Na iminência de ver seu projeto golpista desembocar na presidência sem voto popular de Michel Temer e na possibilidade de que em poucas semanas Eduardo Cunha assuma a presidência da republica pela viagem do titular, setores da direita, hipocritamente, mostram incomodidade com a fórmula e, especialmente, com o lugar político e institucional a que foi guindado o mais corrupto político brasileiro, conforme consenso nacional. Tratam de dizer que o golpe é aceitável, mas que a presença de Eduardo Cunha é um problema, um fator de desgaste, que se soma já à enorme rejeição do próprio Temer. Como se fosse possível separar Eduardo Cunha do golpe. Mas Eduardo Cunha é a própria cara do golpe. Em primeiro lugar, porque os passos dados nessa aventura a que querem jogar o país não teriam sido possíveis sem a atuação gangsteril de Eduardo Cunha e dos centenas de parlamentares que ele ajudou a eleger e sobre os quais ele tem controle. O próprio silêncio covarde do STF é atribuído, também, a ameaças que ele faria sobre os juízes que o compõem.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Senador recém filiado ao PMDB ataca os bandidos de Cunha - Hélio José, senador do Distrito Federal recém-filiado ao PMDB, concedeu entrevista a blogueiros de Brasília e desagradou o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados e também líderes do partido. Suplente de Rodrigo Rollemberg, hoje governador do DF, José afirmou que o PMDB não tem posição definida pelo impeachment no Senado e disse que a votação na Câmara foi injusta: "cuspiram no prato que comeram, feito Judas". O senador também criticou um eventual governo Temer, dizendo que teve de assinar um compromisso com os "bandidos do Cunha", atacando até as políticas econômicas que poderiam ser adotadas pelo vice: "Vão ver a desgraceira que vai acontecer nesse país com arrocho, onde servidor público vai ser tratado na pinhola, onde o servidor público vai perder os seus direitos”. (GGN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário