R$ 26,7 bilhões. Esse é o valor das autuações (incluindo juros e multa) que a Receita Federal aplicou contra a Vale nos últimos anos por entender que a empresa não recolheu os impostos devidos sobre o lucro obtido por suas subsidiárias no exterior. A mineradora discorda do entendimento do Fisco e recorreu à Justiça, mas tem amargado sucessivas derrotas. A empresa não reservou recursos em seu balanço para o caso de ter de pagar a dívida. “É preciso saber se o governo brasileiro entende que nós devemos ter empresas brasileiras fortes fora do Brasil ou não”, afirma o presidente da Vale, Murilo Ferreira, de 58 anos. Ele defende mudanças na legislação tributária. Ferreira assumiu a presidência da Vale em abril do ano passado sob insinuações de que seria o “homem da Dilma” na empresa. Ele diz não falar somente em nome da mineradora, mas de praticamente todas as grandes empresas brasileiras com operações no exterior, como a Petrobras e a Ambev. A Vale atua em 37 países além do Brasil. Ferreira antecipou a ÉPOCA, na última terça-feira, uma notícia boa para a mineradora: a companhia obteve naquele mesmo dia uma licença para explorar uma nova mina em Carajás, Pará, a primeira concedida pelo Ibama nos últimos dez anos.
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