'Na escola de Maria, aprendemos a estar em caminho para chegar aonde devemos estar: aos pés e de pé diante das muitas vidas que perderam, ou às quais roubaram a esperança”, disse Francisco.
"Na escola de Maria, aprendemos a caminhar pelo bairro e pela cidade não com os sapatos de soluções mágicas, respostas instantâneas e efeitos imediatos; não com promessas fantásticas de um pseudo-progresso que, pouco a pouco, a única coisa que consegue é usurpar as identidades culturais e familiares, e esvaziar daquele tecido vital que sustentou nossos povos, e isso com a intenção pretensiosa de estabelecer um pensamento único e uniforme”.
Na escola de Maria aprendemos a caminhar pela cidade e nutrimos o coração com a riqueza multicultural que habita o continente; quando somos capazes de ouvir esse coração escondido que palpita cuidando, como um pequeno fogo aceso sob as cinzas, o sentido de Deus e da sua transcendência, a sacralidade da vida, o respeito pela criação, os laços de solidariedade, a alegria de viver, a capacidade de ser feliz sem condições". Maria, continuou o Papa, tem cantado em seu caminho, "suscita o canto dando voz a tantos que de uma forma ou de outra sentem que não conseguem cantar", tanto que "ensinou ao Verbo a balbuciar suas primeiras palavras.
" Na escola de Maria, prosseguiu Jorge Mario Bergoglio, "aprendemos que sua vida está marcada não pelo protagonismo, mas pela capacidade de fazer com que os outros sejam protagonistas. Brinda a coragem, ensina a falar e, sobretudo, anima a viver a audácia da fé e da esperança." Com Juan Diego, que viu a Virgem de Guadalupe, e "com tantos outros que, tirando do anonimato, lhes deu voz, fez conhecer seu rosto e história e os fez protagonistas desta, nossa história de salvação.”
"O Senhor - disse o Papa - não busca o aplauso egoísta ou a admiração mundana. Sua glória está em fazer seus filhos protagonistas da criação. Com coração de mãe, ela busca levantar e dignificar todos aqueles que, por diferentes razões e circunstâncias, foram deixados no abandono e no esquecimento”.
Na escola de Maria, “aprendemos o protagonismo que não precisa humilhar, maltratar, desprestigiar ou zombar dos outros para se sentir valioso ou importante; que não recorre à violência física ou psicológica para se sentir seguro ou protegido”. “É o protagonismo que não tem medo da ternura e da carícia, e que sabe que seu melhor rosto é o serviço.
Em sua escola, aprendemos o autêntico protagonismo, dignificar todo aquele que está caído e fazê-lo com a força onipotente do amor divino, que é a força irresistível de sua promessa de misericórdia”. Em Maria, o Senhor nega a tentação de dar destaque à força da intimidação e poder, ao grito da selva ou para afirmar-se com mentiras e ou manipulação.
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