Mais um assassinato de um jovem Guarani-Kaiwá deverá pesar na consciência do governo federal, se é que ainda existe essa dimensão na gestão pública dos bens e dos recursos humanos. Teodoro Ricardi, 25 anos, foi a última das 38 vítimas fatais de indígenas somente neste ano. 71%, ou seja, 27 deles ocorreram no MS. Já em 2010, corresponderam a 53% dos assassinatos ocorridos no mesmo Estado. Dois dias após a execução de Teodoro, outro indígena da mesma etnia, Isabelino Gonçalves, sofreu uma tentativa de assassinato durante uma emboscada de pistoleiros, - conforme relata o CIMI. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, parece mais receptivo em rever os limites das terras já demarcadas do que demarcar as que precisam dessa medida. A inoperância federal na demarcação das terras já identificadas, e a total ausência de decisões para garantir a incolumidade física e territorial do povo Guarani-Kaiwá está criando um clima de desespero em outros povos indígenas que haviam alimentado esperanças com os ‘governos populares’ petistas. Se é bem verdade que o governo Evo Morales fez num só dia o que o governo Dilma fez em nove meses, não se pode negar aos dois que essas omissões e cumplicidades oficiais os igualam a muitos dos seus antecessores militares ou não, que passaram à história como etnocidas!
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