Quebrou mais um banco nos Estados Unidos of América, o país mais rico do planeta: o Lehman Brothers. Era considerado o quarto maior banco dos EUA. Como sempre ocorre com essas instituições financeiras históricas na hora do aperreio começam a chorar junto ao governo federal ou ao Banco Central pedindo socorro. Claro, eles motivam que não é para salvar os seus lucros, mas para não prejudicar os cidadãos e cidadãs que depositaram no banco o fruto do seu suor. Os próprios bancos brasileiros haviam feito a mesma coisa na época do FHC e este os socorreu, claro, criando un fundo de mais de 30 bilhões de reais! Ajudou a filha dele casada com um banqueiro, o Cacciola, agora preso, depois de ter fugido a Itália e muitos outros. Mesmo assim, muitos deles se estreparam.... menos os donos, claro!
São banqueiros, empresários, economistas que vivem a teorizar e a defender o encolhimento (ausência) do Estado na vida das pessoas e nos negócios, que correm justamente ao pai-estado quando a sua incompetência e a sua sede de ganância turva de tal forma o bom senso e acabam metendo os pés pelas mãos. Desta vez, o Lehman Brothers foi entregue ao seu destino: vai ter que vender partes do banco para o britânico Barclays. O mesmo Banco Central dos EUA (FED), porém, que negou ajuda ao Lehman vai conceder um empréstimo da bagatela de 85 bilhões de dólares a uma grande seguradora (AIG) também ela em crise profunda e à beira da falência. Com certeza deve ter gente graúda do governo federal como sócio na AIG...
Mas é bom se perguntar: por que toda essa crise? Simples! Os inteligentes administradores dos maiores bancos dos EUA com o intuito de lucrar sempre mais, ao ver que a taxa de juros estava inferior a 1% ao ano (alguns anos atrás!) começaram a emprestar dinheiro a um número sempre maior de cidadãos que queriam aplicar em imóveis. Estes, por sua vez, investiam em imóveis achando que seria um bom investimento para eles no futuro. Portanto, esses também de mente turva atrás de mais grana. Os bancos deviam saber que essas pessoas eram formadas por “péssimos pagadores” e por pessoas de “renda duvidosa”. Mesmo assim, sem pedir garantias e comprovações, a perspectiva de negócios lucrativos falou mais alto. Não deu outra: o investimento nos imóveis não se demonstrou nem um pouco lucrativo, os que pediram empréstimos não estão pagando porque não têm condições, e os bancos ao não receber a grana que emprestaram estão ficando sem ela. Continua valendo agora mais do que nunca o velho ditado italiano” Chi molto vuole, nulla stringe!”, ou seja, “quem muito quer, nada segura!”
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