Vítimas, como somos, da cultura da ‘aceleração vertiginosa’ tendemos a cuidar somente do ‘aqui e agora’. Eventuais atrasos, esperas, desencontros nos deixam desnorteados e sem iniciativa. Na parábola de hoje fala-se do ‘atraso do noivo’, daquele deveria vir para realizar uma nova aliança. E escancarar as portas para novos tempos de paz e de vida em abundância. O que fazer diante dessa demora? Como reagir? É o dilema não só de um grupo de seguidores de Jesus à espera de uma sua volta, mas também daquela parte de humanidade que ainda acredita que algo surpreendente pode acontecer, em que pese o imediato tenebroso em que está mergulhada. Mateus nos diz que podemos até ficar adormecidos e anestesiados por algum tempo, mas jamais podemos ficar sem o ‘óleo nas nossas lâmpadas’. Sem o combustível da ousadia, da coragem, da fé radical não conseguiremos reconhecer o momento oportuno de agir junto ao noivo. Não podemos temer os atrasos nas mudanças históricas, porque o óleo que possuímos não nos permite desistir. É preciso teimar em vigiar e ‘esperançar’, custe o que custar!
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