Em 2008, Eduardo Campos e Paulo Roberto Costa assinaram, com direito a ampla cobertura da mídia, um acordo pelo qual a Petrobras anteciparia ao Governo de Pernambuco, R$ 475 milhões para obras de ampliação e aprofundamento de Suape, como antecipação das tarifas portuárias que teria de pagar pelo uso futuro de suas instalações. Nada de errado nisso, faz parte do processo federativo delegar obras e prover recursos. Só que isso colocava diretamente sob o controle do Governo estadual as licitações, contratações e pagamentos, cabendo à Petrobras, simplesmente, repassar recursos à media em que o projeto avançasse, no que, em administração pública, chamamos de “cronograma físico-financeiro”. Mas a coisa, em Pernambuco, não andou. E só em 2011, com a interveniência da Secretaria Especial de Portos do Governo Federal – comandada, aliás, pelo PSB – foi dada a ordem de serviço para o início das obras de dragagem, festejada pelos socialistas. Elas foram licitadas e contratadas com base apenas no projeto básico e tiveram um reajuste de R$ 62 milhões no preço, de R$ 275 milhões para R$ 337 milhões. Em maio de 2013, a obra de dragagem – ganha pela holandesa Van Oord – foi interrompida por falta de pagamento. A Secretaria de Portos da Presidência (SEP) parou na metade o repasse de verbas, porque rejeitou as prestações de contas apresentadas pela administração do porto, ligada ao governo estadual.Além disso, como narrou, na época, o Estadão, “a SEP diz que os custos de mobilização e desmobilização da obra em Suape são muito superiores aos praticados em 14 portos brasileiros. O valor orçado é quase o dobro do maior preço pago em outras unidades. Gestores do porto alegam que os equipamentos usados ali são diferenciados, o que eleva os preços.O Governo Dilma não recuou diante das pressões de Campos pela liberação e é o próprio jornal paulista quem diz que o episódio Suape “ foi causa de embate entre Dilma e Campos”.E o processo avançou para o inquérito aberto pela CGU, órgão diretamente subordinado à Presidência, com base naquele antigo documento, de 2008, ” assinado pelo então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, hoje preso no Paraná por conta de supostos desvios de recursos públicos empregados na refinaria de Abreu e Lima; o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República; e o presidente do Porto de Suape na época, Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro de Integração Nacional no governo da presidente Dilma Rousseff, aliado de Campos e candidato ao Senado por Pernambuco”.Fernando Bezarra Coelho, aliás, tem irmão, cunhada e filho na lista do doleiro Albetyo Youseff.Todas as informações elencadas aqui são públicas e publicadas antes do acidente fatal de Eduardo Campos, que podia se defender delas.Restringem-se a fatos e processos administrativos e não contêm, como reclama Marina, qualquer “ilação”.Mas provam, de maneira inequívoca e factual como o Governo Dilma, há mais de um ano, investigava a regularidade dos negócios de Paulo Roberto Costa e, especificamente, aqueles em que teve entendimentos com o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. (Fonte Conversa Afiada do Amorim)
Comentário do blogueiro - Há de se supor que algo parecido deve ter ocorrido com o governo do Maranhão, estado em que a Petrobrás deveria ter iniciado a construir a refinaria PREMIUM.
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