Momentos de crise profunda ocorrem frequentemente na nossa vida. Familiares que adoecem, amigos que morrem, separações e abandonos, decepções com pessoas de confiança, oportunidades perdidas, estresse e sentimentos de solidão... Situações que nos levam a nos defrontar com o sentido da nossa própria vida. A perspectiva imediata, porém, da nossa morte nos assusta, e nos abala. Como encarar isso? E como conviver com isso, sem cair no desespero? A narração evangélica de hoje nos apresenta a experiência concreta, espiritual e humana, de Jesus, perante a sua morte. E perante o possível fracasso da sua missão. Jesus não a encarou com a postura do desesperado impotente. De um conformado passivo. No momento mais trágico em que entende que não havia como evitar a sua morte-derrota, Jesus já se vê como um ‘vitorioso’. Na hora em que as grandes testemunhas do Direito e do Profetismo corajoso (Moisés e Elias) lhe dão apoio e lhe falam sobre a sua inevitável ‘passagem’, Jesus sente que Deus está ao seu lado. Sente-se confirmado e motivado para não ter medo. E para seguir em frente. Uma lição de vida para seus apóstolos. E para nós discípulos que, frequentemente, ‘somos vencidos pelo sono’ (v.32) da alienação. Ou ‘não entendemos’(v.33) a urgência do momento presente, ou ‘sentimos medo’ (v.34) de tudo e de todos. Nunca como hoje precisamos ‘escutar o que Ele nos diz’! (v.35). Uma escuta que deve se ‘TRANSFIGURAR’ em ações e mobilizações concretas contra tudo o que fere e ameaça a vida. Construindo as ‘Política Públicas’ segundo o modo de governar da Realeza de Deus!
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