Jesus, ao longo da sua vida, nunca buscou palanque. Manteve-se sempre discreto e esquivava-se de qualquer tentativa de torná-Lo protagonista. Obviamente, havia entre os fãs do Mestre quem quisesse que Ele assumisse, ostensivamente, em Jerusalém, a Sua ‘opção messiânica’. Que sinalizasse de maneira inequívoca o seu prestígio moral e a sua liderança política. Contudo, Jesus o Galileu, no auge da sua caminhada, avança pelas ruelas da antiga cidade montando um potro de jumenta. Para muitos, uma cena patética. Destoava demais com os sonhos de poder e glória acalentados por séculos, por uma nação inteira! A suposta ‘entrada triunfal’ do ‘Messias Galileu’ montando não um imponente cavalo branco, mas um vulgar potro de jumenta, cercado por seguidores que brandiam não espadas, mas palmas, era premonição de derrota. Ocorre que Jesus nunca havia iludido seus seguidores, e jamais lançou mão de sinais equivocados. O novo rei-messias deixa claro que o ‘ungido do Reino’ condenava as falsas expectativas de quem continua a acreditar, ainda hoje, que é ‘batendo, arrebentando e prendendo’ que se constrói ‘o Reino para os pobres’, a ‘nova sociedade’, o ‘bem-viver’, a ‘terra sem males’.
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