terça-feira, 1 de março de 2022

O racismo de quem chora pela Ucrânia, mas ignora a dor que está ao seu lado

Aqui acima: não é Ucrânia....é o blindado da PM no Rio.

 “Estamos no século 21, em uma cidade europeia, e temos disparos de mísseis de cruzeiro como se estivéssemos no Iraque ou no Afeganistão, dá para imaginar!”.(jornalista francês Ulysse Gosset)

 “É muito tocante para mim porque estou vendo europeus loiros e de olhos azuis sendo assassinados”(David Sakvarelidze, ex-procurador geral adjunto da Ucrânia)

Uma operação ocorrida há pouco mais de duas semanas na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte, deixou oito pessoas mortas e 5.740 alunos ficaram sem aulas. Somente no ano passado, mais de 4.600 tiroteios foram registrados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, uma média de 13 por dia, de acordo com dados do Relatório Anual de 2021 do Instituto Fogo Cruzado. Ademais, as operações policiais provocaram a morte de 1.084 vidas, deixaram 1.014 pessoas feridas e 17 crianças e 43 adolescentes baleados na região metropolitana. Apesar da dimensão da violência, Gizele afirma que não se pode chamar de “guerra” o que acontece aqui. “Nas favelas e periferias do Rio, quem nos ataca é o Estado. Um Estado que tem do seu lado outros tipos de política que atacam a vida negra e pobre favelada para além dos ataques bélicos”, afirma. Outro ponto mencionado pela moradora da Maré é a intensa utilização de novas tecnologias de guerra nas favelas. “Fazem da gente laboratórios de uma política da morte, testam nas nossas vidas os tanques, os helicópteros blindados e as armas, acredito que esses conflitos em territórios empobrecidos, seja no Brasil, no Haiti, na Palestina são para fazer das nossas vidas grandes laboratórios de uma política da morte”, destaca. “Por trás disso há grandes empresas bélicas e de tecnologias de vigilância fazendo testes com as nossas vidas.”


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