que a força, beleza e espiritualidade desses povos os manterão firmes e resistentes na luta, apesar de invisíveis aos olhos de um governo que escolheu como aliados os assassinos dos índios brasileiros.

Brasília, 18 de novembro de 2011.
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

COMBONIANOS DO BRASIL NORDESTE REPUDIAM
ATO BÁRBARO CONTRA O POVO KAIWÁ

O Missionários Combonianos do Brasil Nordeste, de quem este blogueiro é coordenador, condenam veementemente não somente o ato vil e bárbaro cometido por 42 pistoleiros a mando de inescrupulosos contra o povo indígena Kaiwá-Guarani, mas também todas aquelas instituições assim ditas públicas que em lugar de defender os desprotegidos dessa terra omitem-se criminosamente quando estes são barbaramente trucidados. Mais uma página da história desse País está sendo escrita com sangue, crime e vergonha. Justiça para os povos indígenas do Brasil!

Missionários Combonianos Brasil Nordeste - 20 de novembro de 2012

20 de novembro: DIA DA CONSCIÊNCIA ....HUMANA!

Também a presidente Dilma, ontem, em Salvador, não pode esconder o que é evidente para a maioria dos brasileir@s: a pobreza no Brasil é ‘negra e é feminina’. Poderíamos acrescentar:’...e feminina negra’!Ela se baseou nos dados atualizados do IBGE de 2010, mas publicados recentemente. Uma fotografia do momento, claro, mas que reflete uma seqüência de fotos que se repete há séculos, no nosso País. Esses dados, porém, não medem o nível de ‘pobreza moral/cidadã’ de inúmeros brasileir@s que continuam alimentando a indústria do racismo e da intolerância. Em suas consciências cativas e tapadas imaginam que desenvolvimento e o progresso nacional continuem fazendo rima com cidadãos/ãs de ‘boa (branca) aparência’. Os povos negros do Brasil continuam funcionais a determinadas elites que perpetuam de forma sempre mais camuflada e sorrateira um modelo de neo-escravatura que parece não mais irritar e chocar as consciências nacionais. Nem as de muit@s negr@s! Hoje celebra-se o Dia da Consciência Negra. Para negr@s e para não negr@s. Para os que se assumem a sua origem e história, e se orgulham, e para os que se envergonham.

Aliás, como não nos envergonhar por sermos tão estúpidos e idiotas em alimentar ainda no XXI século preconceitos tão arcaicos (com todo respeito à origem etimológica da palavra)? Como não nos sentir vis em continuar a praticar ou a ignorar práticas escravagistas em plena ‘pós-modernidade’, que é considerada a panacéia do momento atual? Como não nos envergonhar por ‘lutar por espaço’ na política e na sociedade – supostamente para defender os direitos universais do gênero humano, – mas na realidade, é para ocupar cargos e prestígio às custas de tant@s negr@s massacrad@s...esquecid@s por nós mesmos? Que nasça um nova consciência humana!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

42 pistoleiros invadem acampamento dos Kaiwá-Guarani e executam o cacique.

No início da manhã desta sexta-feira (18), por volta das 6h30, a comunidade Kaiowá Guarani do acampamento Tekoha Guaviry, município de Amambaí, Mato Grosso do Sul, sofreu ataque de 42 pistoleiros fortemente armados. O massacre teve como alvo o cacique Nísio Gomes, 59 anos, executado com tiros de calibre 12. Depois de morto, o corpo do indígena foi levado pelos pistoleiros – prática vista em outros massacres cometidos contra os Kaiowá Guarani no MS. As informações são preliminares e transmitidas por integrantes da comunidade – em estado de choque. Devido ao nervosismo, não se sabe se além de Nísio outros indígenas foram mortos. Os relatos dão conta de que os pistoleiros sequestraram mais dois jovens e uma criança; por outro lado, apontam também para o assassinato de uma mulher e uma criança.
“Estavam todos de máscaras, com jaquetas escuras. Chegaram ao acampamento e pediram para todos irem para o chão. Portavam armas calibre 12”, disse um indígena da comunidade que presenciou o ataque e terá sua identidade preservada por motivos de segurança. Conforme relato do indígena, o cacique foi executado com tiros na cabeça, no peito, nos braços e nas pernas. “Chegaram para matar nosso cacique”, afirmou. O filho de Nísio tentou impedir o assassinato do pai, segundo o indígena, e se atirou sobre um dos pistoleiros. Bateram no rapaz, mas ele não desistiu. Só o pararam com um tiro de borracha no peito.Na frente do filho, executaram o pai. Cerca de dez indígenas permaneceram no acampamento. O restante fugiu para o mato e só se sabe de um rapaz ferido pelos tiros de borracha – disparados contra quem resistiu e contra quem estava atirado ao chão por ordem dos pistoleiros. Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade, composta por cerca de 60 Kaiowá Guarani. Desde o dia 1º deste mês os indígenas ocupam um pedaço de terra entre as fazendas Chimarrão, Querência Nativa e Ouro Verde – instaladas em Território Indígena de ocupação tradicional dos Kaiowá. A ação dos pistoleiros foi respaldada por cerca de uma dezena de caminhonetes – marcas Hilux e S-10 nas cores preta, vermelha e verde. Na caçamba de uma delas o corpo do cacique Nísio foi levado, bem como os outros sequestrados, estejam mortos ou vivos.
“O povo continua no acampamento, nós vamos morrer tudo aqui mesmo. Não vamos sair do nosso tekoha”, afirmou o indígena. Ele disse ainda que a comunidade deseja enterrar o cacique na terra pela qual a liderança lutou a vida inteira. “Ele está morto. Não é possível que tenha sobrevivido com tiros na cabeça e por todo o corpo”, lamentou. A comunidade vivia na beira de uma Rodovia Estadual antes da ocupação do pedaço de terra no tekoha Kaiowá. O acampamento atacado fica na estrada entre os municípios de Amambaí e Ponta Porã, perto da fronteira entre Brasil e Paraguai.

Salvos e felizes pela misericordia e a caridade! (Mt. 25, 31-45))

Naquele tempo Jesus disse aos seus discípulos: ”Todo dia o nosso Pai que está entre nós acompanha os nossos passos. Não para cobrar, julgar e condenar. Mas para nos ajudar a compreender onda está a verdadeira felicidade. O meu Pai não é um juiz terrível e inflexível, como muitos dizem. Vingativo e incapaz de compreender as fraquezas dos filhos e filhas que gerou. Por isso, Ele não ordena e nem decreta sentenças. Mas aponta caminhos, sugere escolhas e opções, mostra onde podemos crescer mais. Indica onde Ele está presente, mesmo quando não o vemos do jeito que imaginamos. Haveremos, portanto, de ter surpresas no nosso dia a dia porque Ele está presente nas pessoas e nas circunstâncias mais impensáveis. Mas está presente, principalmente, naqueles homens e mulheres que sabem acolher, compreender e se compadecer de seus irmãos e irmãs mais necessitados. Por isso, a cada um de nós, a qualquer hora, poderia nos dizer:
Eu estava sem sementes, sem enxada, sem um torrão de terra para plantar e matar minha fome de pão e de justiça, e VOCÊ me ajudou a enfrentar os deuses do agro-negócio, e a combater seus dogmas desenvolvimentistas. Aprendi com você a ver e a sentir que é da terra molhada, fria ou seca que a vida é gerada. É desse útero fecundo do próprio Deus que nos fartamos de pão e de justiça. ’
‘Eu era um índio da aldeia global, vivia rejeitado e desprezado nas malocas da alma e das leis humanas, e VOCÊ me reconheceu como seu irmão/ã, como povo originário, numa terra finalmente livre de madeireiros e fazendeiros, rica de mel, de rios sem hidrelétricas, de araras de mil cores, de maracás sem tristeza, e de arcos sem flechas. ’
Eu era negro e negra que trazia na memória e na face as cicatrizes da discriminação e da hipocrisia da raça pura, e VOCÊ me dignificou, me ajudou a gostar de mim mesmo e das minhas raízes. Ajudou-me a gostar de todos aqueles/as que independentemente do arco-íris de sua pele lutam contra o racismo e a intolerância. ’
Eu vivia preso, torturado e seviciado nos calabouços das instituições de re-habilitação que enclausuram luz e esperança; mesmo condenado e vigiado pelos guardiões e manipuladores das leis VOCÊ me visitava, e me perdoava. Todo dia, juntos, serrávamos as grades da brutalidade, da injustiça e do deserto da minha solidão. Graças a você saboreei liberdade. ’
Eu me sentia vencido pelos fantasmas do meu medo interior, sem vontade de viver e crer, e VOCÊ me compreendeu. Não fugiu, ficou ao meu lado, e não se envergonhou de mim. Graças a você voltei a viver e a sorrir. ’
Eu vivia mendigando nas ruas e nas igrejas. No frio da indiferença humana não tinha o cobertor da proteção e o calor da hospitalidade. Desempregado, eu era considerado um falido e um indolente, mas VOCÊ me ajudou a matar a fome de pão e de vida. Não esqueço a força que me deu ao confiar em mim. Ao me oferecer aquele emprego que me devolveu a fé em mim mesmo e nos outros. ’
Eu era uma criança largada e abandonada, mas adulto antes de crescer. Conheci desde cedo o pior que pode acontecer a uma criança: arrancar a sua inocência, mas VOCÊ me amou mais que um pai e uma mãe de sangue. Protegeu-me contra tudo e contra todos. Compreendi, então, que uma criança pode ter um pai e uma mãe mesmo que não tenha os seus nomes escritos no registro de nascimento que só agora, graças a você, consegui ter. ’
Eu vivi nos inúmeros lazaretos públicos do SUS, deitado em seus corredores fedorentos e frios, sem UTI, e sem remédios. Sem o conforto de um familiar ou de um ministro de Deus, e VOCÊ me enxergou. Devolveu luz aos meus olhos mareados e apagados. Sobrevivi. Injetou em mim a energia da superação. Voltei a viver, mesmo sabendo que lágrimas e dor fazem parte da nossa vida. ’

E Jesus continuou: “Então o meu Pai se aproximará desta pessoa e tomando-a pela mão lhe dirá ‘ VOCÊ estava em Mim quando EU fazia estas coisas para cada um desses pequenos e invisíveis. Por isso, agora, VOCÊ é feliz. Experimente e curta a paz que está dentro de ti. Aquela paz que outros ainda não quiseram descobrir porque não quiseram ver no necessitado visível o Deus invisível que acolhia, protegia e servia através de VOCÊ!

sábado, 12 de novembro de 2011

Ampliar e valorizar o patrimônio espiritual e humano que Deus nos deixou (Mt. 25,14 ss.)

Em tempos de crise financeira global falar em ‘lucrar’, ‘multiplicar’ talentos e recursos – como o evangelho hodierno apresenta - é música suave. Aos ouvidos de quantos vivem ansiosamente à procura de possuir mais e mais. Viciados e dependentes como são do consumo, dos gastos insensatos, das mordomias e dos luxos vergonhosos. Há, porém, um outro lado dessa mesma moeda/realidade. A necessidade sim, de multiplicar e valorizar, sobremaneira, tudo o que sinaliza vida, fraternidade, participação, defesa da integridade moral e física dos humanos, e de todos os seres vivos. Ameaçados como são pelas manias doentias dos que querem lucrar sempre mais dinheiro à custa dos querem preservar vida, liberdade, sobriedade, e respeito. É justamente disso que a parábola de Jesus nos fala. Não se trata, com efeito, de considerar eventuais qualidades pessoais, ou uma espécie de conjunto de habilidades a serem valorizadas e multiplicadas na esfera pessoal/individual. Não que isso não seja importane! Mas trata-se, essencialmente, de tomar consciência de que ‘ Alguém’ confiou em nós, e nos deixou a responsabilidade de dar continuidade ao seu/comum patrimônio moral e existencial: a vida, a realeza de Deus. Ele o fez considerando as capacidades 'administrativas e gerenciais' de cada um. Sem intransigências, e nem falsas piedades. Mas a todos, sem exclusão, deixou parte desse patrimônio, para cuidar com competência e criatividade. Sem se omitir e se apavorar com essa responsabilidade. Mais do que isso: nos incentiva a administrar para ampliar, diversificar e estender sempre mais esse ‘patrimônio inicial’.
Aqui entram, porém, as duas diferentes posturas/comportamentos que podemos assumir perante essa missão de vida. De um lado tomar consciência de que temos autonomia e liberdade para mexer no ‘capital de vida’ que Deus nos deixou. Mexer, porém, só se for para ampliá-lo ainda mais. Para permitir que outros, muitos, possam se aproveitar dele. E para tanto precisamos ser corajosos. Temos que nos arriscar. Experimentar formas e caminhos novos para que haja mais vida, mais esperança, e mais fraternidade. Esta é a postura daqueles de investiram, arriscaram e dobraram o capital inicial recebido. Mas há também a outra postura. Aquela de quantos acham que o patrimônio de vida deixado inicialmente por Deus é simplesmente para ser ‘preservado’ tal como o herdamos. Ou seja, a postura de quantos acham que nós somos meros guardiões do ‘capital espiritual e humano’. O que poderia ser considerada uma atitude sensata, a de pelo menos não desperdiçar o bom que foi herdado, torna-se, neste contexto, objeto de crítica dura por parte de Jesus. Afinal, o Deus de Jesus não é um ‘conservador’ e um ‘ciumento’ do capital dele! Ao contrário, é um deus que tem consciência que a vida que possuímos é ‘patrimônio coletivo’. E cabe a todos, não simplesmente ‘guardar e conservar’ a vida, mas multiplicá-la e valorizá-la. Fazê-la ‘render’ infinitamente mais. Talvez porque a vida/patrimônio nunca tenha sido tão banalizada e ameaçada como hoje.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Maria do Carmo: a desembargadora que acha 'privilegiados' os índios por terem o direito de serem ouvidos

Em uma sessão-relâmpago de 15 minutos no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) na tarde desta quarta, dia 9, a desembargadora Maria do Carmo decidiu anular a Constituição brasileira. Em seu voto acerca da Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, que exige a aplicação do direito constitucional dos povos indígenas afetados por Belo Monte de serem consultados pelo Congresso Nacional, a desembargadora achou por bem decidir que os indígenas não precisam de consulta prévia, uma vez que a barragem e o reservatório não estarão localizados em suas terras, e independente de todos os impactos que levarão à sua remoção forçada após a construção de Belo Monte. Jogou, assim, uma pá de cal sobre a Carta Magna, já desconsiderada em julgamento anterior pelo desembargador Fagundes de Deus. Grosso modo, na opinião e no voto de Maria, diferente do que diz a Constituição, técnicos da Funai ou do Ibama poderiam substituir os parlamentares na função de realizar as oitivas.
Diz a desembargadora que as consultas poderiam ser feitas antes ou depois do licenciamento das obras, pouco importa. Além do mais, os índios são “privilegiados”, opina a juíza, por terem direito a serem ouvidos; e as consultas, de qualquer forma, seriam meramente protocolares porque o governo não teria obrigação de levar em conta as opiniões nelas expressas, conclui Maria. Que o Supremo Tribunal Federal, guardião da nossa Constituição, sane este erro, pelo bem do Estado Democrático de Direito. E que o faça antes que Belo Monte seja um fato consumado e se torne um monumento hediondo da falta de Justiça neste país. (Fonte: Xingu Vivo)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Funcionários da FUNAI ocupada, em Imperatriz, esclarecem posicionamento


1. Os Servidores da Coordenação Regional de Imperatriz, da Fundação Nacional do Índio/FUNAI, por meio da Associação Nacional dos Servidores da FUNAI em Imperatriz, esclarecem que desde o momento em que tomaram conhecimento da ocupação dos indígenas ao prédio Sede, no último dia 31.10.2011, não se manifestaram, devido entender que a aludida manifestação é um direito dos indígenas em expressarem suas reivindicações, desde que estas, não violem o direito soberano constitucionalmente previsto à incolumidade física, moral, sobretudo a integridade da vida dos servidores no exercício regular de suas funções. Desta forma, optaram por não comparecer as instalações do órgão indigenista para cumprimento do expediente normal por temer a substituição da ação pacífica, amplamente divulgada na mídia, por situações de constrangimento público com possíveis desdobramentos de cunho agressivo.
2. Esclarecem que no último dia 17 de setembro, a Coordenação da FUNAI de Imperatriz e seus técnicos, acompanhada de Assessores da Presidência do Órgão compareceu à reunião na Terra Indígena Araribóia, na Aldeia Lagoa Quieta, no município de Amarante, para discutir a reestruturação do órgão indigenista, por conseguinte, a formação do Comitê Gestor da FUNAI, entendido como espaço destinado ao controle social da instituição, juntamente com os indígenas
3. Na oportunidade o movimento indígena não aceitou discutir a pauta referida e sujeitou os servidores presentes ao escárnio público sob constrangimentos e humilhações verbais. Na oportunidade fora exigida a substituição e a transferência de vários servidores do quadro da instituição em Imperatriz sob a alegação que já estão há mais de dez anos no órgão, sem, contudo apresentar outras motivações plausíveis.
4. Esclarecem também que à partir daquele momento as negociações passaram a ser coordenadas por meio da Presidência da FUNAI/Brasília que prontamente externou a disposição em receber um grupo de indígenas na capital federal para as tratativas de acordo.
5. Esclarecem, ainda, que a FUNAI está passando por um processo de reestruturação, e que somente há 1 ano e 10 meses a Coordenação Regional de Imperatriz, escolhida pela presidência da FUNAI dentre as três Administrações existentes no Maranhão, a saber, São Luís, Barra do Corda e Imperatriz, passou a atender os cerca de 30 mil indígenas, das 9 etnias, conforme Decreto Ministerial 7.056/2009. Dessa forma, das 17 terras indígenas existentes no Estado apenas duas ainda não estão homologadas, mas já são objeto de providencias junto à Coordenação Fundiária do órgão
6. Ressaltam também que as reivindicações constantes na Carta Aberta dos Povos indígenas cabem à Presidência da FUNAI deliberar. Desta forma as negociações estão sendo tratadas diretamente entre a instância máxima do órgão e os indígenas. Enquanto isso, os servidores aguardam os desdobramentos, como já é de praxe na FUNAI, até porque uma das reivindicações dos indígenas é a substituição do Coordenador Regional e sua equipe. Dessa forma, as atividades do órgão continuam paralisadas devido os servidores não terem condições emocionais e psicológicas para o desenvolvimento adequado dos trabalhos em prol dos povos indígenas do Estado do Maranhão, que em sua maioria continuam em suas aldeias

Imperatriz-MA, 07 de novembro de 2011

No ano de combate contra o racismo Missionários Combonianos lançam cartilha virtual


Os Missionários Combonianos no Brasil Nordeste oferecem às comunidades, movimentos sociais, escolas e grupos de pastoral a cartilha “Brasil Negro - Pílulas de aprofundamento para enfrentar o racismo no Brasil”. O Ano 2011 foi declarado pela ONU Ano Internacional dos Povos Afro-descendentes. Ocasião para assumir o compromisso político de erradicar a discriminação contra os afro-descendentes e promover o respeito à diversidade e herança cultural. A experiência pastoral dos Missionários Combonianos no Brasil e a colaboração com vários movimentos e grupos ativos nessa causa levaram à produção desse instrumental de resistência contra o preconceito tendo em vista a valorização das culturas negras e multi-étnicas. O lançamento no mês de novembro entende valorizar as celebrações da consciência negra e o martírio de Zumbi dos Palmares, líder dos quilombos de ontem e de hoje. A cartilha apresenta-se em forma de hipertexto acessível por internet e oferece aprofundamentos em oito eixos de reflexão e ação, entre os quais a história do racismo no Brasil, casos atuais de discriminação, uma aproximação antropológica, jurídica, religiosa e bíblica ao tema, pistas de ação e continuidade. Acesse a cartilha e divulgue-a, através do site dos Missionários Combonianos www. ecooos. org.br

Berlusconi, enfim, caiu!


Silvio Berlusconi, o primeiro ministro do governo italiano teve que jogar a máscara. Após ter negado reiteradamente, nessas últimas semanas, que não havia crise na Itália, teve que se render às evidências. A evidência de que ele e o seu governo não gozam de nenhuma confiança por parte dos países da Europa e da maioria dos italianos. De que ele não é um líder em condições de pôr em ato as medidas essenciais que o ‘governo europeu’ sugere para segurar a crise na Itália e, consequentemente, para não prejudicar ulteriormente a estabilidade européia já espantosamente em risco. Não teve maioria no congresso para obter a confiança necessária e continuar a governar. Os seus próprios aliados lhe negaram o apoio necessário para se manter na direção do governo. Nem as manobras que costumeiramente utilizava, a saber, a chantagem, a promessa de benesses, a mercantilização do voto/apoio, serviram para manter coesa a maioria no congresso. Agora cabe ao presidente da República ver qual caminho o governo italiano deverá seguir. Berlusconi quer ir ao voto imediato. A oposição, e talvez o próprio presidente da República queiram formar um governo de unidade nacional, de transição. Um fato parece ficar claro. Berlusconi tentará sair definitivamente do cenário político não como um derrotado. Não como o responsável de ter jogado a Itália no abismo social e econômico, mas como aquele que tentou salvá-la ‘in extremis’ quando o barco estava à deriva. Dificilmente conseguirá fazer aprovar aquilo que a Europa está a pedir, como ele pretende, antes de dar as demissões. O seu enterro político já está decretado. Caberá saber se a atual oposição será mais coesa, responsável, capaz de conduzir o País nesses momentos de escuridão e caos em que Berlusconi o jogou.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A VALE à conquista da África!

A Vale está interferindo diretamente no funcioamento normal das instituições oficiais da cidade de Moatize e da província de Tete, no Moçambique, impondo-se com maior relevância do que a maioria dos órgãos públicos locais como ator nos processos de decisões políticas, econômicas e sociais. As instituições do governo de Tete parecem estar perdendo o controle do barco. Aliás, a grande questão que se levanta neste momento é saber até que ponto as autoridades governamentais de Tete e de Moatize conseguirão acompanhar os gigantescos passos das multinacionais, entre as quais a Vale que de pouco em pouco toma conta dos destinos não só desta região central do país, mas de todo Moçambique.Tudo começou quando a Vale se instalou em Moçambique, em 2004. De lá para cá a mineradora brasileira Vale tem causado polêmica entre os trabalhadores, ambientalistas e ativistas moçambicanos ao explorar minério na bacia carbonífera de Moatize, “uma das maiores reservas de carvão mineral não exploradas do mundo”. A Vale, segundo o jornalista moçambicano Jeremias Vunjanhe assinou um contrato com o governo moçambicano, garantindo sua permanência no país até 2030 para explorar uma área de 23.780 hectares, em Moatize, província de Tete. O projeto de exploração da mina de carvão de Moatize concedido à Vale é desenvolvido a céu aberto. Na fase de plena exploração, a capacidade da mina da Vale vai atingir cerca de 26 milhões de toneladas de carvão bruto. Dada a sua capacidade de propaganda, a instalação da Vale, no início, foi vista como promissora e despertou muitas expectativas no povo moçambicano, esperançados por oportunidades de emprego e de desenvolvimento do país. Porém, num processo pouco transparente, a Vale tem se tornado um proprietário absoluto das reservas carboníferas de Moatize e sobre elas tem estruturado a sua hegemonia, expansão e internacionalização. Reproduzindo os mesmos impactos de devastação e destruição de territórios das comunidades. Além disso na cidade de Tete e em Moatiza a Vale e a Riversdale têm se convertido em proprietários absolutos das unidades hoteleiras e restaurantes, das ias de acesso, do aeroporto local, enfim do destino da província. Parece não haver limites para a sede de expansionismo da Vale. Parece não existir limite à sua truculência e negligência com tudo o que ainda cheira a vida!(fonte:IHU - adapatação do blogueiro)

sábado, 5 de novembro de 2011

Óleo da sabedoria para identificar o 'novo/noivo' que já está dentre nós (Mt. 25, 1-13)

Muitas vezes a nossa vida se parece uma infindável espera. Espera por um alguém que nos dê uma grande oportunidade. Ou por um golpe de sorte que mude o nosso cotidiano. Ou que apareça a chance inédita que nunca tivemos na vida. Imaginamos até que se Deus quer, isso poderia se tornar possível. Vivemos à espera de um milagre. Alimentamos assim as nossas expectativas de inédito como se isso fosse o resultado de algo externo a nós. Que independe da nossa capacidade de produzi-lo mesmo querendo. Achamos, no fundo, que se é para acontecer, isso fatalmente acontecerá. Ás vezes consideramos que se não se realizam sonhos e expectativas acalentadas por anos a fio é porque não as merecemos. Ou a humanidade não as merece! A parábola de Mateus parece manifestar de forma plástica o que está no coração e na prática de vida de cada ser humano. Revela, ao mesmo tempo, as atitudes com que podemos e devemos encarar o ‘novo/inédito’ que a ‘realeza de Deus traz para a humanidade. A parábola apresenta essencialmente duas atitudes fundamentais diante disso.
A primeira, a das virgens tolas. É a atitude daquelas pessoas que acham que fatalmente o ‘novo/noivo desejado e esperado’ – o que vai mudar a sua vida - vai vir de qualquer jeito. Com ou sem a sua vontade. Com ou sem a sua abertura e predisposição interior. É uma espera fatalista. Passiva. Estática. A outra atitude é a representada pelas virgens sábias, precavidas. Elas também sabem que o ‘novo/noivo’ esperado vai vir. Afinal, já foi anunciado, está a caminho. Mas sabem que precisam da sua capacidade de saber reconhecê-lo quando chegar. Por isso precisam vigiar permanentemente. Sem cochilar, sem se distrair. Sem perder o foco na sua chegada próxima. E precisam de ‘sabedoria/luz’ suficiente para compreender a sua presença. E permitir que o ‘noivo/novidade’ seja acolhido como ‘chance inédita’. Como aquele que irá permitir a sua entrada para fazer comunhão com ele.
A humanidade, hoje, parece viver dentro de si essas duas atitudes/tendências. De um lado anseia por mudanças profundas e radicais. Cansada de viver numa longa noite sem fim. Mas sente-se incapaz de começar, ela mesma, a produzir as mudanças necessárias. As que ela percebe e deseja. Ao mesmo tempo, o novo que surge dentro da própria humanidade frequentemente passa despercebido. Pois ela imagina que não pode ser fruto de si mesma. Do óleo da sua criatividade e sabedoria. Da sua capacidade de se organizar e de evidenciar valores e ideais que a mobilizam. Do outro lado, essa mesma humanidade percebe que não haverá ‘milagres’. Sinais surpreendentes, externos a ela, que irão trazer ‘o novo/noivo’ a que ela aspira. Sente que deve possuir sabedoria interior para reconhecer o noivo/novo que já está dentro dela. Sente que aparecem situações, oportunidades e chances que nunca mais irão voltar. Que se não as aproveitarem, a porta se fecha. O futuro inédito, portador de vida e comunhão, será definitivamente prejudicado. Muito óleo/luz para identificar o noivo que já está dentre nós!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Presidente Dilma centraliza processos demarcatórios de terras indígenas

Causou estranheza a decisão da presidente Dilma de chamar para si (Gabinete da Presidência) o poder de somente ela autorizar um novo Grupo de Trabalho na FUNAI para demarcar terras indígenas. Das duas uma: ou a presidente tem informações de que há muita corrupção nesses processos demarcatórios e ela quer garantir lisura, ou ela quer direcionar pessoas e práticas administrativas para garantir interesses espúrios e inconfessáveis. Considerado que nesse ano no atual governo não foi homologada nenhuma terra indígena, parece mais plausível a segunda hipótese. Se assim for, teríamos uma presidente que de forma monocrática decide à revelia do que uma Constituição consagrou às duras penas. Com sangue, suor, embate corpo a corpo e ampla mobilização cidadã. Dilma....Dilma!!!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Povos indígenas do Maranhão ocupam prédio da Funai em Imperatriz e exigem afastamento de funcionários

Nós, representantes dos povos indígenas Guajajara do Território Araribóia, Pukobyê-Gavião do Território Governador e Krikati do Território Krikati por articulação da COAPIMA-Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas no Maranhão estamos acampados na sede da Coordenação Regional da FUNAI em Imperatriz com o objetivo de discutir a problemática das comunidades indígenas no Maranhão. Este movimento é resposta aos inúmeros desrespeitos sofridos pelos povos indígenas do estado como: desconsideração das propostas feitas pelos indígenas, tentativa de cooptação de lideranças, contratação de madeireiros para trabalhar nas comunidades indígenas influenciando na política interna dos povos, falsificação de documentações, dentre outros cometidos pela atual coordenação regional. Desta forma o movimento indígena do Maranhão está reivindicando os seguintes pontos:

1. Afastamento imediato do coordenador regional da FUNAI no Maranhão, José Leite Piancó Neto, e a disponibilização do mesmo para outras coordenações regionais;
2. Afastamento do coordenador técnico local (CTL) de Amarante do Maranhão e a disponibilização do mesmo para outras coordenações regionais;
3. Afastamento da chefe de educação da Coordenação Regional do Maranhão, Eliane de Araújo e a disponibilização da mesma para outras coordenações regionais.
4. Afastamento imediato da coordenadora substituta da Coordenação Regional Raimunda Passos Almeida, o afastamento do atual chefe do Setor de Transportes José Ribamar, afastamento do chefe de Divisão Técnica Emerson Rubens Mesquita Almeida;
5. A exoneração dos DAS das coordenadorias técnicas locais (CTL) das cidades de Arame e Montes Altos;
6. Realização de uma auditória interna na Coordenação Regional da FUNAI nos últimos dez anos, feita pela Controladoria Geral da União (CGU) com acesso aos relatórios parciais e final pelo Ministério Público Federal (MPF) e a COAPIMA – Coordenação das Organizações e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão;
7. Condições que beneficiem o trabalho das CTL com estrutura física ideal, transporte, materiais, insumos, logística, computadores, periféricos e quadro técnico adequado;
8. Garantia de realização do Seminário sobre a Reestruturação da FUNAI na cidade de Imperatriz com a presença de representantes da FUNAI - Brasília bem como a formação do Comitê Gestor Regional da FUNAI Maranhão;
9. Encaminhamento dos processos de regularização fundiária das terras dos povos indígenas do Maranhão (Krikati, Bacurizinho, Governador, Canela e Awa-Guajá);
10. Garantia orçamentária satisfatória inclusa no Plano Pluri Anual (PPA) da FUNAI para a Coordenação Regional do Maranhão referente ao ano de 2012;
11. Comparecimento de caráter urgente do presidente da FUNAI, Sr. Márcio Meira com o intuito de discutir a atual conjuntura dos povos indígenas do Maranhão. Portanto, nós do movimento indígena declaramos que mediante o não atendimento das reivindicações acima, continuaremos acampados no prédio da FUNAI em Imperatriz por tempo indeterminado.

Imperatriz – MA, 01 de novembro de 2011