A pastoral com a população indígena, o desafio das seitas e a promoção do apostolado laical são apenas alguns dos desafios enfrentados pela Igreja no Brasil na região da Amazônia. Mas o desafio mais importante é a pastoral num território imenso, às vezes impenetrável, de milhares de pequenas aldeias. Uma das maiores dificuldades é a pastoral com a população indígena. Entrevistado pelo Programa Brasileiro, Dom Cláudio relevou a importância da preservação da identidade cultural, da defesa das terras reservadas às populações indígenas e do respeito aos seus direitos humanos. Para ele, o fundamental é evangelizar, sim, mas com sustentabilidade e, sobretudo, respeito pelos povos nativos. "Na Assembleia Geral da CNBB, que será depois da Páscoa, já convocamos os Bispos da Amazônia, teremos uma grande reunião com a Comissão, para primeiramente ouvi-los. Começaremos a abordar assuntos específicos porque a Amazônia, como todos sabem, é uma região muito particular, tem particularidades que não deveriam ser destruídas. O risco é que se trate a Amazônia como qualquer outra parte do Brasil ou do mundo. O desenvolvimento deve preservar, ser oferecido aos índios, e não imposto. No entanto, eles têm direito a que se lhes ofereça o desenvolvimento moderno, na medida e no ritmo em que o quiserem; sem lhes impor, e menos ainda destruir, mas que eles assimilem e façam seu desenvolvimento a partir daquilo que é oferecido pela comunidade mundial e brasileira em termos de progressos econômicos, científicos e técnicos. Eles devem ser sujeitos desta história. Quanto à Igreja, existem aqueles que defendem o direito dos índios, importantíssimos, e outros que defendem a evangelização direta, mas as duas coisas são as duas pernas com que se deve andar. Não se pode caminhar com uma perna só, seria prejudicial para os próprios índios. A Igreja de fato, se torna cada vez mais consciente, e eles também. Estas são as coisas que devemos trabalhar e ajudar”. (Fonte:Radio Vaticano)
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