sábado, 11 de maio de 2013

O Maranhão na rota da destruição. Adeus palmeiras e sabiás!


Em uma das etapas da Semana Social patrocinada pela CNBB que se realizou no início de maio em Santa Inês, o professor Wagner Cabral (UFMA) apresentou alguns dados sobre a realidade social e econômica do Maranhão que chamam a nossa atenção, embora não nos surpreendam.  Eis alguns: 1. A população economicamente ativa no Maranhão em 1991 que era de 39,4 % na cidade, passou para 67,4 % em 2010. Já na região rural, passou de 60,6% em 1991 para 32,6% em 2012. 2. Se considerarmos também a capacidade do governo federal em assentar famílias e, assim, realizar reais políticas de reforma agrária, verifica-se um fragoroso fracasso. Dos 309,2 (mil hectares) de terras utilizadas para assentamentos em 2006, passou-se aos 12,8 (mil hectares) de 2012. Uma clara e proposital involução. 3. Se falarmos em financiamento poderemos verificar a mesma tendência, ou seja, nessa última década enquanto a agricultura familiar recebia cerca de 27% dos financiamentos federais via PRONAF, os plantadores de soja recebiam 72%! 4. E com relação aos conflitos de terras verifica-se a mesma triste realidade: o Maranhão nesses últimos 3 anos, de 2010 a 2012 é o Estado com o maior índice de conflitos, bem acima dos demais estados brasileiros mais conflituosos e em constante aumento. Em 2011 verificou no Maranhão o pico máximo de conflitos agrários com mais de 230 conflitos de terra. Enquanto isso as cidades maranhenses inchando e tornando-se inviáveis desde um ponto de vista social e de infra-estruturas. São Luis, como já foi dito, é a cidade que mais tem crescido nessa década no item ‘homicídios’. De 2000 a 2010 houve um aumento de 312% de assassinatos na grande São Luis, mas que reflete o que vem ocorrendo também no Estado como um todo que se mantém tragicamente acima de 300% em 10 anos!

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