Por quase um mês ele foi mantido escondido em um lugar secreto, hóspede de um amigo e protegido pela polícia. Às vésperas do Ano Novo, no entanto, no dia 29 de dezembro passado, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, no Brasil, pôde retornar para a sua casa e para a sua comunidade no Mato Grosso, onde vive ininterruptamente desde 1968. Ele tivera que se afastar no início de dezembro, por causa das ameaças contra ele por parte dos latifundiários, dos quais uma ordem do Supremo Tribunal está subtraindo milhares de hectares de terras, ocupadas ilegalmente há anos, para restituí-las aos seus legítimos proprietários, os índios do povo Xavante, desde sempre defendidos e apoiados por Casaldáliga. No último período, as intimidações haviam se tornado cada vez mais insistentes e perigosas: “O bispo não verá o fim de semana”, teriam dito durante uma reunião dos fazendeiros. Os latifundiários acusam o bispo de ser o “inspirador” da sentença do Tribunal e de ter a responsabilidade pela demarcação da terra, situada entre os municípios de São Félix do Araguaia e Alto da Boa Vista, no norte do Mato Grosso, que agora as autoridades estão devolvendo aos índios.
Comentário do blogueiro: Quem dera que Dom Pedro tivesse tanta influência assim junto ao Supremo Tribunal como afirmam os anônimos que o ameaçam de morte. Se assim fosse o Supremo teria deixado de publicar todas aquelas condicionantes para a terra indígena Raposa Serra do Sol, e teria pressionado para acelerar os tempos para as demarcações de numerosas terras indígenas que se arrastam há décadas nesse país!
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