As Forças Armadas sabiam da estranha e diabólica personalidade daquele que escolheram para ser seu chefe. O site argentino âmbito.com, em matéria assinada por Marcelo Falak, citando alta fonte militar brasileira, diz que na construção da candidatura do Bozo, ele passou dois anos assistido por psiquiatras (2). A reedição do “Brasil está quebrado”, com a imediata ameaça de não comprar seringas para vacinar brasileiros contra a Covid-19, imunizante aliás que ele torce contra, é apenas o mais recente espasmo do Bozo.
Quando se fala de Brasil quebrado vou ler textos e entrevistas de Maria Lúcia Fattorelli, auditora fiscal, militante da auditoria cidadã da dívida. A crise é falsa, é um programa de expropriação do povo. O “presidente” da República justificou sua inoperância, incapacidade e desgoverno com o falso mote do Brasil quebrado. Mas, nos últimos dez anos, o Brasil gastou quase três trilhões de reais para sustentar o Banco Central. O dinheiro vai para remunerar, ilegalmente a sobra de caixa dos bancos, diz a auditora Fattorelli (3). Brasil quebrado uma ova! “Temos quase R$ 5 trilhões na gaveta! R$ 1,289 trilhão na conta única do Tesouro Nacional, R$ 1,836 trilhão em reservas internacionais, R$ 1,393 trilhão de sobra de caixa dos bancos parados no Banco Central rendendo juros somente aos bancos, às custas do povo”, diz a auditora Maria Lúcia Fattorelli. Ela também chama a atenção para o fato de que o país teve superávit de mais de US$ 50 bi na balança comercial. No mais, existe forte potencial para arrecadar tributos de ricos que não pagam e várias outras fontes de recursos. Em poucas palavras o mantra do Brasil quebrado é desmontado, apoiada em fontes sólidas. Cabe lembrar que no Brasil, ricos não pagam impostos, empresas recebem incentivos e os lucros distribuídos a sócios são isentos. Também passa longe do fisco a remessa de valores para o exterior. O imposto sobre grandes fortunas nunca foi seriamente discutido ou regulamentado, embora previsto na Constituição.
O que chamam de “crise”, a rigor, é um projeto político lesa-Pátria. Só há “Teto de Gastos” no que se destina aos reais interesses da população. Estão livres de teto, sem controle ou limite os gastos financeiros com a chamada dívida pública que nunca foi auditada como manda a Constituição, diz Fattorelli! A crise não é em si crise, mas certamente tática. Em plena pandemia de Covid-19, os quatro maiores bancos do Brasil – Bradesco, Itaú, Santander e BB – lucraram R$ 28,4 bilhões no primeiro semestre de 2020. Mesmo sem precisar, receberam R$ 1,2 trilhão como socorro, informa o Sindicato dos Bancários.
Com cinco trilhões de reais paralisados na gaveta, Bozo surta e baba, num jogo de cena de passa boiada. No fundo, coloca sua loucura a serviço de um sistema que se nutre da miséria do povo. Não há dinheiro para auxílio emergencial, para compra de seringas e vacina, porque há um fim predeterminado para ele: bancos. E isso é apenas o começo. Bater no Bozo é diversionismo. Enquanto ele baba a boiada passa. Haja boi!
Armando Rodrigues Coelho Neto – jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo
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