Ainda não há detalhes sobre mais um brutal assassinato que na sexta feira passada, 28 de abril, ceifou a vida da líder indígena da aldeia Coquinho II, no município de Genipapo dos Vieiras, Maria Amélia Pereira Guajajara, 52 anos. Sabe-se que foram dois tiros, ação de quem sabe como matar, e não ferir. Há um certo desencontro sobre o suspeito responsável dos tiros. Alguns afirmam que seria um noto foragido da justiça que vive com uma jovem indígena e procurado por ser responsável de inúmeros assaltos na BR 226. Se isso for verdade, talvez aqui se deva encontrar a chave do movente do homicídio de Maria Amélia. A líder Guajajara era conhecida por ser uma mulher bem esclarecida, consciente dos problemas que afetam a terra Canabrava-Guajajara que continua sendo palco de numerosos conflitos que vão desde o roubo de madeira nobre aos citados assaltos promovidos por numerosos não indígenas que lá se escondem e se infiltram. Alguns líderes Guajajara afirmam explicitamente que foi a determinação da líder em sugerir abertamente a expulsão ‘desses estranhos’ que teria provocado a ira de um dos mais procurados da região. O crime está sendo investigado. Não se descarta, dada a impressionante e preocupante freqüência com que se matam indígenas naquela região de Grajaú, que haja uma intervenção firme da Polícia Federal. Algo que deveria ter acontecido há muito tempo. A não ser que se queira continuar assistir de camarote à eliminação física e moral de um povo já duramente provado pelo esbulho do seu patrimônio e, principalmente, por ser vítima de preconceitos, racismos e perseguição moral de toda ordem!
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