Na entrevista, a primeira que o secretário pessoal de Ratzinger, Gaënswein, concede reconheceu que “ficou sabendo das suas intenções” semanas antes que o Papa tornasse pública a sua renúncia e que, apesar das tentativas, foi impossível convencer Bento para que voltasse atrás. “O Papa havia tomado uma decisão, e não queria nem podia ser convencido do contrário”, acrescentou. “Ele (Ratzinger) chegou à conclusão de que não tinha as forças necessárias para liderar a Igreja em tempos certamente turbulentos, e que era necessário alguém com uma forte personalidade para tomar o controle da situação”, acrescentou o religioso, que negou que o escândalo dos vazamentos, mais conhecido como Vatileaks, tivesse sido determinante na histórica decisão de renunciar.Sobre o sucessor do pontífice emérito, Gaënswein reconhece que existem “diferenças” entre Bento XVI e Francisco, mas que estas são “de estilo e em nenhum caso dizem respeito a matérias de fé”.“A principal diferença – aponta o secretário do papa alemão – está no modo de aproximar-se das pessoas”. Reconhece que Francisco “caminha junto com as pessoas e abraça-as”, ao passo que Bento “era mais reticente e gostava mais da paz e da tranquilidade”.
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