A BR-222, no município de Buriticupu (407 km de São Luís) segue bloqueada pelos moradores da cidade. O fechamento da via é resultado de um protesto contra supostas condutas irregulares de soldados do Exército que estão no município para o combate à extração ilegal de madeira. O delegado da cidade, Menezes Azevedo, informou que uma tentativa e um homicídio já aconteceram na região em consequência do protesto: o lavrador Francinaldo da Silva Rodrigues, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça e Antônio da Silva Rodrigues, pai de Francinaldo, encontra-se sob intervenção cirúrgica em um hospital da região depois de ter sofrido vários cortes por todo corpo. Pelo que foi apurado, pai e filho estavam cobrando ilicitamente pedágio dos veículos que passavam próximo ao povoado Buritizinho, no local interditado da BR-222 pelos manifestantes. Um motorista, ainda não identificado, insatisfeito com a cobrança, retornou ao local e atirou em Francinaldo. Um acompanhante do atirador teria agredido o pai do assassinado. O Coronel Rocha, autoridade militar que está no município para verificar a questão, afirma que o Exército vai continuar na cidade e que as denúncias levantadas pelos moradores não são verdadeiras. "Estamos aqui para combater, junto ao Ibama, o comércio ilegal de madeira que acontece na região. Não temos o que averiguar sobre a conduta dos soldados, não existe nenhuma denuncia formal. São apenas boatos".Ontem, o juiz Airton Gutemberg havia comentado que o protesto e os boatos envolvendo os soldados podem estar sendo motivados por interesses comerciais, já que a principal fonte de renda da cidade é a extração de madeira.
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