As pastorais sociais-igreja viva procuram seguir e reproduzir, de forma criativa e atualizada o itinerário ético-missionário do guardião-sentinela Jesus de Nazaré. Para provar isso procuro sinteticamente recuperar esse itinerário destacando a sua metodologia e as suas escolhas sociais e humanas e, por isso mesmo, religiosas.
1. A descoberta vocacional de Jesus. Foi a dura realidade social e política em que se encontrava Israel que abriu os olhos a Jesus. Quem o ajudou nessa leitura-análise foi João Batista mediante a sua pregação vigorosa. Israel, segundo João, estava fracassando como nação. As suas contradições o estão levando à falência social, religiosa e política. Era preciso uma rápida e radical transformação de atitudes e relações (conversão-mutação), pois Deus-juiz estava prestes a promulgar a sua sentença definitiva que era de castigo, de condenação. Era preciso, portanto, produzir frutos (de justiça), ou seja, dar de vestir a quem estava nu, repartir comida com quem não tinha, exigir justiça, não utilizar a força e a extorsão... Jesus se identifica com essa visão e aceita o batismo de João. Entretanto, após uma breve convivência com ele, Jesus amadurece uma outra visão e inicia uma nova prática social e religiosa. Rompe com João Batista e volta a Nazaré.
2. Jesus se entende como o profeta da graça, e não da des-graça. Diferentemente de João Batista, em lugar do machado (destruição) e fogo, Jesus proclama o Reino de Deus e não o dos homens poderosos. Jesus muda de lugar social: não o deserto e sim as cidades onde tem gente. Não uma espera estática em que as pessoas correm até ele, mas uma profecia em ação, onde o próprio Jesus corre atrás das pessoas. Não qualquer pessoa, mas, prioritariamente, os impuros, os rejeitados social e religiosamente, os “mikroi” (invisíveis, os microscópicos) que ninguém enxerga e valoriza. Não genericamente as ovelhas, mas “as ovelhas perdidas de Israel”. A proclamação do programa de governo de Jesus na sinagoga de Nazaré sintetiza a totalidade da missão-prática de Jesus...
3. A saída/rompimento com Nazaré/família e ida a Cafarnaum na terra dos impuros (Galiléia). A intuição e explicitação do projeto de Jesus encontra oposição frontal nos seus patrícios e dentre seus próprios familiares. Jesus rompe com o contexto da sua família de sangue/sinagoga/grupo social para se transferir “ao mar dos gentios, na Galiléia das nações”, ou seja, mergulhar no mundo dos pescadores cultualmente impuros e "ser família" com eles!. É nessa Galiléia de impuros, insubmissos e revoltosos, de enormes desigualdades que Jesus começa a identificar e a conviver com os “ novos rostos” de rejeitados e pobres (Aparecida 402)
4. Jesus cria o seu grupo e prova que o período em que Deus vem para governar de forma nova, já iniciou. Os cegos enxergam porque vêem que a esperança não morreu, os coxos e paralíticos se levantam e andam porque recobraram novo vigor e se mobilizam, os escravos são libertados porque não aceitam mais obedecer a leis injustas.... Essa opção-prática de Jesus foi tão clara que as bem-aventuranças e as parábolas manifestam/listam as categorias sociais que Jesus assistiu, serviu e chamou ao longo da sua vida. Mas, por que será que Jesus, que não era um rejeitado social, escolheu os “pequeninos-mikroi”? 1. Eram a maioria em Israel 2. Supunha-se que eles deviam ser os mais interessados numa mudança social e numa libertação integral 3. Eram tradicionalmente os preferidos de Deus 4. por compaixão/amor gratuito, sem maiores explicações. 5. Por que o reino de Deus viria seguramente mediante a prática da justiça e da misericórdia, “na defesa do direito do órfão e da viúva”.
1. A descoberta vocacional de Jesus. Foi a dura realidade social e política em que se encontrava Israel que abriu os olhos a Jesus. Quem o ajudou nessa leitura-análise foi João Batista mediante a sua pregação vigorosa. Israel, segundo João, estava fracassando como nação. As suas contradições o estão levando à falência social, religiosa e política. Era preciso uma rápida e radical transformação de atitudes e relações (conversão-mutação), pois Deus-juiz estava prestes a promulgar a sua sentença definitiva que era de castigo, de condenação. Era preciso, portanto, produzir frutos (de justiça), ou seja, dar de vestir a quem estava nu, repartir comida com quem não tinha, exigir justiça, não utilizar a força e a extorsão... Jesus se identifica com essa visão e aceita o batismo de João. Entretanto, após uma breve convivência com ele, Jesus amadurece uma outra visão e inicia uma nova prática social e religiosa. Rompe com João Batista e volta a Nazaré.
2. Jesus se entende como o profeta da graça, e não da des-graça. Diferentemente de João Batista, em lugar do machado (destruição) e fogo, Jesus proclama o Reino de Deus e não o dos homens poderosos. Jesus muda de lugar social: não o deserto e sim as cidades onde tem gente. Não uma espera estática em que as pessoas correm até ele, mas uma profecia em ação, onde o próprio Jesus corre atrás das pessoas. Não qualquer pessoa, mas, prioritariamente, os impuros, os rejeitados social e religiosamente, os “mikroi” (invisíveis, os microscópicos) que ninguém enxerga e valoriza. Não genericamente as ovelhas, mas “as ovelhas perdidas de Israel”. A proclamação do programa de governo de Jesus na sinagoga de Nazaré sintetiza a totalidade da missão-prática de Jesus...
3. A saída/rompimento com Nazaré/família e ida a Cafarnaum na terra dos impuros (Galiléia). A intuição e explicitação do projeto de Jesus encontra oposição frontal nos seus patrícios e dentre seus próprios familiares. Jesus rompe com o contexto da sua família de sangue/sinagoga/grupo social para se transferir “ao mar dos gentios, na Galiléia das nações”, ou seja, mergulhar no mundo dos pescadores cultualmente impuros e "ser família" com eles!. É nessa Galiléia de impuros, insubmissos e revoltosos, de enormes desigualdades que Jesus começa a identificar e a conviver com os “ novos rostos” de rejeitados e pobres (Aparecida 402)
4. Jesus cria o seu grupo e prova que o período em que Deus vem para governar de forma nova, já iniciou. Os cegos enxergam porque vêem que a esperança não morreu, os coxos e paralíticos se levantam e andam porque recobraram novo vigor e se mobilizam, os escravos são libertados porque não aceitam mais obedecer a leis injustas.... Essa opção-prática de Jesus foi tão clara que as bem-aventuranças e as parábolas manifestam/listam as categorias sociais que Jesus assistiu, serviu e chamou ao longo da sua vida. Mas, por que será que Jesus, que não era um rejeitado social, escolheu os “pequeninos-mikroi”? 1. Eram a maioria em Israel 2. Supunha-se que eles deviam ser os mais interessados numa mudança social e numa libertação integral 3. Eram tradicionalmente os preferidos de Deus 4. por compaixão/amor gratuito, sem maiores explicações. 5. Por que o reino de Deus viria seguramente mediante a prática da justiça e da misericórdia, “na defesa do direito do órfão e da viúva”.
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