Deus parece confiar mais em nós do que nós confiarmos em nós mesmos. A ideia equivocada de um Deus rígido, que fiscaliza e que cobra nos leva a manter uma relação de submissão e medo. E o medo paralisa e ofusca a alma, de forma tal que permanecemos inermes perante a realidade dominados pela ideia de sermos julgados. A parábola de hoje nos mostra um 'senhor' que antes de viajar doa muitos bens aos seus servos, de acordo com as potencialidades de cada um. Quando ele volta confere com seus servos o uso dos bens que lhes havia doado antes de partir. Os primeiros dois servos haviam tomado consciência que na 'ausência do senhor' cabia a eles se mexer e tomar a iniciativa para produzir e multiplicar novos bens. Já o último preferiu 'conservar' os bens sem se arriscar. Afinal, temia ser repreendido se tivesse tomado qualquer iniciativa com aquele bem que lhe havia sido ofertado. Adotou a postura de um conservador acomodado e de baixa estima em si próprio. Chegou a hora de assumirmos sem medo de errar e de sermos julgados o modo de gerir do 'senhor' multiplicando paz, fraternidade, partilha, generosidade. Se Ele não acreditasse em nós jamais ele deixaria seus bens conosco! Façamos por merecer!
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