Diferentemente dos medrosos discípulos que viviam trancafiados por medo de fazerem o mesmo fim de Jesus, Tomé agia solto na rua. Ele tinha entendido que Jesus continuava sendo encontrado lá onde as pessoas vivem com 'feridas abertas' de todo tipo. Ele agia como Jesus sempre agiu. É por isso que Tomé era chamado de ‘gêmeo’ pelo grupo, pois ele era parecido demais com o Mestre no seu modo de agir. Tomé, no entanto, tinha dificuldade de entender que Jesus Ressuscitado podia ser encontrado também lá onde têm pessoas que se reúnem fazendo memória da sua morte e Ressurreição e celebrando a vida. Inicialmente, Tomé fez resistências. Somente quando começa a mergulhar, progressivamente, nessa experiência fraterna de celebrar, fazer memória, se motivar e partilhar com os outros apóstolos, descobre o Ressuscitado vivo. Tomé descobre que o 'Meu Senhor e o meu Deus' se torna visível, presente e atuante mediante a ação misericordiosa daqueles que não tem medo de colocar o dedo-fé nas feridas abertas de tantas vítimas crucificadas.
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