A Vale tem planos de cercar os 101 quilômetros do ramal ferroviário que vai construir para ligar a Estrada de Ferro de Carajás (EFC) ao projeto S11D, nova área de produção de minério de ferro da empresa, na Serra Sul de Carajás. O cercamento da faixa de domínio da ferrovia deve se estender também a outros trechos dos 892 quilômetros da EFC. Nos trechos operacionais, a Vale deverá negociar o cercamento com prefeituras e associações locais. “Mas não é só cercar. Também estamos fazendo viadutos e trabalhamos questões sociais com governo e comunidades”, disse Oliveira. Serão construídos 45 viadutos na EFC dentro da expansão da ferrovia que terá a capacidade praticamente duplicada para atender ao crescimento da produção de minério de ferro de Carajás com o S11D. O crescimento na demanda também leva a Vale a buscar inovações para melhorar a produtividade e reduzir custos operacionais da malha. Oliveira citou, por exemplo, estudos para operar locomotivas com gás natural. O executivo citou outro estudo que consiste em utilizar dormentes de plástico, que estão sendo testados em trecho da EFC. A Vale vem substituindo os antigos dormentes de madeira por peças de concreto e de aço na EFC e na EFVM. Outra inovação é o uso de uma máquina que renova a linha férrea substituindo brita, dormentes e trilhos de forma automatizada. A máquina é capaz de trocar 1,5 quilômetro de linha em 12 horas. Everardus Pouw, gerente-geral de operações da EFC, mencionou outra inovação, o uso do freio elétrico-pneumático, que melhora a frenagem dos trens. Em Carajás, a Vale incorporou, há alguns anos, comboios com 336 vagões para o transporte de minério. “É o maior trem do mundo em operação regular”, disse Pouw. O comboio se estende por 3,5 quilômetros. Com o freio elétrico-pneumático, a composição freia ao mesmo tempo e evitam-se choques, aumentando a vida útil dos vagões. Hoje o sistema de freio da composição funciona a ar, o que resulta em maiores choques entre os vagões.
Comentário do blogueiro: bonito, muito bonito! Falta só um pequeno detalhe: a Vale inova máquinas, dormentes, trilhos, freios, etc. e tal, mas não consegue melhorar e inovar de um centímetro as suas relações com as comunidades do corredor por onde os seus belos e modernos trens passam carregando riqueza e deixando um lastro de miséria e descaso.
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