Os advogados responsáveis pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram novos dados e documentos ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas apontando que as ações contra ele fazem parte de uma perseguição jurídica e que está em curso um processo cujo andamento não atende os pressupostos do estado de direito no país. Nesta semana, o advogado Geoffrey Robertson, responsável pela equipe que atua na defesa do ex-presidente no exterior, deverá denunciar, por meio de uma entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, a perseguição sofrida por Lula.Segundo Robertson, Brasil aplica ao caso de Lula sistema judicial da Inquisição Ibérica, que consiste em manter a prática de ser o juiz que instrui e conduz a investigação sobre as atividades de um acusado, para depois ser o mesmo que julga o caso. Segundo ele, isso leva a uma situação em que potencialmente o réu passa a ser condenado de antemão, impedindo que ele seja julgado por um juiz independente.A advogada Valeska Martins afirmou que depois de anos de investigações exaustivas e do arrolamento de quase oito dezenas de testemunhas, sendo 27 de acusação, sequer uma única prova foi obtida contra o ex-presidente. Advogada disse também que a prática das delações premiadas vem sendo implementada de modo irregular, sem que se exija a apresentação prevista em lei de provas por parte dos delatores. (Brasil 247)
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