"Pela primeira vez em 70 anos senti vergonha de ser brasileiro. Culpa da TV, que me manteve hipnotizado na frente da tela, enquanto transmitia a votação do impeachment na Câmara, duas semanas atrás", diz o médico e escritor Drauzio Varella, sobre a votação de 17 de abril; "Todos sabem que é lamentável o nível da maioria de nossos deputados, mas vê-los em conjunto despejando cretinices no microfone foi assistir a um espetáculo deprimente protagonizado por exibicionistas espertalhões, travestidos em patriotas tementes a Deus"
sábado, 30 de abril de 2016
Para que continuar a farsa no senado? Todos eles já decidiram qual será a sentença final, não importando as justificativas de ambas as partes....
Uma pergunta que não quer calar: para que continuar a levar adiante um processo de impeachment no senado se a grande maioria dos senadores já se manifestou de forma irrevogável - a favor ou contra do impeachment - antes mesmo de proceder ao julgamento formal? Ou seja, não importa quais forem as justificativas a favor ou contra dos crimes de responsabilidade (pedaladas fiscais) e se efetivamente isso seria crime, ELES JÁ TÊM OPINIÃO FECHADA, já emitiram dentro de si a sua sentença final. É como dizer que o juiz antes mesmo de ouvir a acusação e a defesa ele já emitiu 'in pectore' a sua sentença. Seria mais honesto dizer: votem logo e vamos acabar com essa farsa, seja o que for. No entanto, esse modo de proceder do senado é uma verdadeira palhaçada, desmoraliza-o totalmente, pois nem as clássicas posturas da imparcialidade, da sabedoria, do equilíbrio, da impessoalidade (são julgadores, afinal....não esqueçamos!) os senadores sabem respeitar. Evidente que pelas falas daqueles senhores transparecem mais os sentimentos de rancor, de raiva, de vingança, de punição por aquilo que o governo e a presidente fez ao longo desses anos! Já não interessa o mérito legal do julgamento. Ela, Dilma e os petistas, têm que pagar por não ter atendido aos muitos pedidos apresentados, pelo fato de Lula chamar um senador de 'velhinho babaca', ou o STF de 'acovardado', etc. por ter chegado a hora de outros também assumir plenamente o governo e manipular de acordo com os seus interesses de parte. De políticos que pautam a sua atuação em sentimentos desse feitio podemos esperar de tudo, inclusive o pisoteamento da Constituição.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Senador Randolfe engana Janaína Paschoal, a possuída, e faz com que ela apoie impeachment de Temer.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esperou até 1h da manhã para poder pregar uma peça na autora do pedido de impeachment, Janaína Paschoal, na sessão dedicada a ouvir os denunciantes. Ele fez uma explanação apresentando a edição de decretos de créditos suplementares específicos e pediu, em seguida, a opinião de Janaína sobre essas atitudes. A jurista defendeu que os créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment. "Muito bem, fico feliz com sua opinião, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. Essas ações que eu li foram tomadas pelo vice", disse Randolfe. A professora ficou constrangida e tentou se explicar.
OBRAS DE MISERICÓRDIA III - Dar água ao sedento, e saciar a sua sede de justiça
A crise de abastecimento de água potável está a atingir todas as regiões do nosso País, mas de forma mais dramática, a região do Nordeste do Brasil. É um drama mundial. Contudo, a crise da água afeta sempre as populações mais pobres. Nos interiores nordestinos, milhares de pessoas, todos os dias, têm que percorrer vários quilômetros para buscar água de péssima qualidade em açudes públicos, bicas, cacimbas, ou aguardar um carro-pipa que demora dias para chegar. Certamente são louváveis os inúmeros projetos federais de construção de cisternas permitindo a captação e o uso doméstico das águas pluviais. Todavia, não há como esconder que são formas paliativas, principalmente se observarmos a existência ‘açudes bem abastecidos’ em fazendas de deputados e de coronéis da mesma região. Essa desigualdade não advém da seca somente,mas é fruto de má gestão e de egoísmos humanos. Já a Campanha da Fraternidade de 2004 ‘Água é vida’ nos alertava sobre a dramaticidade da falta de água para as populações mais pobres. A CF desse ano nos informa que mais de 15% dos nossos domicílios não possuem água devidamente tratada. E cerca de 40% de toda a água tratada no país é desperdiçada, quando em países da Europa não passa de 9%. Nem falemos das indústrias das ‘águas minerais’ que sob a duvidosa bandeira da venda de água cristalina fazem verdadeiras fortunas, e ludibriam milhões de incautos clientes. Há algo diabólico nisso tudo. De um lado a nossa escassa educação em utilizar de forma responsável o precioso líquido, ‘o ouro branco’. Do outro lado, há em curso, mundialmente, uma clara tentativa de administrar a água como sendo uma mercadoria igual a tantas outras, onde só quem tem dinheiro pode usufruir. Isto já vem gerando conflitos de todo tipo. O que significa, então, ‘dar de beber a quem tem sede’ no contexto de hoje? É profundamente ético e expressão de autêntica caridade ‘dar um copo de água fresca a esses pequeninos’, (Mt. 10,42) - mas é evidente que, hoje, o desafio bem maior é o de ‘saciar a sede de justiça’ que arde em tantas terras áridas e em tantos corpos ressequidos pela fome, a sede e a exclusão. Matar a sua sede significa articulação social e política para exigir o respeito radical aos direitos fundamentais de todo ser vivo, e a execução de políticas públicas que garantam água potável para todos. Custe o que custar. A plenitude de vida que Jesus anunciou através de inúmeros gestos de misericórdia continua sendo o horizonte comum a ser construído sistematicamente, - e não somente idealizado, - por cada cristão. (Artigo escrito pelo blogueiro e publicado no Jornal do Maranhão da Arquidiocese de São Luis)
quarta-feira, 27 de abril de 2016
LE MONDE - Destituir Dilma não resolve. Brasil escravo dos demônios do passado!
Jornal francês publica artigo de Laurent Vidal, professor da Universidade de La Rochelle, dizendo que "destituir Dilma Rousseff não resolverá nada"; o historiador ressalta que “esse país do futuro” está acorrentado a demônios do passado; cita o chamado escândalo do mensalão e casos de corrupção envolvendo membros do PSDB, principal partido de oposição; lembra que o perdedor de 2014, o tucano Aécio Neves, nunca aceitou sua derrota e tentou criar a ideia de que Dilma foi eleita por um Brasil arcaico, sensível aos apelos populistas, sobretudo pelo Norte e Nordeste; "nada é mais falso do que isso", diz Vidal; segundo ele, essa crise mostra sobretudo uma forma de desprezo social que parece ter se instalado na sociedade brasileira; “o excluído não é mais aquele que sofre de carências materiais, mas o que não é reconhecido como um sujeito digno de se pronunciar sobre uma escolha política e social”; para ele, enquanto a questão da desigualdade não for enfrentada, é difícil imaginar um novo projeto de governo capaz de restaurar a confiança e o respeito entre brasileiros
terça-feira, 26 de abril de 2016
Cinismo de FHC - Dilma é honesta mas tem que cair! Mais impostos e menos gasto social é o que vai vir, diz ele!
Um dos principais apoiadores do impeachment, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso reitera que a presidente Dilma Rousseff é honesta, mas
deve sair por ser vítima de "um processo político"; ele diz ainda que o
PSDB tem obrigação de aderir ao eventual governo de Michel Temer,
inclusive com cargos, por ter ajudado a derrubar Dilma; sobre o futuro,
ele diz que a sociedade terá que inevitavelmente aceitar mais impostos e
menos gastos sociais; ele também sinalizou que o PSDB poderá ficar a
reboque do PMDB, ao dizer que Temer terá todo o direito de disputar a
reeleição; "É bom para o PSDB? Não, o PSDB quer ir direto para o
governo, mas se Temer for bom, e o Brasil quiser isso..."(Brasil 247)
O ministro Teori aceita mais duas denúncias de investigação contra CUNHA, mas os bandidos da Câmara já preparam a anistia dele! Circo dos horrores continua na republiqueta verde-amarela!
Nos dias que precederam a votação do impeachment, tornou-se cristalina uma trama de venda casada. Enquanto trabalhava pela abertura do processo contra Dilma Rousseff, uma expressiva bancada de parlamentares articulava uma “anistia” ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Nem mesmo a delação de Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, constrangeu a turma. O empresário entregou aos investigadores da Lava Jato uma tabela que aponta 22 depósitos, no valor total de 4,6 milhões de dólares, em propinas repassadas ao peemedebista entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. A planilha foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira 15, dois dias antes da derrota do governo no plenário. Antes mesmo do desfecho, os aliados mais próximos do peemedebista não escondiam as cartadas lançadas nos bastidores. “Sem ele não teríamos o processo de impeachment. Por isso, Cunha merece ser anistiado”, afirmou o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, ao site Congresso em Foco.
Com o placar consolidado, Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná, também passou a defender publicamente uma “retribuição” ao correligionário pelo presente. Integrante da tropa de choque de Cunha no Conselho de Ética, Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul, já ensaia o discurso: “Entendo que deva haver uma punição, mas não entendo que deva ser a cassação”. Com o apoio de partidos do chamado Centrão, entre eles PP, PRB e PSD, além do Solidariedade e de parte do DEM, Cunha mostra-se confiante na absolvição no Conselho de Ética da Câmara, onde enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar. “Não tenho nenhuma preocupação, estou absolutamente em condições de ser inocentado”, afirmou na tarde da segunda 18, após entregar a papelada do processo contra Dilma ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Com o placar consolidado, Osmar Serraglio, do PMDB do Paraná, também passou a defender publicamente uma “retribuição” ao correligionário pelo presente. Integrante da tropa de choque de Cunha no Conselho de Ética, Carlos Marun, do PMDB de Mato Grosso do Sul, já ensaia o discurso: “Entendo que deva haver uma punição, mas não entendo que deva ser a cassação”. Com o apoio de partidos do chamado Centrão, entre eles PP, PRB e PSD, além do Solidariedade e de parte do DEM, Cunha mostra-se confiante na absolvição no Conselho de Ética da Câmara, onde enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar. “Não tenho nenhuma preocupação, estou absolutamente em condições de ser inocentado”, afirmou na tarde da segunda 18, após entregar a papelada do processo contra Dilma ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Escândalo da merenda escolar TUCANA em São Paulo - Cunhado de Fernando Capez ameaça reportagem de CartaCapital
Familiares do deputado abriram mais de 20 empresas. Concunhada recebeu R$19 mil em janeiro da Alesp, mas não costuma ser vista no local.O repórter de política de Carta Capital Henrique Beirangê vem recebendo ameaças do advogado Rogério Auad Palermo, cunhado do deputado e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez. As intimidações tiveram início após a publicação de uma reportagem a respeito da abertura de mais de 20 empresas em nome dos familiares do parlamentar, muitas delas em endereços residenciais.Inicialmente foram encaminhados e-mails em que o advogado apenas fazia intimidações veladas como: "Eu fiz 25 anos de karatê e sempre apliquei isto na minha vida. Olha dá certo. Derrubava caras de 120 kilos praticamente com olhar!!"
Por que ainda não se abriu uma CPI dada a nítida comprovação do envolvimento de deputados tucanos e presidente da Assembléia Legislativa, o atual e o anterior e de pessoas do gabinete do governador? Engraçado, nunca se consegue o 'quorum' ! Justiça comum neles!
segunda-feira, 25 de abril de 2016
No Faustão ator Zé de Abreu fala o que a GLOBO não queria ouvir, mas falou!
Mas não sou hipócrita de dizer que não teria uma reação igual ou pior ainda se fosse comigo o episódio em que um casal de bestas-feras xingou o ator José de Abreu e a mulher num restaurante em São Paulo. Abreu narrou o episódio, ontem, no Domingão do Faustão, para o qual, é óbvio, foi chamado apenas pelo espetaculoso episódio e é difícil condenar qualquer excesso diante do que se passou.O que ele disse sobre o fato pode ser visto aqui. O mal, entretanto, veio para o bem e, num dos raríssimos momentos em que o óbvio pode ser dito na Rede Globo, Abreu expressou aquilo que ninguém, em sã consciência, pode entender.Embora, em seu insano ódio político, a Globo e a mídia em geral teimem em não dizer com a crueza que registrou-se aqui, outro dia, de um comentarista da TV portuguesa: o processo de impeachment foi aberto por uma assembléia geral de ladrões, presidida por um ladrão.Aquilo, mais que qualquer outra coisa, foi uma cusparada no rosto desta nação. E Abreu soube dizê-lo, aproveitando o espaço em que talvez se esperasse vê-lo acabrunhado, desculpando-se pelo ato ofensivo.Se todos que sabem deste óbvio falassem publicamente, o Brasil retomaria a esperança de que a vergonha pública cessaria no país.Inclusive os “globais” que, como registrou o próprio Zé de Abreu, escondem sua própria covardia alegando temor de represálias. Ao patrão, entregamos o nosso trabalho, não a nossa consciência (Tijolaço)
O jornal Miami Herald afirma que 'Dilma é ficha limpa ao contrário de Cunha e Temer'
Mais um importante jornal dos EUA defende Dilma Rousseff e denuncia o impeachment como um instrumento político, que não deveria ser usado da forma como está sendo usado no Brasil; jornal lembra que Bill Clinton sofreu um impeachment da Câmara dos Deputados, mas o processo foi derrubado no Senado; enfatiza ainda que Dilma tem a ficha limpa, não está envolvida em nenhum escândalo, ao contrário de Eduardo Cunha, o deputado que presidiu a sessão do impeachment, e Michel Temer, que pretende ocupar seu lugar
CUNHA A CARA DO GOLPE! Por Emir Sader
Na iminência de ver seu projeto golpista desembocar na presidência sem voto popular de Michel Temer e na possibilidade de que em poucas semanas Eduardo Cunha assuma a presidência da republica pela viagem do titular, setores da direita, hipocritamente, mostram incomodidade com a fórmula e, especialmente, com o lugar político e institucional a que foi guindado o mais corrupto político brasileiro, conforme consenso nacional. Tratam de dizer que o golpe é aceitável, mas que a presença de Eduardo Cunha é um problema, um fator de desgaste, que se soma já à enorme rejeição do próprio Temer. Como se fosse possível separar Eduardo Cunha do golpe. Mas Eduardo Cunha é a própria cara do golpe. Em primeiro lugar, porque os passos dados nessa aventura a que querem jogar o país não teriam sido possíveis sem a atuação gangsteril de Eduardo Cunha e dos centenas de parlamentares que ele ajudou a eleger e sobre os quais ele tem controle. O próprio silêncio covarde do STF é atribuído, também, a ameaças que ele faria sobre os juízes que o compõem.
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Senador recém filiado ao PMDB ataca os bandidos de Cunha - Hélio José, senador do Distrito Federal recém-filiado ao PMDB, concedeu entrevista a blogueiros de Brasília e desagradou o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados e também líderes do partido. Suplente de Rodrigo Rollemberg, hoje governador do DF, José afirmou que o PMDB não tem posição definida pelo impeachment no Senado e disse que a votação na Câmara foi injusta: "cuspiram no prato que comeram, feito Judas". O senador também criticou um eventual governo Temer, dizendo que teve de assinar um compromisso com os "bandidos do Cunha", atacando até as políticas econômicas que poderiam ser adotadas pelo vice: "Vão ver a desgraceira que vai acontecer nesse país com arrocho, onde servidor público vai ser tratado na pinhola, onde o servidor público vai perder os seus direitos”. (GGN)
domingo, 24 de abril de 2016
Miséria da fome, miséria do ódio
.....Aquele documentário da GLOBO sobre a miséria no Nordeste em que mulheres magras e crianças esqueléticas aparecem tomando sopa de pedra. O mesmo documentário que fez o repórter chorar de tristeza. Era uma miséria que não tinha fim e todos queriam o fim dela. Segundo as vozes da sociedade, aqui era uma desumanidade.Como um país como o Brasil poderia entrar nos anos dois mil com aquela vergonha?Como o Brasil poderia se olhar no espelho?
Um país com vergonha de si mesmo.
O Brasil não foi capaz de lidar com a penúria durante 502 anos.
Precisou de um homem e de uma mulher para, em quatorze anos, fazerem o que ninguém nunca conseguiu fazer.
Criar uma forma, um jeito, uma maneira que fosse possível oferecer algum dinheiro para que crianças miseráveis pudessem comer, pelos menos, arroz e feijão.
Esses dois, que hoje são chamados de ladrão e de vaca, acabaram com a miséria extrema no Brasil. Mas isso já não vem mais ao caso.
Bom dia!
(Jari da Rocha)
Um país com vergonha de si mesmo.
O Brasil não foi capaz de lidar com a penúria durante 502 anos.
Precisou de um homem e de uma mulher para, em quatorze anos, fazerem o que ninguém nunca conseguiu fazer.
Criar uma forma, um jeito, uma maneira que fosse possível oferecer algum dinheiro para que crianças miseráveis pudessem comer, pelos menos, arroz e feijão.
Esses dois, que hoje são chamados de ladrão e de vaca, acabaram com a miséria extrema no Brasil. Mas isso já não vem mais ao caso.
Bom dia!
(Jari da Rocha)
Jornal Expresso de Portugal afirma que com a votação do impeachment o Brasil disse ao mundo 'Não nos levem a sério'!
Não sei se os brasileiros terão a noção do que as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram de demolidor para a imagem do Brasil no mundo. Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público. Entre os países do verdadeiro Terceiro Mundo, alguns dos quais bastante mais bem governados do que o Brasil, a ideia do país como potencial líder do grupo dos emergentes caiu por terra com estrondo: perante aquele indecoroso espectáculo transmitido em directo para o país e para o mundo, as hipóteses de o Brasil alcançar o ambicionado lugar de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas só podem ter sido seriamente comprometidas.
Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva directamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais). Com o pretexto arregimentado para destituir Dilma — as tais “pedaladas fiscais” — qualquer governo de qualquer democracia poderia ser substituído a qualquer momento, sem grande esforço. Mas exigia-se, pelo menos, que o processo de destituição da Presidente do Brasil tivesse um mínimo de dignidade e de seriedade que o gesto impunha. Mas não foi isso o que sucedeu e o que está a suceder: os chefes do “golpe”, todos a contas com a Justiça, são gente que de todo se recomenda; os seus apaniguados são tipos que não se convidam para jantar em casa; o partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser; e o espectáculo protagonizado pelos deputados ultrapassou tudo o que a simples decência devia permitir. A mensagem que o Brasil passou ao mundo é esta: “Não nos levem a sério”.
( jornal Expresso, de Lisboa, Miguel Souza Tavares)Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva directamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais). Com o pretexto arregimentado para destituir Dilma — as tais “pedaladas fiscais” — qualquer governo de qualquer democracia poderia ser substituído a qualquer momento, sem grande esforço. Mas exigia-se, pelo menos, que o processo de destituição da Presidente do Brasil tivesse um mínimo de dignidade e de seriedade que o gesto impunha. Mas não foi isso o que sucedeu e o que está a suceder: os chefes do “golpe”, todos a contas com a Justiça, são gente que de todo se recomenda; os seus apaniguados são tipos que não se convidam para jantar em casa; o partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser; e o espectáculo protagonizado pelos deputados ultrapassou tudo o que a simples decência devia permitir. A mensagem que o Brasil passou ao mundo é esta: “Não nos levem a sério”.
sábado, 23 de abril de 2016
Palhaços profissionais escrevem carta de repúdio a Tiririca, palhaço traidor!
Ao Excelentíssimo Senhor Tiririca Deputado Federal
Senhor Deputado,
Nós, palhaças e palhaços profissionais, brasileiros e estrangeiros engajados na defesa da democracia do Brasil, manifestamos nossa mais completa insatisfação e repúdio em relação à postura e ao voto de V.Exa na votação do processo de impeachment do último domingo, 17 de abril de 2016.Como o senhor bem sabe, nossa profissão se baseia, acima de tudo, na verdade e na honra com a qual o artista se dirige a seu público.O que certamente nos diferencia do senhor, na atual situação de nosso país, é a coragem ética com a qual nós, ao contrário de V.Exa, lutamos pela consolidação da, ainda frágil, democracia brasileira.
Sabemos perfeitamente que, em nosso sistema constitucional, não se pode derrubar um governo simplesmente porque não se concorda com sua política. É preciso que se prove a existência de crime de responsabilidade. E tal noção de crime, forjada do dia para noite, em uma Câmara cujo presidente é investigado na operação Lava Jato, arranha consideravelmente a legitimidade de um processo que se pretende honesto.V.Exa não quer, ou não tem interesse em observar esses fatos com isenção, honra e justiça. Daí nossa brutal e essencial diferença. Portanto, deputado Tiririca, trocando em miúdos: no último domingo, lamentavelmente, o senhor não representou os palhaços e palhaças profissionais, envergonhando aqueles que buscam honrar o seu ofício de levar alegria ao povo brasileiro.
Assinam esta carta, as entidades circenses, os coletivos de circo e da palhaçaria e os artistas abaixo... Seguem mais de 30 assinaturas.Senhor Deputado,
Nós, palhaças e palhaços profissionais, brasileiros e estrangeiros engajados na defesa da democracia do Brasil, manifestamos nossa mais completa insatisfação e repúdio em relação à postura e ao voto de V.Exa na votação do processo de impeachment do último domingo, 17 de abril de 2016.Como o senhor bem sabe, nossa profissão se baseia, acima de tudo, na verdade e na honra com a qual o artista se dirige a seu público.O que certamente nos diferencia do senhor, na atual situação de nosso país, é a coragem ética com a qual nós, ao contrário de V.Exa, lutamos pela consolidação da, ainda frágil, democracia brasileira.
Sabemos perfeitamente que, em nosso sistema constitucional, não se pode derrubar um governo simplesmente porque não se concorda com sua política. É preciso que se prove a existência de crime de responsabilidade. E tal noção de crime, forjada do dia para noite, em uma Câmara cujo presidente é investigado na operação Lava Jato, arranha consideravelmente a legitimidade de um processo que se pretende honesto.V.Exa não quer, ou não tem interesse em observar esses fatos com isenção, honra e justiça. Daí nossa brutal e essencial diferença. Portanto, deputado Tiririca, trocando em miúdos: no último domingo, lamentavelmente, o senhor não representou os palhaços e palhaças profissionais, envergonhando aqueles que buscam honrar o seu ofício de levar alegria ao povo brasileiro.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
O mundo condena o golpe, só quem não foi educado a respirar democracia acha natural 367 calhordas cassar o mandato presidencial dado por 54 milhões de eleitores
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para o continente, condenou a tentativa de golpe no Brasil; em um comunicado, a Cepal diz que o Brasil precisa respeitar o resultado das urnas, sob o risco de desestabilizar a democracia em todo o continente; "A soberania popular, fonte única da legitimidade numa democracia, foi entregue a Lula e em seguida à senhora presidente Rousseff, através de um mandato constitucional", disse; "Os eventos pelos quais passa o Brasil nos dias de hoje ressoam com força além de suas fronteiras e ilustram para o conjunto da América Latina os riscos e as dificuldades que a nossa democracia ainda está exposta", ressalta o texto
"O espetáculo deplorável da “assembléia de bandidos” de 17 de abril de 2016 impactou o mundo, e cristalizou a percepção de que o impeachment aprovado por 367 “bandidos” é uma violência contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Como o Brasil ofereceu este espetáculo deplorável ao mundo? Essa pergunta só pode ser respondida se anotado o papel determinante e fundamental da Rede Globo – secundada por outras empresas da mídia – e de setores do Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal"; a afirmação é do colunista Jeferson Miola; ele frisa que "na guerra pela verdade, como não contam com uma Rede Globo mundial, os golpistas estão perdendo"; "E estão perdendo de goleada: The Economist, Guardian, El país, Le monde, Financial Times, Reuters dizem que é golpe; Wall Street Journal, Washington Post, El País, Le Parisien, Irish Times, New York Times, Pravda, Granma também dizem que é golpe; La Nación, Ladiaria, El observador, Clarín dizem o mesmo; Al Jazeera, Fox News Latina, CNN etc etc dizem o mesmo: é um golpe de Estado", reforça
Um dos jornalistas mais sérios do País escreve carta aberta ao STF pedindo que a suprema corte não entre na onda dos calhordas golpistas!
Jornalista Luís Nassif cobrou dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) que se posicionem contra o golpe que visa tirar a presidente Dilma
Rousseff do cargo para o qual foi eleita por mais de 54 milhões de
brasileiros; por meio de uma carta aberta, Nassif, ressalta que
"permitir o golpe será entregar à selvageria décadas de construção
democrática, de avanços morais, de direitos das minorias, de construção
de uma pátria mais justa e solidária"; ele também pediu que os ministros
do STF "entendam a verdadeira voz das ruas, não a do ódio alimentado
diuturnamente por uma imprensa que virou o fio, mas os apelos para a
concórdia, para a paz, para o primado das leis. E, na base de tudo, a
defesa da democracia"
Não há mais bandidos e mocinhos. Estão todos na vala comum da falta de ética e de vergonha!
Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) disse que o sistema político brasileiro está em colapso e que atualmente o país passa por um vácuo de poder; "Esse vácuo é substituído por interesses pessoais, um movimento de ascensão pentecostal e ladroeira. Eduardo Cunha não virou presidente da Câmara - sendo o bandido que é - por acaso. Ele comprou 250 deputados", disparou durante evento promovido pela Universidade Harvard e o MTI; ele também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por não ter realizado as reformas estruturantes necessárias ao país em troca de alterações na Constituição visando assegurar a sua reeleição em 1998
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), é alvo de mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato; segundo Janot, dois dos seis inquéritos abertos para apurar fatos distintos em relação a Cunha estão em fase avançada e deverão "rapidamente" virar denúncias no Supremo; segundo o procurador-geral, o afastamento de Cunha do cargo é um"problema que está com o Supremo"
O Supremo Tribunal Federal autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), do deputado Felipe Maia (DEM-RN), seu filho, e de mais 14 pessoas em inquérito que investiga um "complexo" esquema de corrupção e lavagem de dinheiro; a decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, que atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República; Agripino é alvo de um inquérito que apura se o parlamentar negociou o pagamento de propina da empreiteira OAS durante a construção da Arena das Dunas
Joaquim Barbosa é contra o impeachment por não ver justeza no mérito, e propõe novas eleições
Em palestra nesta nesta (22), em Florianópolis, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa disse que falta fundamentação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff; "Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma presidente sobre esse fundamento num país como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população. Quanto à justeza e ao acerto político dessa medida tenho dúvidas muito sinceras", afirmou; ele defendeu a realização de novas eleições: "Organizem eleições, deixem que o povo resolva. Deem ao povo a oportunidade de encontrar a solução"
Dilma chega a NY e vai dizer o que todos lá fora já sabem: que está havendo golpe no Brasil. Os golpístas preocupados com a imagem do País...que eles já arranharam no dia 17 de abril
Presidente Dilma Rousseff foi recebida na noite desta quinta-feira em Nova York de forma calorosa por um grupo de pessoas que a esperavam com rosas e cartazes contra o impeachment, em frente à residência do embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Patriota, onde ficará hospedada; Dilma chega aos Estados Unidos para denunciar ao mundo o golpe em curso no Brasil; no discurso que fará nesta manhã, na assinatura do Pacto de Paris na Organização das Nações Unidas (ONU), ela deverá dizer que é vítima de um processo ilegal de destituição presidencial, comandado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), com o aval do vice Michel Temer (PMDB), a quem acusa de traição; Dilma conta com o apoio de diversas publicação globais, que já tratam o golpe de golpe, além de outros organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e chefes de Estado da América Latina
Comentário do blogueiro - O vice golpista e seus asseclas estão preocupados com a imagem do Brasil lá fora, pelo fato de Dilma denunciar ao muno o golpe, e seus autores. Por que não deveria? Lá fora, onde não existe só Globo, estão fartos de saber que a imagem do Brasil foi arranhada com o que aconteceu no dia 17 de abril por 'eles'. Querem impedi-la de dizer o que todos já sabem. Tolice!
Por que Dilma NÃO PODE ser 'impedida'! Já pensou se tivéssimos que cassar todos os deputados que não cumprem suas promessas?
Estando Dilma aparentemente livre de qualquer acusação ou suspeição de corrupção, vê-se porém acusada pelo voto de dezenas e dezenas de deputados indiciados ou suspeitos de crimes de corrupção. Dificilmente se poderia imaginar maior exemplo de miséria moral da política. Se o Brasil tivesse um sistema de governo parlamentar, é evidente que o governo de Dilma Rousseff, cujo apoio no Congresso dependia da coligação de uma dúzia de partidos, já teria caído por desagregação da heteróclita coligação parlamentar, tão grave é a situação econômica e social do Brasil e tão grande é o desamparo político do Governo. Simplesmente, o Brasil tem um sistema de governo presidencialista, que copiou dos Estados Unidos em 1891 e que foi confirmado num plebiscito um século depois, em 1993. Ora, no presidencialismo o governo é chefiado pelo próprio Presidente da República e o seu mandato não depende da confiança política do Parlamento, havendo uma estrita separação e independência recíproca do Parlamento e do Governo. Nem o Presidente da República pode dissolver o Parlamento, nem o Parlamento pode demitir o Governo (ou seja, o Presidente da República) por discordância ou desconfiança política. (Vital Moreira, professor em Coimbra)
Comentário do blogueiro
Dito de outra forma: quando se vota num deputado ou senador é para ele permanecer até o término do seu mandato, a não ser que cometa crimes durante o mandato que sejam passíveis de punição, após julgamento justo. Não pode ser cassado simplesmente porque ele, deputado ou senador não respeitou as promessas feitas em palanque. Se assim fosse quase todos poderiam ser cassados após poucos meses. É o sistema que escolhemos. Do mesmo modo se pauta o mandato da presidente: mesmo que não tenha atendido às expectativas ou não tenha respeitados as promessas, - mas não existindo crime que implique responsabilidade direta e pessoal, - não pode ser cassada. Mudemos o sistema e cassemos presidente e todos os deputados que não cumpriram suas promessas!
quinta-feira, 21 de abril de 2016
O decano do STF: um BLEFE de todo tamanho! Por Luis Nassif
Há 157 dias está no Supremo o pedido de julgamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha. O decano nunca se pronunciou. No domingo, mais de 300 deputados deram o mais indigno show público já registrado na Câmara Federal. O decano se calou.O país está prestes a ser governado por um vice-presidente envolvido na Lava Jato e por um presidente de Câmara que só não vai preso por leniência do Supremo. O decano se resguarda e nada diz. Mas é capaz de sair a público garantindo manchetes, batendo boca com frases divulgadas em um grampo ilegal. Ou, como ocorreu ontem, criticar a presidente por denunciar o golpe do impeachment. Sustenta que não há golpe porque todos os procedimentos legais estão sendo seguidos.
Ouso dizer que o decano Celso de Mello, do STF, é um blefe.
Tem algumas das condições necessárias para um juiz: a idoneidade, a ponto de sequer receber advogados das partes, a vida asceta, o apego aos estudos. Mas faltam-lhe virtudes essenciais a um grande juiz, especialmente a capacidade de discernimento e a isenção. E um deslumbramento ingênuo – e tolo – de não resistir aos holofotes da mídia, e dos celulares das redes sociais, para pronunciamentos “para a história”. Celso de Mello tem a erudição. É capaz de rechear um julgamento sobre roubo de pirulitos com dezenas de citações dos “saudosos” (ele sente saudades de todos os juristas mortos). Mas terá dificuldades de analisar o caso e fazer justiça. Ou, então, dificuldade em analisar um caso contrariamente às suas preferências pessoais. Seu conhecimento enciclopédico não está a serviço do discernimento. Na economia, seria um cabeça de planilha: o sujeito capaz de montar planilhas complexas, séries estatísticas enormes, correlacionando índices de forma incorreta. Tome-se a questão do golpe.
O papel do STF no impeachment pode ser sintetizado de maneira simples e irretorquível:
1. O constituinte definiu o presidencialismo como forma de governo. Depois houve confirmação por plebiscito.
2. O parlamentarismo permite o voto de desconfiança. Tendo maioria qualificada, a oposição vota e derruba o gabinete. Não haveria uma hecatombe política, nem um desrespeito ao voto do eleitor, porque caberia ao presidente negociar um novo gabinete com o Congresso.
3. Já no presidencialismo não existe o voto de desconfiança.
4. O que separa o presidencialismo do parlamentarismo, portanto, são exclusivamente as condições jurídicas para a aprovação do impeachment, previstas na Constituição. Caso contrário, bastaria juntar um número qualificado de deputados para derrubar o presidente.
5. Se exige fundamentação jurídica constitucional, quem é o guardião da Constituição para conferir se os pré-requisitos estão presentes? O Supremo, é evidente. Se o Supremo não julgar a constitucionalidade do impeachment, na prática estará atropelando a vontade popular em dois pontos centrais: a forma de governo escolhida, o presidencialismo, e uma presidente eleita pelo voto popular.
Aí vem o decano e questiona as acusações de golpe, porque os procedimentos estão sendo seguidos. Por procedimentos, entendam-se os ritos definidos pelo Supremo. Ou seja, privilegia a forma em detrimento do conteúdo, do mérito.Pergunto, qual o nome que se dá ao ato do advogado que foge das questões de mérito para se ater a questões de forma? Chicana, se não me engano. Vou buscar o significado no Dicionário Informal:
“Jurídico: dificuldade criada, no decorrer de um processo judicial, pela apresentação de um argumento com base em um detalhe ou ponto irrelevante”. Aplica-se ao decano?
Voltando aos sofistas, sabe-se que duas paralelas só se encontram no infinito. A opinião de Celso de Mello encontrou-se com a de Dias Toffoli na celebração da legalidade do impeachment. Apenas os dois. Donde se conclui que o decano terminou convergente com a maior humilhação que o terrível Lula infligiu ao Supremo. O legalista e o ex-militante tornaram-se parceiros no maior estupro cometido contra a Constituição brasileira desde a sua promulgação. Paradoxalmente, o maior elogio que recebeu foi em forma de ofensa: os ataques de Saulo Ramos mostrando que, depois que deixou de ser seu assessor para se tornar MInistro do STF, Celso resistiu às suas pressões.
POR QUE? Perguntas que não querem calar!
1. Por que a Suprema Corte do Brasil deixou Eduardo Cunha "livre, leve e solto" a tocar o terror na ordem constitucional do país se contra ele o PGR Rodrigo Janot já solicitara- e há vários meses! - expressamente ao STF que procedesse ao seu afastamento da presidência da Câmara dis Deputados?
2. Por que a Suprema Corte do Brasil preferiu tratar dos 'badulaques' do rito do processo, questões acessórias e deixou passar ao largo o que realmente importa: onde está no relatório da Comissão de Impeachment da Câmara tipificado o crime de responsabilidade praticado pela presidente da República? E em não existindo tal crime, por que o STF fez tão tsunâmica vista grossa e deixou o mesmo avançar para o Senado Federal? Será que os ministros da Corte se sentem intimidados por Eduardo Cunha? Ou preferem o aplauso fácil e passageiro de uma imprensa venal e manipuladora em detrimento do julgamento da História já nos meses seguintes ao golpe de 2016 contra a democracia, a ordem constitucional e o estado de direito?
Custa a crer que alguns ministros do STF se deixem atropelar por golpe parlamentar tão escancaradamente sórdido, reles, tosco e de tão frágil desmontagem jurídica. E refiro-me apenas a alguns ministros que muitos milhões de brasileiros reputam como os mais preparados juridicamente, moralmente os mais altaneiros, e aqueles com maior robustez ética na atual composição de nossa Suprema Corte. Isto sem detrimento dos demais. São eles, os ministros (listados em ordem alfabética para não se melindrar vaidades) que bem poderiam a qualquer momento abrir histórica, justa, profunda, legítima, oportuna dissensão no STF em defesa da Constituição. em favor da democracia e da legalidade e em defesa dos ideais que fundam a República brasileira - democracia, justiça e liberdade:
- LUIS ROBERTO BARROSO
- MARCO AURÉLIO MELLO
- RICARDO LEWANDOWSKI
- TEORI ZAVASCKI
Quando pensamos em cada um desses quatro nomes sentimos um alento de esperança a permear toda a nação brasileira, pois com o jogo jogado no Senado, onde interesses partidários aliados à imediata expectativa de a oposição tomar o Poder nublam por completo a existência de um julgamento de impeachment minimamente justo, resta-nos, simples 202.000.000 de cidadãos e cidadãs brasileiros, esperar que não se concretize o colapso geral das instituições que têm como missão maior a salvaguarda dos mais preciosos valores da Pátria. (Por Daniel Qoist)
Em seu twiter ex- presidente do STF Joaquim Barbosa diz que ' impeachment é bomba!'
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa utilizou sua conta no Twitter para afirmar que o processo de impeachment "é uma bomba" que só deve ser empregado com "precisão quase científica"; segundo ele, o "impeachment é uma formidável ferramenta contramajoritária, inerente ao próprio sistema presidencial de governo e previsto na Constituição, mas que deve ser usado com precisão quase científica"; para Barbosa, impedir um presidente é "regenerador em alguns casos, mas em outros pode se revelar destrutivo, convulsivo, provocador de rachas duradouros na sociedade"
Para o especialista em direito constitucional, André Ramos Tavares (PUC-SP) STF deveria analisar mérito do Impeachment
Qual a sua opinião sobre o impeachment? -Sou completamente contrário. Parece-me que são os mesmos argumentos do dia seguinte às eleições. Parte da população está descontente, mas as eleições foram limpas.
O pedido contra Dilma se baseia principalmente na questão das pedaladas fiscais. Qual a sua avaliação? -Em primeiro lugar, se o crime ocorreu no mandato anterior, a lei não permite que seja usado para fins de responsabilização política. Além disso, o correto para esse tipo de situação é o julgamento pela via da prestação de contas, em que o Tribunal de Contas da União faz análise técnica e emite parecer opinativo. O plenário do Congresso julga as contas em seguida. Não pode haver confusão: as contas dela de 2015 ainda não foram julgadas. São coisas distintas, como um tem rito específico exclusivo previsto na Constituição, o impeachment é inadequado.
Muitos dizem que o impeachment é um golpe. O que o senhor acha disso? -Vou te responder de uma forma bem clara. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha [PMDB/RJ], recentemente disse que desde 2009 o PMDB já sinalizava para rompimento com o PT. Oras, então não deveriam ter composto a chapa. Não é possível o partido sair sem o vice-presidente renunciar. Aí, sim, configura-se um golpe. Só há impeachment se não houver governo. O oportunismo é que gera um golpe. Temos problemas a resolver na legislação, não é possível ter uma chapa eleitoral que leve a esse cenário.
Muitos dizem que o impeachment é um golpe. O que o senhor acha disso? -Vou te responder de uma forma bem clara. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha [PMDB/RJ], recentemente disse que desde 2009 o PMDB já sinalizava para rompimento com o PT. Oras, então não deveriam ter composto a chapa. Não é possível o partido sair sem o vice-presidente renunciar. Aí, sim, configura-se um golpe. Só há impeachment se não houver governo. O oportunismo é que gera um golpe. Temos problemas a resolver na legislação, não é possível ter uma chapa eleitoral que leve a esse cenário.
O Supremo Tribunal Federal poderia avaliar o mérito do processo de impeachment? -Na tomada de decisões pode haver vícios. O Supremo deveria examinar o mérito. Ele pode com certeza atuar se a decisão final pelo impeachment não tiver base substancial na Constituição. A falta de provas leva à nulidade do processo. Não há ato que não possa ser levado ao STF se violar a Constituição. O tribunal já interveio em questões congressuais, chegou a intervir na edição de medidas provisórias, que cabiam ao Executivo.
Qual seria a saída para a atual crise político-jurídica? - Creio que a saída para a crise do impeachment seria o PMDB adotar de vez a legalidade. O que está aí corre o risco de ter governo sem base no Congresso. O partido tem uma responsabilidade muito grande com o país, e gostaria que isso fosse mais bem assumido. Se o vale-tudo continuar, afetará o PMDB; nessa toada atual, as operações anticorrupção alcançarão todos os partidos.terça-feira, 19 de abril de 2016
MATARAM ISAÍAS GUAJAJARA NO DIA DOS POVOS INDÍGENAS. É o segundo assassinato de índios em uma semana na mesma terra indígena, e no mesmo município
Aquilo que é definido, - eufemisticamente falando, - dia dos povos indígenas, se tingiu de sangue. Mais um brutal assassinado vem a marcar uma data que deveria ser histórica.Deveríamos, depois de tantos séculos de 'convivência', celebrar a comunhão entre povos e culturas, colaboração e diálogo intercultural, parcerias entre sociedades que vivem no mesmo e único território plurinacional chamado Brasil, no entanto o sangue indígena continua sendo derramado. Chegou, agora pouco, a notícia do assassinato de Isaías Guajajara da aldeia Bacabal, da Terra Arariboia no município de Amarante, Maranhão. Não temos ainda os detalhes do acontecimento. É a segunda morte em menos de uma semana na mesma terra indígena e no mesmo município. Na semana passada, Genésio Guajajara foi linchado e morto por pessoas de Amarante acusado de tentar roubar uma moto, punido com a morte e sem 'julgamento justo'. Vários indígenas vêm declarando e denunciando em alto e bom som que existe uma verdadeira caça ao índio naquele município. Algo urgente deve ser feito. Não é de hoje que acontecem tais barbaridades sob o domínio das leis dos 'brancos karaiw'!
segunda-feira, 18 de abril de 2016
...Enquanto isso, os povos indígenas do Maranhão conhecem desnutrição, abandono e descaso. E daí, quem se importa?
Situação
caótica e dramática dos povos indígenas no Maranhão. Às vésperas da 'famigerada
comemoração do dia 19 de abril' o que se constata é um recrudescimento da
violência, a física e a moral, e da histórica e vergonhosa exploração dos indígenas mediante
o uso e a manipulação dos cartões da Caixa, só para fazer um exemplo. A física:
dois indígenas Guajajara assassinados nesses últimos dois meses (na Terra
Araribóia), um com requinte de crueldade. A moral: o descaso na educação, na assistência à
saúde, com falta de remédios e de visitas das equipes médicas às aldeias, entre outros. Em várias
aldeias por nós visitadas, recentemente, na Terra Bacurizinho, os evidentes sinais
da desnutrição e o revoltante sentimento de abandono. Educação, por exemplo, que é ‘bom’ vem
se tornando sempre mais um negócio da China para muitos setores, em que pese o endurecimento e a
tentativa do governo do Estado em moralizar as relações entre usuários - corpo
docente, promessas de melhoria das estruturas físicas, e transporte escolar,
entre outros. Prédios abandonados ou sucateados, sem energias, sem carteiras,
sem material escolar, falsificação de dados (censo de alunos), pressões da 'máfia dos transportes' para renovar contratos milionários, e outras pérolas da
esperteza animal que acaba envolvendo muita gente, inclusive graúda. Os conflitos pela
defesa do território parecem conhecer uma aparente trégua, mas talvez
signifiquem uma espécie de cansaço dos indígenas em denunciar sem obter em
troca algum sinal por parte de Funai, MPF, PF, etc. Com a chegada do verão já estão sendo retomadas as incursões de madeireiros que apesar de esporádicas operações
repressoras do Ibama e da PF (poucas, na realidade) em 2015, continuam lucrando com o
roubo escancarado de madeira nobre nas Terras indígenas Alto Turiaçu,
Arariboia, Bacurizinho, Awá-Guajá, entre outras. Agora, com a nova conjuntura
política, pesa como uma espada de Dámocles na testa dos povos indígenas a retomada de várias emendas constitucionais que poderão dar um poder jamais conhecido a
um congresso sem moral e sempre mais faminto de negar direitos e controlar históricas
reivindicações.
Deputados - 'Clamam a 'deus' e fazem o 'diabo'
A frase não é minha, mas do jornalista Fernando Molica. “Quem fala em família, em Deus e em seu estado vota sim (ao golpe)”. E a resposta da leitora, repugnada: “senti-me órfã, pagã e exilada”. De fato, nem Deus, nem família alguma, nem lugar algum merece este circo. O espetáculo que se assiste é deplorável, não apenas pelo fato de estar sendo golpeada a democracia, mas porque isso se dá com requintes de fanatismo, grosseiramente demagógico.Vão dos corretores de Goiás à Paz de Jerusalém.A Câmara é uma vala, de onde pouca esperança pode haver de que brote algo que não feda.O nojo é tanto que me abstenho de mais comentários, porque se consagra não só a maioria, mas a hegemonia de poder de Eduardo Cunha.Não sei se, como parece, a noite será dele, como dele provavelmente será o Governo Temer.Mas não será deles a manhã, não será deles o Brasil. (Tijolaço)
Comentário do blogueiro - Nesse caso 'Deus' não pode ser escrito com 'd' maiúsculo, pois é uma invencionice de 'diabólicos'.
CPT diz que em 2015 foram assassinadas 50 pessoas pela luta pela terra. Ninguém fez reforma agrária, e agora, tudo pode piorar
A violência explodiu no campo e nas florestas. Ano passado foram 50 assassinatos. E a impunidade reina, 20 anos depois do Massacre de Eldorado dos Carajás. Poderia ser pior, sempre pode: 59 pessoas sofreram tentativas de assassinatos e por pouco não morreram para aumentar as "estatísticas", como outras 144 receberam ameaças de morte, e vivem sabendo que podem ser mortas em breve. Uma barbárie que, em termos quantitativos, não ocorria desde 2004. O pior ocorre na Amazônia, sobretudo Pará e Rondônia: nesses estados 40 pessoas foram mortas.Estes dados do teatro da crueldade que se transformou o Brasil estão compilados no Caderno Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra, lançado nesta sexta-feira 15 de abril simultaneamente em Brasília e Marabá. Em Marabá, ocorre a Conferência Internacional da Reforma Agrária, organizada pela Via Campesina, em memória aos 20 anos do massacre de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, enquanto em Brasília acontece o Acampamento pela Democracia.Em um dos textos analíticos, escrito pelo professor de geografia da USP Ariovaldo Umbelino de Oliveira, ele aponta que 97,9 milhões de hectares foram concentrados durante os governos Lula e Dilma. O Bico do Papagaio, a tríplice fronteira do Pará, Maranhão e Tocantins, é, hoje, segundo a análise de Oliveira, a região mais conflituosa do Brasil. (Carta Capital)
Breves e picantes
Nome do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), responsável pelo voto que selou a votação pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara, neste domingo (17), aparece na lista da Odebrecht que foi apreendida pela Policia Federal na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato; além dele, outros 280 políticos também aparecem listados nas planilhas apreendidas pelos agentes federais como tendo recebido recursos da empreiteira
Político citado em todas as listas de corrupção, presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), reforça o apoio na Casa contra seu processo de cassação no Conselho de Ética após a abertura do impeachment de Dilma Rousseff; “O juízo da casa é um juízo político, de conveniência e oportunidade”, afirma o deputado Osmar Serriglio (PMDB-PR), para quem o processo no Conselho “não vai dar em nada, uma vez que o Cunha tem maioria lá”; Paulinho da Força (SDD-SP), um dos maiores defensores de Cunha, foi mais explícito: “ele ganhou força, graças a ele o impeachment passou”; para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a operação abafa para salvar o mandato do presidente da Casa já era prevista
Ao votar pelo impeachment da presidente Dilma, a deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG) dedicou o seu voto ao seu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz (PSB); "O meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão"; o curioso é que o prefeito foi preso preventivamente pela PF nesta segunda-feira (18), em Brasília (DF); segundo as investigações, ele usou meios fraudulentos para favorecer o funcionamento do Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira, que pertence a ele e aos seus familiares, ao mesmo tempo em que tentava inviabilizar a operação de outros hospitais
Em entrevista ao jornal colombiano El Espectador, o escritor Fernando Morais disse que a Câmara aprovou nesse domingo foi um "golpe branco, sem tanques ou prisões, como no Paraguaia e em Honduras"; caso o golpe passe no Senado, Morais não tem dúvidas de que a população brasileira estará diante de um "coquetel explosivo"; "Um governo ilegítimo para permanecer no poder, você terá que implementar a exigência de capital financeiro: recessão econômica e cortes radicais nos programas sociais que levantaram mais 40 milhões de pessoas da pobreza", afirmou
Ex-presidente Lula já iniciou as articulações para tentar barrar no Senado a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff e a ascensão do governo de Michel Temer; avaliação de aliados é que Lula poderia se beneficiar com um eventual afastamento de Dilma e a baixa popularidade de Temer, de maneira a disputar a eleição presidencial de 2018 como o candidato da oposição a um eventual governo do peemedebista; última pesquisa Datafolha mostra Lula em primeiro na corrida, junto com Marina Silva (Rede)
Principal delator de Cunha diz que Temer não tem condições de assumir, por ele também ter nome vinculado à LavaJato
Responsável pela delação que enredou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Operação Lava Jato, o empresário Júlio Camargo concedeu à CartaCapital sua primeira entrevista. Camargo afirmou à força-tarefa da Lava Jato ter pagado 5 milhões de dólares em propinas ao parlamentar por conta de um contrato de um navio sonda com a Petrobras.
CartaCapital: Como o senhor interpreta as últimas ações do deputado Eduardo Cunha?
Júlio Camargo: Acho um desacato ao povo brasileiro. Entendo e respeito os ditames do Judiciário. O que me espanta é a morosidade. São muitos fatos concretos sem nenhum ação da Justiça a respeito.
CC: Cunha conduz o processo de impeachment.
JC: É surreal. De qualquer forma, tenho certeza, a verdade tarda, mas não falha. Vai chegar a hora do julgamento dele. Se a gente quer de fato mudar este País, o Cunha precisa ser extirpado do cenário.
CC: O impeachment seria a solução para a crise?
JC: Depende do day after. Quem será o novo presidente? O “grande jurista” e vice-presidente Michel Temer tem seu nome vinculado à Lava Jato. Se o Eduardo Cunha se tornar o presidente, seria o fim da nação. Tenho 64 anos e já fui convidado para morar fora do País. Nunca pensei, mas se o Cunha assumir o governo, não haveria alternativa.
CC: O sistema, como o senhor diz, sempre foi assim. Por qual motivo o PSDB e os partidos de oposição não têm aparecido nas investigações?
JC: Essa é uma das grandes perguntas. A opinião pública está desconfiada dessa falta de informação do lado dos partidos de oposição. Não há dúvida nenhuma de que a sistemática do PT foi simplesmente uma sequência. De uma maneira mais ou menos sofisticada, foi exatamente a mesma. Não saberia apontar o motivo.
CC: O que o senhor me diz do Aécio Neves?
JC: Está na mesa posição do Michel Temer, hoje sob suspeição. Não votaria no Aécio de jeito nenhum.
CC – E o Lula?
JC - O Lula foi o maior presidente da história do Brasil, ninguém pode dizer nada em contrário. É uma vítima de um processo eleitoral e do sistema político. Evidentemente ele foi muito mal assessorado durante os últimos anos, cometeu falhas. Também não o considero apto a voltar à Presidência. Talvez ele e o Fernando Henrique Cardoso poderiam ser os articuladores de uma grande aliança nacional. Os dois precisariam, no entanto, se penitenciar, calçar as sandálias da humildade.
Presidente do senado não cometerá as barbaridades de Cunha no processo do impeachment
Aprovado na noite de ontem na Câmara dos Deputados, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff passa agora para a apreciação do Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL). Um dos políticos mais experientes do País, ele será bombardeado, nos próximos dias, por pressões de parlamentares da oposição, empresários e meios de comunicação interessados na cassação sumária da presidente Dilma Rousseff. No entanto, nada indica que Renan agirá com a pressa do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que fez correr o calendário da Câmara, para que o golpe parlamentar fosse votado numa tarde de domingo, sem futebol da Globo. O senador alagoano também imagina que a votação em plenário da presidente Dilma Rousseff ocorrerá no mês de junho apenas, ou seja, bem depois do calendário de 11 de maio que a oposição, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), pretende fixar. Renan pretende dar a Dilma todas as oportunidades de defesa, para que o processo no Senado não seja contaminado como na Câmara – motivo de vergonha internacional.Até lá, Dilma será presidente da República, preservando todas as suas funções. Mesmo se vier a ser afastada pelo plenário do Senado, será de forma temporária, podendo retornar ao fim de um julgamento presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Ao retornar a Brasília, nesta segunda-feira, o primeiro gesto de Renan deverá ser, justamente, uma visita a Lewandowski. (Brasil 247)
Mais de 300 picaretas investigados votam 'sim' usando 'deus, mamãe, filhinhos, netinhas....' menos a moral que não têm! Brasil volta a ser considerada a 'republiqueta das bananas'!
Uma farsa dantesca, uma hipocrisia medonha, um cinismo indescritível. Eis a síntese do que se viu no dia 17 de abril de 2016 na Câmara dos Deputados. O que os deputados golpistas autorizaram foi a cassação de 54 milhões de votos, a cassação da soberania popular para que um grupo de corruptos assalte o poder sem voto e sem legitimidade. O que se viu foi a farsa de abrir caminho, em nome do combate à corrupção, para que um denunciado de ter recebido cinco milhões de reais em propina se torne presidente do Brasil. O que se viu foi a hipocrisia de, em nome da moralidade, permitir que o maior corrupto do Brasil se torne o primeiro na linha de sucessão da presidência da república. O que se viu foi o cinismo de deputados acusados de corrupção declararem votos em nome da salvação do Brasil do mal da corrupção. Este espetáculo de degradação da política, de degradação da dignidade do Brasil, sequer escapou ao New York Times que estampou em sua capa: “Gang de ladrões vai julgar Dilma”. Em nome de Deus, da família e da pátria e blasfemando contra Deus, conspurcando as suas famílias e pisoteando a pátria e a Constituição essa gang de ladrões fez suas declarações de voto.
O que se viu foi uma Câmara dos Deputados, que tem 7% de avaliação positiva, falar em nome do povo cassando o voto do povo. Foram 367 punguistas anulando 54.501.118 votos. Não há nenhuma acusação razoável contra a presidente Dilma e há cerca de 300 deputados enredados com questões judiciais. Não há democracia sem respeito à soberania popular. Houve uma clara e criminosa ruptura da ordem democrática e institucional. Ruptura construída paulatinamente, pelo juiz Moro, pelo Ministério Público Federal, pela Política Federal e pelo Supremo Tribunal Federal que prevaricou ao permitir que Eduardo Cunha comandasse esse processo inescrupuloso de violência contra a democracia. O que se viu foi a desavergonhada declaração de votos de deputados do PSDB e de outros partidos de oposição clamando pela responsabilidade fiscal quando votaram nas pautas-bomba de Eduardo Cunha aumentando o déficit público no momento em que o Brasil precisava reduzi-lo. Como podem esses todos arvorar-se salvadores do Brasil quando agiram justamente para quebrar o Brasil? (Fonte: Aldo Fornazieri)
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Ministro do STF alerta que caso impeachment passe haverá risco de violentos conflitos. Hoje não há o consenso que se havia na época do Collor!
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, fez um importante alerta; disse que, se o impeachment passar na Câmara, haverá risco de conflitos no dia seguinte, em razão da reação popular – o que demandaria repressão forte para se manter a ordem; "No impedimento do presidente Fernando Collor de Mello não tínhamos os segmentos como hoje. A presidente, considerando o PT, tem. Lá havia um consenso, que se formou e escaneou o impeachment. Hoje em dia, não. O panorama que está no horizonte sinaliza conflitos futuros", disse ele; segundo Marco Aurélio, nesse contexto, há risco de "os segmentos antagônicos se defrontarem na rua, e aí teremos de ver se as nossas forças repressivas, representadas pelas polícias militares, são suficientes para controlar a situação. Se não forem, o último recurso estará na intervenção das forças armadas"; ele voltou a dizer que o juiz Sergio Moro errou ao divulgar os grampos de uma conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula
Áudio de TEMER - Dilma: 'caiu a máscara do conspirador' . Colunista da GLOBO 'ele deu um tiro no impeachment!
Esta foi a frase dita pela presidente Dilma Rousseff, ao saber do vazamento de um áudio do vice-presidente Michel Temer, em que ele fala como se já fosse presidente da República e já pede "sacrifícios" à população; o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, também reagiu; "Estou estupefato. Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice"; no áudio, Temer diz ainda que pretende manter programas sociais como o Bolsa-Família, o Fies e o ProUni; senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou Temer como "golpista trapalhão"; colunista Jorge Bastos Moreno, do Globo, afirma que Temer deu "um tiro mortal" no impeachment
Já FHC tinha sentado na cadeira da prefeitura de São Paulo, mas quem levou foi Jânio Quadros que antes de sentar usou inseticida. 'Ride bene chi ride per ultimo'
TEMER senta na cadeira e faz pronunciamento como se já fosse presidente do Brasil. Já vimos esse filme: entra papa e sai cardeal!
O vice-presidente da República, Michel Temer, enviou um discurso de 15 minutos a parlamentares de seu partido, o PMDB, em que fala como se o impeachment tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados. A votação só está prevista para ocorrer no domingo. No áudio, ao qual a Folha teve acesso, Temer diz estar fazendo seu primeiro "pronunciamento à nação". Ele diz que decidiu falar "agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente". O vice ainda afirma que "muitos me procuraram para que eu desse pelo menos uma palavra preliminar à nação brasileira, o que faço com muita modéstia, cautela, moderação mas também em face da minha condição de vice-presidente e também como substituto constitucional da senhora presidente da República".
Áudio já está disponível em vários sites
Semana decisiva para o impeachment e a democracia: governo tem 45 deputados a mais do que o necessário.O problema será a governabilidade.
Ao apresentar a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisa o pedido de impeachment, na Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, compara a situação de Dilma à do senador tucano Aécio Neves, um dos principais defensores do golpe, acusado de coordenar um esquema de corrupção em Furnas, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF por corrupção e dono de contas não declaradas na Suíça; "É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada? É de ter contas no exterior?", perguntou; Cardozo lembrou que Cunha teve direito a vários recursos, diferente da presidente, e lembrou que as chamadas 'pedaladas fiscais' já eram prática conhecida em outros governos; "Por que a nossa é de má-fé e a outra é correta?"; "A história não perdoa a violência da democracia. E um próximo governo fruto dessa situação não terá legitimidade. Se consumado, deve ser chamado golpe. Golpe de abril de 2016", finalizou
Embora deva ser derrotado na votação da comissão que trata da admissibilidade do impeachment, o governo tem maioria para evitar, em plenário, a cassação da presidente Dilma Rousseff; hoje, o Palácio do Planalto conta com 216 votos, 45 a mais do que o necessário, e o número pode crescer nos próximos dias, com a articulação que vem sendo conduzida pelo ex-presidente Lula e com o crescimento das manifestações contra o golpe, como a que ocorrerá hoje no Rio de Janeiro, com a presença de diversos artistas e do compositor Chico Buarque de Holanda; segundo o deputado Wadih Damous (PT-RJ), mesmo uma eventual derrota do governo na votação prevista para esta tarde por uma diferença de poucos votos "significaria que a oposição não tem os dois terços para ganhar no plenário"; o também petista Arlindo Chinaglia (SP) disse que a diferença do resultado deve ficar em no máximo cinco votos de um total de 65 membros da comissão, seja a favor de Dilma ou contra a presidente.
Como a maioria da população interpreta as manifestações, as denúncias de corrupção e a tentativa de derrubar Dilma - por Marcos Coimbra da VOX POPULI
Na crise atual, a vasta maioria da população é simples espectadora, apesar do largo uso retórico que as oposições procuram fazer de seus sentimentos. Desde o ano passado, os partidos oposicionistas e a mídia falam a toda hora daquilo que chamam de “vontade nacional”, embora não passe, na maioria das vezes, de um desejo deles próprios. Ao comparar pesquisas feitas nos últimos meses, é possível chegar mais perto do que pensa o povo a respeito da crise. São quatro os pontos principais:
O governo não agrada - É consenso a grande insatisfação com o governo Dilma Rousseff. Entre as razões oferecidas, de longe a mais importante, com 36% das respostas, foi: “Dilma está perdida, não sabe o que quer e o governo está uma bagunça”. A principal fonte de insatisfação entre os mais pobres parece originar-se na insegurança e na sensação de desamparo causadas pelo comportamento errático do governo no começo do segundo mandato.
A corrupção é um dos mais graves problemas do Brasil e não é responsabilidade de um só partido. A corrupção é considerada um gravíssimo problema desde ao menos o início dos anos 1990, e seu combate não é percebido pelo cidadão comum como maior no passado. Ao contrário. Quando se comparam os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, 36% dizem que o petista “combateu mais” a corrupção, enquanto apenas 18% dizem ter sido o tucano. Ao pensar especificamente na Petrobras, apenas 7% dos entrevistados em 2015 responderam que “só o PT” estava envolvido nas irregularidades e 17% que “só o PT e os partidos da base aliada do governo”. A vastíssima maioria, de 70%, respondeu que “todos os partidos, incluindo PSDB, PSB e DEM”.
O impeachment de Dilma não é a solução -
Em dezembro de 2015, em outra pesquisa do Instituto Vox Populi, perguntou-se se “o impeachment de Dilma é a solução para o País”. Disseram “sim” 34% dos entrevistados e “não” 57%. Os 9% restantes responderam não saber. Em outras palavras: apenas um terço dos eleitores acredita que a saída de Dilma (ainda que desejada pela maioria em razão das insatisfações indicadas) resolveria os problemas atuais. Ao inverso do que supõem aqueles que se acham bem-informados e que desprezam as avaliações dos cidadãos comuns, quem está certo é o povo. De fato, Dilma errou gravemente no começo de seu segundo mandato e provocou insegurança real entre aqueles que mais precisam de um bom governo. A corrupção é grave e é de todos, embora a impunidade tenha diminuído. Quem vai às ruas gritar contra o governo não representa o País. E o impeachment de Dilma, principalmente quando se elenca quem o comanda, não é solução. Sábio o povo, o que não quer dizer que seja ouvido. Como em inúmeras situações de nossa história, quem se acha no direito de tutelá-lo está prestes a ignorá-lo outra vez.
JANOT tem que explicar para o Brasil por que ainda não abriu inquérito contra Aécio Neves - por Conceição Lemes
Aécio e a irmã Andréa, acusada de ameaçar prender jornalista caso ele publicasse a denúncia; Vaduz, em Liechtenstein, também era sede da Sanud, empresa de fachada de Ricardo Teixeira; Aécio de mãos dadas com a mãe e ao lado da bilionária Angela Gutierrez, uma das herdeiras da empreiteira Andrade Gutierrez
Neste momento, certamente, milhares de brasileiros gostariam de perguntar ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot:
1) Por que apesar de o senador Aécio Neves, presidente Nacional do PSDB, ter sido citado por vários delatores na Operação Lava Jato, o senhor até hoje não abriu nenhum inquérito para investigá-lo?
2) Por que tamanha inação da PGR em relação ao seu conterrâneo tucano, considerando o enorme passivo judicial dele, guardado nas gavetas do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais?
2) Por que tamanha inação da PGR em relação ao seu conterrâneo tucano, considerando o enorme passivo judicial dele, guardado nas gavetas do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais?
Entre esses brasileiros, está o jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, que editava o site NovoJornal, onde publicava denúncias sobre os tucanos mineiros, especialmente Aécio, que governou Minas de 2003 a 2010.Em 20 de janeiro de 2014, Carone foi preso. Seu jornal literalmente saqueado pela polícia de Minas: computadores, pen-drives, impressoras e documentos apreendidos sequer foram relacionados.Ficou encarcerado até 4 de novembro de 2014, no complexo penitenciário segurança máxima Nélson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH.Detalhe: nos três últimos meses, permaneceu incomunicável.Na época da prisão de Carone, o bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou: foi armação e teve a ver com o mensalão tucano e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.Mas não foi apenas por causa desses dois escândalos.“Minha prisão teve a ver não só com denúncias anteriores, mas principalmente com as que eu iria fazer na sequência; uma delas era justamente sobre a Operação Norbert e a conta da família de Aécio no paraíso fiscal de Liechtenstein”, denuncia Carone ao Viomundo.
“Aécio, a mãe, dona Inês Maria, a irmã, Andréa, tinham conhecimento da matéria, pois haviam sido consultados peloNovojornal, para dar as suas versões das denúncias que iríamos publicar”, prossegue.“O procurador-geral da República, doutor Rodrigo Janot, sabe disso há mais de um ano”, frisa o jornalista. “Em notificação (na íntegra, ao final) que lhe enviei em 23 de março de 2015, dou os detalhes.”
“Aécio, a mãe, dona Inês Maria, a irmã, Andréa, tinham conhecimento da matéria, pois haviam sido consultados peloNovojornal, para dar as suas versões das denúncias que iríamos publicar”, prossegue.“O procurador-geral da República, doutor Rodrigo Janot, sabe disso há mais de um ano”, frisa o jornalista. “Em notificação (na íntegra, ao final) que lhe enviei em 23 de março de 2015, dou os detalhes.”
DELAÇÃO DE DELCÍDIO: FURNAS E BENEFICIÁRIO DE CONTA EM PARAÍSO FISCAL
Em delação premiada homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgada em 15 de março de 2016, Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado, trouxe o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para o centro da Lava Jato.Delcídio fez duas acusações.Uma, bastante antiga e conhecida: a de que Aécio recebia propina de Furnas, confirmando o que o doleiro Alberto Yousseff delatou.O Viomundo denunciou esse esquema, bem como a Lista de Furnas, que sustentou a campanha eleitoral dos tucanos de 2002. Por exemplo, aqui, aqui, aqui e aqui.
“Em 2002, Aécio amealhou R$ 5,5 milhões [em valores atuais, cerca de R$12,3 milhões] apenas para ele”, observa o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG). “Nas provas, também tem o dinheiro que foi para José Serra e para Alckmin.”Janot e o seu antecessor na PGR, Roberto Gurgel, receberam diversas representações de parlamentares de Minas Gerais, pedindo-lhes que investigasse as denúncias.Janot faz como Gurgel fez: mantém a Lista de Furnas e outras denúncias contra Aécio na gaveta.A novidade na delação de Delcídio – embora não inédita – é a de que Aécio seria beneficiário de uma fundação sediada em Liechtenstein, paraíso fiscal na Europa, chamada Bogart & Taylor. Menos de 24 horas depois, a revista Época publicou reportagem de Diego Escosteguy a respeito: Documentos revelam que doleiro abriu conta secreta da família de Aécio Neves em Liechtenstein
Está pegando a 'onda' de dizer não à GLOBO - Convidados de renome se recusam e emissora pega os de terceiro ou quarto escalão...
A onda de dizer "não" à TV Globo diante de convites para participar do jornalismo na emissora tem se repetido com frequência. A nutricionista Patrícia Jaime, professora do Departamento de Nutrição da USP, foi o último caso tornado público e pelas mesmas razões alegadas por especialistas anteriores: o engajamento da Globo no processo golpista que ameaça tirar do poder o governo democraticamente eleito de Dilma Rousseff. Patrícia, uma das mais renomadas profissionais do país, explicou seus motivos na sua página do Facebook. O problema maior que os produtores da Globo estão enfrentando é que os convidados em geral pedem para que os convites sejam encaminhados via e-mail. A partir daí eles ficam à vontade para recusar e usá-lo como prova de que de fato ocorreu. Mas este não é o drama maior da emissora: como os melhores profissionais estão dizendo "Não" a Globo, a orientação é para que chamem entrevistado de segundo ou terceiro escalão
Manifesto de 400 entidades das periferias contra o golpe. Uma resposta ao manifesto dos empresários da 'casa grande'!
“Periferias, vielas, cortiços… Você deve estar pensando o que você tem a ver com isso”
Nós, moradoras e moradoras das periferias, que nunca dormimos enquanto o gigante acordava, estamos aqui pra mandar um salve bem sonoro aos fascistas: somos contra mais um golpe que está em curso e que nos atinge diretamente!Nós, que não defendemos e continuamos apontando as contradições do governo petista, que atendeu poucas das nossas demandas reais enquanto se aliou com quem nos explora. Nós, que estamos à margem da margem dos direitos sociais: educação, moradia, cultura, saúde.Nós, que integramos movimentos sociais antes mesmo do nascimento de qualquer partido político na luta pelo básico: luz instalada, água encanada, rua asfaltada e criança matriculada na escola. Nós, que enchemos laje em mutirão pra garantir nosso teto e conquistar um pedaço de chão, sem acesso à terra tomada por latifundiários e especuladores, que impedem nosso direito à moradia e destroem o meio ambiente e recursos naturais com objetivo de lucro.Nós, que sacolejamos por três, quatro horas por dia, espremidos no vagão, busão, lotação, enfrentando grandes distâncias entre nossas casas aos centros econômicos, aos centros de lazer, aos centros do mundo.Nós, que resistimos a cada dia com a arte da gambiarra – criatividade e solidariedade. Nós, que fazemos teatro na represa, cinema na garagem e poesia no ponto de ônibus.Nós, que adoecemos e padecemos nos prontos-socorros e hospitais sem maca, médico, nem remédio.Nós, que fortalecemos nossa fé em dias melhores com os irmãos na missa, no culto, no terreiro, com ou sem deus no coração, coerentes na nossa caminhança.
Nós, domésticas, agora com carteira assinada. Nós, camelôs e marreteiros, que trabalhamos sol a sol para tirar nosso sustento. Nós, trabalhadoras e trabalhadores, que continuamos com os mais baixos salários e sentimos na pele a crise econômica, o desemprego e a inflação. Nós, que entramos nas universidades nos últimos anos, com pé na porta, cabeça erguida, orgulho no peito e perspectivas no horizonte.Nós, que ocupamos nossas escolas sem merenda nem estrutura para ensinar e aprender. Nós, professoras e professores, que acreditamos na educação pública e não nos calamos e falamos sim de gênero, sexualidade, história africana e história indígena – ainda que tentem nos impedir.Nós, mulheres pretas da mais barata carne do mercado, que sofremos a violência doméstica, trabalhista, obstétrica e judicial, e choramos por filhos e filhas tombados pelo agente do Estado.
Nós, gays, lésbicas, bissexuais, travestis, homens e mulheres trans, que enfrentamos a a violência e invisibilidade, e não aceitamos que nos coloquem de volta no armário.Nós, que não aceitamos nossa história contada por uma mídia que não nos representa e lutamos pelo direito à comunicação. Nós, que estamos construindo, com nossa voz, as próprias narrativas: poesia falada, cantada, escrita.Nós, que sempre estivemos nas ruas, nas redes, nas Câmaras, na cola dos politiqueiros de plantão e que agora somos taxados de terroristas por causa de nossas lutas. Nós, que aprendemos a fazer até leis para continuar lutando por nossos direitos. Nós, que garantimos a duras penas o mínimo de escuta em espaços de poder, não aceitamos dar nem um passo atrás. Nós, que somos de várias periferias, nos manifestamos contra o golpe contra o atual governo federal promovido por políticos conservadores, empresários sem compromisso com o povo e uma mídia manipuladora.
Não compactuamos com quem vai às ruas de camisa amarela com um discurso de ódio, fascista, argumentando o justo “combate à corrupção” mas motivado por interesses privados. Não compactuamos com quem defende a quebra da legalidade para beneficiar a parcela abonada da população, em troca do enfraquecimento do Estado Democrático de Direito pelo qual nós dos movimentos sociais periféricos lutamos ontem, hoje e continuaremos lutando amanhã.Nós, que sabemos que a democracia real será efetiva apenas com a ampliação de direitos e conquistas de nosso povo preto, periférico e pobre, a partir da esquerda e de baixo pra cima.Nós, que conquistamos só uma parte do que sonhamos e temos direito, não admitimos retrocesso. Reivindicar o respeito à soberania das urnas e a manutenção do Estado Democrático de Direito.Reivindicamos as ruas enquanto espaço de diálogo, debate e fazer político, mas nunca como território do ódio. Reivindicamos nossa liberdade de expressão, seja ela ideológica, política ou religiosa.Reivindicamos a desmilitarização das polícias, da política e da vida social. Reivindicamos o avanço das políticas públicas, dos direitos civis e sociais. Não vai ter golpe. Não vai ter luto. Haverá luta!
(assinam mais de 400 entidades das periferias do Brasil)
sábado, 9 de abril de 2016
'É melhor que uma só mulher morra pelo povo....' para salvar 300 deputados picaretas!
“As delações da Odebrecht e a lista com mais de 200 políticos de 18 partidos que receberam recursos da empresa vão fazer um estrago amplo. Mas, do ponto de vista da batalha do impeachment, reforçam a possibilidade de queda da presidente Dilma Rousseff.A divulgação dessa lista, por exemplo, alimenta o desejo de deputados e senadores de entregar logo uma cabeça para tentar acalmar a opinião pública. Nesse contexto, a medida mais rápida é votar logo o impeachment. O pedido que tramita na Câmara trata das chamadas pedaladas fiscais, mas deputados e senadores avaliam que as revelações da Lava Jato e a incapacidade do governo de enfrentar a crise econômica vão jogar contra a permanência de Dilma no poder. Daí darem uma resposta para tentar acalmar as ruas.Ironicamente, a presidente que imaginava que nunca seria atingida pela Lava Jato pode ser sua primeira grande vítima política.” (Kennedy Alencar)
Irmão de Bolsonaro ganhava 17.000 como assessor parlamentar sem aparecer no trabalho. O maninho não sabia de nada!
Quando você encontrar um moralista fanático na política, meu amigo e minha amiga, tenha a certeza, aí estará um hipócrita e um cínico.O SBT apresentou ontem (veja abaixo) matéria dos repórteres Fábio Diamante – craque em pegar fantasmas, como já mostrou no caso de médicos que não trabalhavam, mas recebiam – e Christian Mendes mostrando que o irmão do deputado federal e candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro era, até o caso vir à tona, funcionário fantasma do deputado estadual paulista André do Prado (PR).Renato Bolsonaro, ex-militar também, político também (foi candidato a prefeito), é ativo colaborador do irmão e do sobrinho deputados, como provam videos postados ainda ontem no Facebook.E Bolsonaro “não sabia de nada” e manda “dar um pau nele”…
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Dois trabalhadores sem terra são assassinados no Paraná pela PM de Beto Richa do PSDB. Senador condena veementemente
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) usou as redes sociais para denunciar que a morte de dois sem-terra ontem no Paraná não ocorreu por confronto – e não em conflito, como informou o governo paranaense."Chega a meu conhecimento que um dos camponeses assassinados na Araupel morreu com tiro nas costas. EXECUÇÃO", disse Requião, no Twitter. O senador também protestou contra o governador Beto Richa, do PSDB. "Desde o Panama acompanho a estupidez e tola agressividade do governo do Paraná na Araupel. Governador calado e escondido"
Instituto DATAFOLHA aponta que os golpistas não tem maioria para derrubar a presidente!
Levantamento feito pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril entre os parlamentares aponta que 60% deles dizem que darão votos favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff; o número, no entanto, não é suficiente para que se aprove o processo: o impeachment da presidente teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que a ação seja levada ao Senado; 21% dos deputados são contra o processo e 18% estão indecisos; sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), 61% dos deputados disseram que defendem sua renúncia
Barbara Gancia da BAND NEWS demitida porque não podia falar mal de Cunha que é primo do dono da BAND! Brasilllllllll
Em ato no Sindicato dos Jornalistas contra o golpe e pela democracia, a jornalista Barbara Gancia contou bastidores de sua demissão da Band News FM.“Nos fizeram acreditar que o Lula inventou a luta de classes. Na década de 60 nós já andávamos de carro blindado”, disse. “Fui demitida da Band porque me recusei a pegar leve com o Eduardo Cunha”, afirmou. “Um belo dia recebo uma orientação: você não pode falar do Eduardo Cunha porque ele é primo do Johnny Saad (dono da emissora). Como assim? Eu sou comentarista, jamais podia aceitar uma coisa dessas”.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Apesar do relator ter dado parecer favorável ao impeachment no planário dão por certa a derrota dos golpistas, diz Tereza Cruvinel
Há algumas semanas era dada como certa uma acachapante derrota do governo. Ela pode acontecer na comissão, é provável que aconteça mas já no plenário a correlação de forças será outra, e vai se tornando favorável ao governo", afirma a colunista do 247 Tereza Cruvinel; segundo ela, nas últimas semanas o “não vai ter golpe” ganhou corações e mentes, e foi se criando a percepção de que Dilma Rousseff não é acusada de improbidade ou de qualquer delito moral mas de ter cometido irregularidades técnicas que estão longe de representar um atentado contra a Constituição; "Na medida em que as razões foram ficando claras, os que estavam inibidos pela avalanche de acusações e pelo terror da Lava Jato foram às ruas expressar seu apreço pela observância das regras do jogo democrático e gritar 'não vai ter golpe'”, diz
Gilmar Mendes (PSDB/MT) do STF tem medo do Lula. Por que?
"A situação é espantosa. O governo está há praticamente um mês sem poder empossar o chefe da Casa Civil, que é um órgão vital. Gilmar fez isso com consciência, para obstruir o funcionamento do governo, para impedir Dilma de governar com a colaboração do Lula", diz o colunista Jeferson Miola; "Gilmar investe no quanto pior, melhor; quer ver o governo paralisado, de mãos atadas enquanto ele ateia fogo no circo. Gilmar usa e abusa de métodos para procrastinar processos no STF de acordo com as conveniências tucanas, como fez trancando por 14 meses a votação da ADIN da OAB sobre a proibição de financiamento empresarial de partidos e políticos"
quarta-feira, 6 de abril de 2016
GLOBO pagou 10 milhões a affshores para obter direitos de transmissão. Imprensa nacional ainda não divulgou. AVISEM O MORO!
A relação entre a Mossack Fonseca, especialista em criação de empresas em paraísos fiscais, com as Organizações Globo vai, aos poucos, ganhando novas provas de indícios de crimes. A nova leva de documentos intitulada Panama Papers trouxe, por exemplo, a comprovação de que a TV Globo negociou aportes milionários com offshores para obter contratos de direitos de transmissão de jogos, entre 2004 e 2019. Todos os dados da Mossack Fonseca e suas offshores, reunidos na investigação Panama Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), estão nas mãos de jornalistas do Uol, do Estado de S. Paulo e da RedeTV!. Mas nenhuma informação sobre documentos da TV Globo foi publicada, até agora, pelos veículos brasileiros. O La Nación, da Argentina, foi quem detalhou o passo-a-passo do esquema montado na offshore T&T para esconder o caminho do dinheiro usado pelo argentino Alejandro Burzaco, executivo da Torneios SA para obter os direitos televisivos da Copa Libertadores durante 14 anos. A empresa T&T tornou-se uma grande intermediadora de venda de direitos, tema que já é investigado pela Justiça norte-americana com o escândalo da Fifa. Os contratos da Globo com a T&T também já foram disponibilizados, podem ser lidos e analisados.
Comentário do blogueiro: Certamente é um direito da Globo não noticiar escândalos que a envolvem e a prejudicam, mas o silêncio da imprensa nacional sobre essa informação é algo escandaloso. Sabemos isso pelos jornais dos Países vizinhos que romperam o monopólio da utilização dessa montanha de documentos, agora disponibilizados para várias agências. Será que o Moro vai investigar, mesmo não tendo o tal de Lula no meio ou outros petistas? E se investigar, vai manter a investigação sob sigilo....ou haverá vazamento para a.....GLOBO?
Má notícia para o golpe: os loucos trazem de volta a lucidez!
A loucura tem um inimigo mortal. Ela mesma, quando se despe de suas sofisticações e surge diante dos olhos de quem, um minuto atrás, olhava-a como algo dentro da normalidade. É assim com as pessoas, a quem devemos respeitar e ouvir – ainda quando nos avisem de que elas “não batem bem”. Só quando seu transtorno se evidencia é que nos convencemos. há dois vídeos sendo exibidos nas redes.No primeiro, Marco Aurélio de Mello dá uma aula da serenidade e da respeitabilidade com que deve agir um julgador, resistindo às provocações vorazes e autoritárias de alguns de seus entrevistadores no Roda-Viva. No segundo, a senhora Janaína Paschoal, signatária do pedido de impeachment, vocifera de maneira chocante. Eles são um retrato do momento que estamos, felizmente, passando a viver.
Todos começam a perceber de que lado está a razão e o que fazem aqueles que a perdem, pelo ódio. O non-sense do golpe vai se desnudando, embora esteja evidente que o país não possa seguir paralisado por ele. É perceptível que já não há a hegemonia do golpismo e e que o discurso da violência em nome de uma suposta moralidade trincou.Pela simples razão de que a violência é, em si, imoralíssimo. Por mais que a mídia não dê tréguas e ainda possam sair muitas surpresas dos centros de conspiração – o de Curitiba, o de Brasília e os de outras partes ainda ocultas – a percepção é que a curva virou. Daí, em parte, a exacerbação da violência, eis que ela se amplia quando míngua a capacidade de convencimento. (Fonte: O Tijolaço)
Todos começam a perceber de que lado está a razão e o que fazem aqueles que a perdem, pelo ódio. O non-sense do golpe vai se desnudando, embora esteja evidente que o país não possa seguir paralisado por ele. É perceptível que já não há a hegemonia do golpismo e e que o discurso da violência em nome de uma suposta moralidade trincou.Pela simples razão de que a violência é, em si, imoralíssimo. Por mais que a mídia não dê tréguas e ainda possam sair muitas surpresas dos centros de conspiração – o de Curitiba, o de Brasília e os de outras partes ainda ocultas – a percepção é que a curva virou. Daí, em parte, a exacerbação da violência, eis que ela se amplia quando míngua a capacidade de convencimento. (Fonte: O Tijolaço)
Elites brasileiras expatriam mais de US$ 226 bilhões em dez anos. Cunha, filho de FHC, líderes do PSDB, PMDB,Joaquim Barbosa, etc. estão entre eles! Moro vai investigar eles, ou fica no triplex?
O jornal Valor Econômico publica estudo da consultoria norte-americana Global Financial Integrity que registra. que a saída ilícita de capitais do Brasil chegou a US$ 226,6 bilhões em dez anos (2004-2013), o que nos coloca como o sexto país em desenvolvimento a mais sofrer com essa hemorragia de recursos. Isso representa 12% do Produto Interno Bruto anual que deixa de ser contabilizado e, portanto, tributado.Ou, para usar uma comparação mais atual, algo como mais de 100 vezes o que se aponta como desvio de recursos em todas as fases da Operação Lava Jato. Segundo a consultoria ” o principal componente do fluxo ilícito no Brasil e no resto do mundo é a adulteração de transações comerciais, com preços de exportação subfaturados e de importação superfaturados. Essa prática fraudulenta representa 96,5% dos fluxos ilegais originários do país”. Claro, não somos os únicos a praticar essa fraude..Um assunto em que o pato da Fiesp tem horror de meter o bico. Haja Mossack Fonseca para abrir conta para as elites empresariais destes países lavarem esta dinheirama. E as lentes da República atrás dos pedalinhos do sítio do...Lula!
terça-feira, 5 de abril de 2016
Breves e salgadas!
Marcos Aurélio do STF -'Lula na Casa Civil poderia ser a tábua de salvação'!
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, a ida do ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil poderia ser "a tábua de salvação" do governo Dilma Rousseff; "No caso ele iria para o ministério tentar resgatar o que ainda existe do Partido dos Trabalhadores", disse; em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, ele afirmou ainda que a divulgação de conversas gravadas pela Polícia Federal feita pelo juiz Sérgio Moro é "condenável a todos os títulos, já que temos uma legislação que impõe sigilo, e houve divulgação do objeto da interceptação telefônica. Agora, o conteúdo também é algo super desagradável, para dizer o mínimo"; Mello sugere uma sanção no campo administrativo; ele também indicou que deve recomendar que o processo de impeachment na Câmara também inclua o vice Michel Temer, como na ação que vazou
Impeachment melhor que assassinato, diz jornalista da Folha!
Golpista, o jornalista Helio Schwartsman, que escreve na página 2 da Folha, defende o afastamento da presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade e diz que ela merece sair por, na sua opinião, ter feito um mau governo, sem levar em conta que sua administração vem sendo sabotada, desde o primeiro dia, pela crise política e por meios de comunicação que apostaram no quanto pior, melhor; ele disse ainda que o impeachment "é mais civilizado do que o assassinato" mas não indicou quem deve perpetrar o crime se o golpe não passar – ele, algum parlamentar ou um de seus leitores
Sindicato dos jornalistas de São Paulo contra abusos de Moro
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo protesta contra o que chamou de "arbitrária condução coercitiva" do jornalista Breno Altman à Polícia Federal, para prestar depoimento no âmbito da 27ª fase da Operação Lava Jato; "Sem que haja qualquer acusação contra ele, a Justiça apreende seus instrumentos de trabalho, incluindo o computador em que estava uma reportagem pronta feita por ele durante meses, bem como o HD que continha a sua cópia de segurança. Não podemos tolerar esse tipo de procedimento, em plena democracia!", diz trecho do texto
Marco Aurélio determina aceitação de abertura de impeachment de Temer
Ministro Marco Aurélio Mello determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dê sequência ao pedido de impeachment contra o vice-presidente, Michel Temer, arquivado por ele em dezembro; de acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Cunha não poderia ter simplesmente arquivado a peça, mas sim transmitido a decisão para uma comissão especial de parlamentares, que deveria analisar se as acusações contra Temer têm ou não consistência; nesta terça-feira, o presidente da Câmara rejeitou outros dois pedidos de impeachment de Temer, um deles apresentado por Cid Gomes
Sindicato dos jornalistas de São Paulo contra abusos de Moro
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo protesta contra o que chamou de "arbitrária condução coercitiva" do jornalista Breno Altman à Polícia Federal, para prestar depoimento no âmbito da 27ª fase da Operação Lava Jato; "Sem que haja qualquer acusação contra ele, a Justiça apreende seus instrumentos de trabalho, incluindo o computador em que estava uma reportagem pronta feita por ele durante meses, bem como o HD que continha a sua cópia de segurança. Não podemos tolerar esse tipo de procedimento, em plena democracia!", diz trecho do texto
Marco Aurélio determina aceitação de abertura de impeachment de Temer
Ministro Marco Aurélio Mello determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dê sequência ao pedido de impeachment contra o vice-presidente, Michel Temer, arquivado por ele em dezembro; de acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Cunha não poderia ter simplesmente arquivado a peça, mas sim transmitido a decisão para uma comissão especial de parlamentares, que deveria analisar se as acusações contra Temer têm ou não consistência; nesta terça-feira, o presidente da Câmara rejeitou outros dois pedidos de impeachment de Temer, um deles apresentado por Cid Gomes
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