No final do ano passado, os membros do ministério público federal brasileiro que cuidam da operação Zelotes, denunciaram o ex-presidente Lula como culpável de tráfico de influência na compra dos aviões suecos F-39-Grip. A denúncia foi aceita de maneira íntegra e imediata pelos infalíveis juízes. Em março de 2017, um dos “acusados” de cumplicidade com Lula, o primeiro ministro da Suécia, rejeitou a imputação. Segundo a mídia, os procuradores teriam “provas” de que Lula e outras pessoas “tramaram” em 2013 encontrar-se com o chefe do Partido Social Democrata Sueco, que é o atual premiê Stephan Lötven. Isto teria acontecido durante o funeral de Nelson Mandela na África do Sul. A notícia foi difundida por todos os órgãos da mídia, por exemplo, o jornal O Estado de S. Paulo. Os seguintes são os fragmentos principais do texto, onde todos os grifos são da minha autoria. Vejamos um jornal muito conhecido, o Dagens Nyheter. Pergunta do jornalista do DN ao primeiro ministro:
O procurador [brasileiro] argumenta que você [du] junto com Lula e com a então Presidente Dilma Rousseff se encontraram num hotel, em relação com o funeral de Nelson Mandela. Você fez isso?
- Não, essa informação é incorreta [felaktig]
DN: Completamente [helt] incorreta?
É, eu não estive em nenhum quarto de hotel. Possivelmente eu os haja encontrado no contexto [samband] da cerimônia do funeral; essas coisas acontecem. Eles [as pessoas do funeral] dizem “oi” um ao outro, e havia um monte de pessoas aí. Mas, eu não estive em nenhum quarto de hotel.
Na linha final da entrevista, Löfven rejeita a ideia de depor perante os Zelotes, e disse que o Brasil deve esclarecer o problema [får klara]. Não é temerário pensar que o ministro conheça (embora não possa manifestá-lo) a fama das instituições brasileiras. Com certeza, ele não quer enlamear sua reputação com algo que é, no melhor dos casos, uma farsa. (GGN)
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