'Chamo-os amigos', não servidores submissos e obedientes! Assim, Jesus trata os seus seguidores. É a maior declaração de amor, de igualdade e de participação de um projeto missionário que, a partir de agora, pertence a todos. O Mestre é o inspirador e o motivador do grupo/igreja, mas jamais é o dono absoluto e inconteste de uma missão que, ao ser assumida, se torna de responsabilidade de todos os que desejam realizá-la. Quem ama, confia. Quem ama, escuta. Quem ama, respeita a pluralidade de pensar e de sentir dos amigos. Quem ama, acolhe. Acolhe sugestões, propostas, modificações de estruturas, de planos, de objetivos. Quem ama não se cristaliza no passado, não alimenta preconceitos, nem temores e chantagens de todo tipo. Fala-se muito, hoje em dia, em sinodalidade, mas permanece sempre quem vai ter a 'ultima palavra'! Quem, afinal, vai dizer o que estará permitido e o que será vedado. Quem permanece ortodoxo e obsequioso, e quem será banido como herege, e obrigado a viver no ostracismo 'pouco amigável' Quem se doa e dá a vida pelos amigos jamais poderá ser considerado um 'desviado', 'uma carta fora do baralho', ou 'um suposto seguidor que não vive em comunhão'! Quem está mergulhado na missão de ser 'alegria plena' para as vítimas do ódio e da intolerância, inclusive de 'os de dentro', é porque foi escolhido pelo Mestre! É amigo, não inimigo!
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