domingo, 12 de dezembro de 2021

Povos indígenas - Toneladas de ouro são extraídas clandestinamente de terras indígenas por empresas criminosas

Toneladas de ouro retiradas do subsolo da terra indígena Kaiapó, no sul do Pará, movimentaram, por anos, uma complexa organização criminosa que dominava toda a cadeia do negócio ilegal, desde a abertura e exploração dos garimpos, até os esquemas de lavagem do dinheiro e a venda do produto no Brasil e no exterior, revela o Estadão em reportagem publicada neste domingo (12). A rede envolvia dezenas de empresas ligadas ao comércio de metais, cooperativas de ouro, dezenas de funcionários fantasmas e empresas sem qualquer relação com o setor, como uma barbearia da cidade de Limeira, no interior de São Paulo, que lavou mais de R$ 12 milhões do garimpo ilegal em apenas 11 meses.

Uma operação da Polícia Federal deflagrada em 27 de outubro cumpriu 62 mandados de busca e apreensão, além de 12 mandados de prisão preventiva em dez unidades da federação: Pará, Amazonas, Goiás, Roraima, São Paulo, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal. A Justiça Federal determinou o bloqueio e indisponibilidade de valores que chegam a R$ 500 milhões em contas dos investigados. Cinco aeronaves foram apreendidas. A atividade econômica de 12 empresas foi suspensa e houve bloqueio de imóveis de 47 pessoas físicas e jurídicas.


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