terça-feira, 1 de outubro de 2019

Índios Ka'por, Guajajara e Awá são ameaçados por invasores de suas terras.

Lideranças das etnias indígenas Ka’apor, Guajajaras e Awá-Guajás divulgaram neste fim de semana um pedido de ajuda às autoridades. Os índios afirmam que estão sendo alvo de ameaças de madeireiros que estão instalados dentro da área indígena. No município de Zé Doca, a 302 km de São Luís, o clima é de tensão após os índios realizarem a apreensão de quatro caminhões, duas motos e uma moto serra que estavam sendo utilizados na extração ilegal de madeira das terras indígenas. As três tribos fazem parte de um grupo chamado “Guardiões da Floresta” que é formado com o intuito de proteger a natureza. Eles evitam invasões de madeireiros, incêndio e durante uma ronda na terra indígena, eles encontraram acampamentos de madeireiros e veículos usados para transportar a madeira.

Em 2013, houve uma operação na terra indígena Awá de retiradas de pessoas que viviam irregularmente dentro da área. As terras já haviam sido loteadas e vendidas ilegalmente, muitas fazendas já haviam sido construídas na área. Através de uma ordem da Justiça Federal, a operação foi realizada, mas pouco tempo depois, as áreas voltaram a ser ocupadas e desmatadas. Os índios pediram ajuda e afirmam que estão sendo ameaçados durante as rondas e apreensões pelas áreas. O Governo do Estado disse que a proteção das terras indígenas e dos índios é de responsabilidade do Governo Federal e que o Ibama, a Funai, a Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Polícia Militar do Maranhão já foram notificados para que as devidas providências sejam tomadas.

O Governo do Estado disse ainda que este não é único caso de ameaça dos índios nos territórios indígenas do Maranhão, e que no último dia 23, o secretário de direitos humanos, Francisco Gonçalves, oficiou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre a situação das terras indígenas no estado do Maranhão. Por meio de nota, a Funai afirmou que há cooperação entre os guardiões indígenas e as instituições de fiscalização e que as informações coletadas por eles, foram passadas ao órgão, IBAMA, PF e Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.(G1)

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