Recentemente Dom Tomás Balduino escreveu um artigo analisando o ‘tamanho’ de poder de influência que a senadora da República Kátia Abreu detém, hoje. Ele narra que já em 2002 um pequeno agricultor, Juarez Vieira, havia sido despejado de sua terra, no município tocantinense de Campos Lindos, por 15 policiais em manutenção de posse acionada por Kátia Abreu. Em 1999 uma área de mais de 100 mil hectares que havia sido decretada de ‘utilidade pública’ por Siqueira Campos poucos anos antes foi entregue a vários fazendeiros. Cada um deles ganhou uma área de 1,2 mil hectares, por R$ 8 o hectare. A lista dos felizardos fora preparada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, presidida por Kátia Abreu (PSD-TO), então deputada federal pelo ex-PFL. O irmão dela Luiz Alfredo Abreu conseguiu uma área do mesmo tamanho. Emiliano Botelho, presidente da Companhia de Promoção Agrícola, ficou com 1,7 mil hectares. Do outro lado da cerca, ficaram várias famílias expulsas das terras por elas ocupadas e trabalhadas havia 40 anos. Uma descarada grilagem! Outro irmão da senadora Kátia Abreu, André Luiz Abreu, recentemente, teve sua empresa envolvida na exploração de trabalho escravo. Com os povos indígenas do Brasil, Kátia Abreu, senadora pelo Estado do Tocantins e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tem tido uma raivosa e nefasta atuação. No ano passado pressionou tanto AGU e Ministério da Justiça que o ministro Luís Adams da AGU se deixou levar e assinou a desastrosa portaria nº 303, de 16/7/12. Kátia Abreu desabafou exultante: "Com a nova portaria, o ministro Luís Adams mostrou sensibilidade e elevou o campo brasileiro a um novo patamar de segurança jurídica". Dom Tomás conclui o seu artigo dizendo: ’Essa mulher, segundo dizem, está para ser ministra de Dilma Rousseff. E se perguntam se, por acaso não é isso o Poder do Mal. No Evangelho, Jesus ensinou aos discípulos a enfrentar o Poder do Mal, recomendando-lhes que esta espécie de Poder só se enfrenta pela oração e pelo jejum’ (Cf. Mt 17,21).
Comentário do blogueiro: contraditoriamente as relações que existem no campo são arcaicas e moderníssimas ao mesmo tempo, avançadíssimas desde um ponto de vista tecnológico e atrasadíssimas desde um ponto de vista social e trabalhista. Kátia Abreu é a que melhor representa e concentra tudo isso. O espantoso é que o governo de coalizão do PT adotou a senadora fantoche e seus caprichos mefistofélicos. Surgem sombrias dúvidas quanto à seriedade da presidente Dilma no enfrentamento dos conflitos no campo e na inserção definitiva do Brasil entre o restrito grupo de Países definidos ’modernos’!
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