segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Falando em corrupção...na FUNAI tem pra´vender!

O tema-problema do momento parece ser a corrupção. Praga universalizada. Plenamente globalizada. Profundamente enraizada nos tecidos sociais, e nos ‘genéticos’. De fato, se nascemos com um sentido de justiça, - embora rudimentar, - a corrupção parece ser o fruto amargo da sua imediata ‘mutação ética’. Operada por nós manipuladores humanos! Detenhamo-nos sobre alguns casos dessa ‘praga’ somente na questão indígena aqui no Maranhão.

Primeiro caso. O coordenador técnico da FUNAI de Zé Doca, vem sendo acusado pelo indígenas da região, Ka’apor e Awá-Guajá, de fornecer bebidas alcoólicas a mulheres e homens e se aproveitar sexualmente das mulheres uma vez embebedadas. Ele é acusado de vários abusos, e de ser o articulador entre os madeireiros da região no roubo de centenas de toras de madeira nobre provenientes da Terra Indígena Alto Turiaçu. O negócio rendeu até agora, para o funcionário, pelo menos cinco casas em Araguanã. Nada sofreu até momento por parte dos seus chefes corregedores a FUNAI. Nem sindicância. O jeito foi levar tudo isso à Procuradoria da República.

Segundo caso. A Vale assinou convênio alguns anos atrás com a FUNAI do Maranhão para utilizar sete milhões e meio de Reais ao longo de 10 anos para projetos agrícolas e de desenvolvimento nas terras indígenas do Caru, Awá-Guajá, Pindaré e Alto Turiaçu. Após dois anos, nem um centavo desse novo convênio foi aplicado nas aldeias dos Ka’apor da Alto Turiuaçu. Ninguém sabe dizer o porquê. Nem os chefes da FUNAI de Imperatriz quando questionados pelos Ka’apor. O que sabemos é que no passado recente houve desvios escandalosos do dinheiro disponibilizado pela Vale. Vários funcionários da FUNAI estavam envolvidos, além do próprio responsável da Vale que logo foi demitido. Ninguém foi obrigado a devolver a grana comida. Alguns desses funcionários continuam tomando de conta do dinheiro que a da Vale disponibiliza, supostamente destinado a amenizar os impactos da ferrovia nas aldeias! Cá entre nós: a Vale acha que já está cumprindo com a sua obrigação agora que está a duplicar a ferrovia?

Terceiro caso. Nas últimas duas operações realizadas pela Polícia Federal em algumas terras indígenas foram apreendidas centenas e centenas de toras de madeira. Como de costume, determina-se que a os funcionários da FUNAI sejam os ‘fiéis depositários’, até que se resolvam as pendências legais sobre o destino da madera apreendida. Resultado descoberto recentemente: não há mais nenhuma tora nos pátios onde as toras haviam sido depositadas. Os funcionários da FUNAI nada sabem sobre o seu destino. Os 'fiéis desviadores' continuam em seus devidos lugares esperando outra oportunidade....

Quarto caso. Com a ‘reforma administrativa’ da FUNAI, todos os processos administrativos que estavam na sede de São Luis e que recebiam um primeiro e sumário julgamento foram enviados a Imperatriz. Aqui é que se resolvem, hoje em dia, todos os pepinos relacionados à questão indígena. Em São Luis há uma simples coordenação técnica. Onde existem muitos funcionários que ficaram sem ocupação. Que continuam sendo pagos com dinheiro público para não fazer nada. Ainda bem que houve reforma!

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