Que rei é esse que dá em herança o seu reino a famintos, doentes, detentos e maltrapilhos? Mais que isso: um reino que foi preparado desde o começo dos tempos pelo Pai a ser entregue aos pobres. Ou esse rei quer o fim de todo poder monárquico-autoritário, ou ele está apontando para a verdadeira essência da vida e de toda e qualquer forma de governo humano. Nessa parábola paradigmática Jesus deixa claro que desde já somos avaliados sobre a nossa prática da caridade e da compaixão para com os invisíveis dos reinos desse mundo. O cuidado, a assistência e a proteção aos ‘miseráveis’ de hoje, - massa sobrante e descartável pelos reizinhos fantoches desse mundo – devem ser para os seguidores de Jesus a sua única e real prioridade. Paradoxalmente, para Jesus, são esses ‘pobretões’ desprezados e sem poder que já sentaram no trono do Pai que vêm fazendo a devida seleção: ou com eles ou com seus algozes. Não será reivindicando uma suposta pertença a uma igreja ou uma solene declaração de fé numa doutrina que fará a diferença. A nós a escolha!
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