Ativistas internacionais e moradores de uma região de Moçambique acusam a Vale de violar os direitos humanos no país africano. A ONG Human Rights Watch. (HRW) publicou um relatório em que denuncia a empresa brasileira por reassentar populações em locais onde não há água e a comida. O grupo exige que a empresa e o governo brasileiro tomem providências para remediar os problemas. Um dos países mais pobres do mundo, Moçambique vem atraindo bilhões de dólares em investimentos na exploração de seus recursos naturais - sobretudo, carvão e gás. O boom econômico levou ao deslocamento forçado da população local, em meio a protestos e acusações de que as empresas e o governo não cumpriram o que fora prometido. A Vale ganhou contratos para explorar a província de Tete, em Moçambique. Mas, para conduzir seus trabalhos, foi obrigada a despejar 1,3 mil famílias de suas casas. Tete tem cerca de 23 bilhões de toneladas de reservas de carvão, na sua maioria elas são inexploradas. A empresa brasileira, junto com o governo de Moçambique, reassentou essa população em outras regiões. Entre 2009 e 2010, essas famílias foram levadas para uma aldeia recém-construída. Passados dois anos, a população está em pé de guerra com a empresa. "Apontamos nossos direitos e necessidades. Mas eles (Vale) simplesmente vão-se embora e nunca mais voltam com uma resposta", disse Malosa, uma das mulheres reassentadas. "Não temos comida e não temos dinheiro para comprar comida", acusou. (Fonte: O Estado de São Paulo)
Comentário do blogueiro – Um triste filme ‘déja vu’- já visto, - inclusive no ‘País’ da 100% brasileira Vale, e que parece se constituir numa verdadeira metodologia planetária da empresa: invadir, ocupar, arrancar e fugir, deixando desagregação social, miséria, desertos e revolta.
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