Quanto mais se visitam as aldeias do Maranhão mais se percebe o sentimento de abandono e as situações de descaso que afetam todas as esferas da vida social e cultural desses povos. Nos dias passados estive em algumas aldeias próximas de Grajaú e com os índios conferimos quatro óbitos em uma semana somente em duas aldeias. Uma chamou a atenção, a de uma mulher que estava prestes a dar à luz. Todos haviam compreendido que seria um parto difícil e para tanto chamaram os responsáveis do Polo de Grajaú para ser transferidas ao hospital da cidade, mas não enviaram nenhuma ambulância. A mulher faleceu, e o paradoxal foi constatar a chegada da ambulância um dia quando após o seu enterro. A revolta indígena foi grande, mas tudo ficará impune! Entretanto, em várias aldeias estão construindo novos postos de saúde. Nas maquetes virtuais é coisa de primeiro mundo! Muitos se perguntam se irão sair do jeito que se apresentam na tela do computador e se ao realizá-los conforme o planejado haverá ainda falta de remédios básicos como vem acontecendo. A desconfiança é grande. Entrou o novo coordenador da SESAI do Maranhão, mas ainda não disse a que veio. Vamos dar tempo ao tempo, sempre que as tragédias não aumentem porque isso poderá explodir em reações inimagináveis!
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