Nada de mais comum e de mais próximo de nós como na Sagrada Família de Nazaré! Só pensar numa noiva ainda solteira que fica grávida e sem a colaboração do noivo para descartar qualquer veleidade de 'perfeição moral'! E, do outro lado, um noivo que, mesmo se sentindo traído, assume como esposa, - mesmo sem casá-la, - a noiva prometida, a mãe de um filho que não era seu! Parece algo inverossímil, mas a história desse amor transbordante vivenciada e testemunhada por Jesus de Nazaré tem raízes não na fidelidade a leis e preceitos morais de seus pais, mas na experiência concreta de ter sido amado por eles desde o seu nascimento. Não importa se não foi um amor 'abençoado' por um rabino, um padre ou um pastor, ou se foi um amor oferecido por um casal de sexo diferente, ou por um do mesmo sexo, ou por um casal de tios, de padrinhos, ou por uma mãe solteira ou por uma avó. A capacidade de oferecer amor incondicional, de proteger, de cuidar, de estar próximo, de conduzir pela mão e de poder sentar no colo de alguém que ama, ainda é a saída para a família planetária. Não será perfeita como alguém chega a idealizar, mas poderá evitar que surjam mais monstros, e que a família pós-moderna não seja mais autodestrutiva...
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