Na terça-feira 2, em Curitiba, o advogado e professor de Direito Administrativo Tarso Cabral Violin saía de um restaurante e, acompanhado de sua filha de 12 anos, foi abordado no estacionamento por dois policiais militares. Um deles se aproximou do carro e disse que o adesivo colado no vidro traseiro era ilegal, pois trazia a imagem do ex-presidente Lula. “Disse a ele que não é ilegal e apenas exercia meu direito à liberdade de expressão”, conta o advogado. Para justificar a abordagem, o militar afirmou que fora convocado ali “por uma juíza de nome Camila, que também almoçou no restaurante” e teria ficado incomodada com a imagem. Sem reação ou argumentos, os policiais se retiraram. “Não foram agressivos, mas prepotentes. Essa atitude é apenas uma amostra do que pode vir a acontecer em breve no Brasil. Quem viveu o período de autoritarismo, da ditadura militar, conhece muito bem o que é isso. Mas nada vai me intimidar” afirmou Violin.
Naquele mesmo horário, há pouco mais de um quilômetro dali, quem também não se intimidou foi a procuradora do Ministério Público do Trabalho do Paraná, Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes. Ao tomar conhecimento que o diretor-presidente da rede de supermercados Condor, Pedro Joanir Zonta, havia expedido uma carta aos 12 mil empregados coagindo-os a votar no candidato Jair Bolsonaro nas eleições do próximo domingo, imediatamente o convocou para prestar esclarecimentos ao MPT. “Soube do ocorrido por volta das 13:30 e o intimei para uma audiência às 17 horas da mesma tarde” afirmou a procuradora. (Carta Capital)
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