quarta-feira, 16 de março de 2022

As empresas mais multadas nas unidades de conservação da Amazônia

 

Nas unidades de conservação (UCs) federais da Amazônia, grandes empresas também estão por trás de vultosos desmatamentos e outras ações responsáveis por destruir a floresta. Somadas, três delas já receberam um total de R$ 130,8 milhões em multas aplicadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) entre 2009 e 2021. São elas: Salobo Metais S/A, ligada à Vale, Energia Sustentável do Brasil (ESBR) S/A, concessionária da Usina Hidrelétrica de Jirau, e a Floraplac, que produz chapas de MDF, ligada ao Grupo Concrem, gigante do setor madeireiro na Amazônia. Além das empresas, a análise realizada pela Agência Pública com base em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas, revela que são cerca de 10,5 mil autuações lavradas pelo ICMBio na região ao longo do período analisado.

O órgão é responsável pela gestão e fiscalização das 334 UCs federais espalhadas pelo Brasil — protegendo cerca de 10% do território nacional. A reportagem selecionou as 132 UCs federais do bioma amazônico, tanto de proteção integral quanto de uso sustentável, administradas pelo ICMBio. Essas 132 UCs concentram 9.400 multas com valor especificado, totalizando mais de R$ 3 bilhões. Não é possível saber quantas foram pagas. Fontes afirmam que raramente são quitadas. A partir dessas informações, foi possível verificar quais são as UCs mais visadas e quem são as pessoas físicas responsáveis pela destruição da maior floresta tropical do mundo. A análise a seguir destaca as empresas mais infratoras.


 



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