Beirou o nojo o sentimento experimentado também no último duelo verbal entre os dois candidatos à presidência da República, ontem no SBT. Debate que é bom, - e é o que os ouvintes esperam, - não se deu. Farpas, acusações, ofensas e o que há de pior vem saindo das bocas de ambos os candidatos. A própria dinâmica do ‘debate’ não favorece a apresentação de propostas e planos. Tudo é cronometrado em minutos, com réplica e tréplica. Para que? Para responder a determinadas acusações ou insinuações do adversário. Se, de fato, fosse a apresentação de propostas haveria simplesmente a escolha das áreas a serem enfrentadas e cada um coloca o que pretende implementar e nada mais. E que o eleitor decida!
Chama a atenção, contudo, a suposta vítima da desconstrução petista, - a outra ‘vítima’ caiu fora no primeiro turno, - o ex- governador de Minas. Ele quer repassar a imagem de uma Santa Maria Gorete agredida pela ‘fúria violadora’ da presidente. Parece não dar fé que ele também e com mais veemência, para não dizer raiva, só repete o mesmo e enjoado refrão: fracassou, mentirosa, governo melancólico, etc. Os ouvintes que têm paciência e tempo para jogar fora e assistem a esses encontros de luta livre já não precisam ser convencidos, pois eles já têm seu voto declarado. Os indecisos que somam, segundo os institutos de pesquisa cerca de 13% ,não assistem a esse tipo de debate, e decidem o seu voto só no dia. Não há motivo para promover mais debates, pois não haveria serventia alguma. Só servem para criar mais nojo e acirrar os ânimos de todos os cidadãos brasileiros. Não merecemos esse espetáculo patético!
Outra consideração é que o mercado financeiro parece uma criança que tem em suas mãos um brinquedo em que ele vem reagindo segundo determinadas informações. Quando a presidente soube nas pesquisas as bolsas caem, e o dólar está em alta. Quando ela cai, ocorre o contrário. Ele parece sinalizar que nela o mercado não confia. E é o que queremos! Se a vitória do ‘outro’ é bom para o mercado financeiro e para a turma de banqueiros e do agro-negócio é evidente que não é bom para nós, para o povo em geral. O mercado financeiro odiava e odeia Evo Morales, presidente tri-eleito da Bolívia, indígena, do povo, e a Bolívia, graças também aos apoios de Lula e da atual presidente, está reerguendo um país que havia ficado anos a fio sob o domínio de militares e industriais sem escrúpulos.
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