O ponto que provocou a revolta do governo, na matéria do Estadão, foi o encontro que o Vaticano promoverá para discutir a questão amazônica. Uma absurda intromissão, no entender do general Augusto Heleno, ministro chefe do GSI e o "patrão" da ABIN. Heleno lançou mão do velho chavão da soberania para desancar a iniciativa católica. "É interferência em assunto interno do Brasil", disse o principal auxiliar, na seara militar, de um governo que não está nem aí na hora de interferir em assuntos internos da Venezuela, por exemplo. O debate a ser promovido pela Igreja pretende mapear questões referentes à situação dos povos da floresta, indígenas e quilombolas, além de mudanças climáticas provocadas por desmatamento. Todos temas que deixam de cabelos em pé o presidente e seus teóricos, para quem todos esses quesitos são perigosas bombas terroristas que a esquerda tem para detonar e instalar em nosso país o comunismo ateu e desagregador. Informes da Abin dão conta de que o encontro será amplamente explorado para falar mal do governo Bolsonaro pelo mundo afora. Como se precisasse.(Gilvandro Filho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário