quinta-feira, 14 de março de 2019

Não há corpo habitável no caminho - por Romério Rômulo

1.
ando inabitável como ciranda calada.
a cadela que cuida de mim
alforriou meus ossos
os vinhos sobraram, fizeram festas
e nem assim eu quebrei.
as sombras encolheram
o doce do meu corpo.

2.
não há corpo habitável no caminho.
quando você se misturar comigo
eu vou beber sua água e seu levedo.




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