Já repararam que nos debates promovidos pelos diferentes canais de tevê com os candidatos à presidência em nenhum deles saiu a palavra ‘Reforma Agrária”? Ninguém falou em mineração, em código florestal, em energia, a não ser mediante acenos periféricos. Quase todos eles falam em crescer, nem que seja para arrebentar os pulmões de 200 milhões de brasileiros e hóspedes só porque se o País não cresce (industrialmente) se perdem as eleições, claro! Algum cidadão em sã consciência pode dizer que não precisavam falar nisso porque as soluções a essas questões já foram encontradas ao longo desses anos? Algum deles falou que vai reduzir o ‘número de impostos ‘ mas não disse que vai reduzir o ‘valor do imposto’. Pagar R$ 100,00 de imposto numa parcela única ou dividida em 4-5 dá na mesma...ou não? Dessa forma, o arroz e feijão que um trabalhador come têm a mesma carga tributária do que o arroz comido por quem ganha R$ 15.000 por mês! Em nenhum debate se falou na questão indígena, e a discriminação racial quando foi citada de raspão, entrou quando se polemizou a respeito da questão dos casamentos gay, como se essas fossem as questões centrais nesse País! Certamente a dinâmica e a estrutura dos debates não favoreciam a apresentação de propostas, e sim a possibilidade de atacar e alfinetar o concorrente que lhe tirava votos, a segunda da pesquisa do momento. As avaliações dos ‘experts’ giravam em torno das ‘feições’ dos candidatos: ela estava ‘nervosa, a outra ‘cansada’, o outro ‘cheio de energia’, o outro ‘destemperado’, e assim por diante. Nada que aponte a um projeto de País, a partir dos nosso potencial e dos desejos reais de maior equidade! Não merecemos esse triste espetáculo!
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