O indígena I.J. Ka'apor que não quis ser identificado, foi uma das vítimas, em um atentado no último dia 16, enquanto vistoriava a aldeia Ypahurenda, uma das oito áreas de proteção da Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, justamente para impedir a ação de madeireiros. I.J. é uma das lideranças mais combativas na defesa da Terra Indígena. Ele passava sozinho, em uma motocicleta, pela mesma estrada onde outra liderança, Eusébio Ka’apor foi assassinado, em abril. Ele notou que dois homens o seguiam, também de motocicleta, porém pararam nas proximidades de um povoado no município de nova Olinda do Maranhão. No retorno, I.J., acompanhado de outros dois indígenas, passou pelos suspeitos, que os seguiram e atiraram contra, eles. Ninguém se feriu. No local onde os indígenas sofreram a emboscada, testemunhas denunciaram que cinco caminhões carregados de madeira saíram do local, na última segunda-feira (20). Diante da omissão do poder público, os indígenas fizeram um encontro sobre vigilância e proteção territorial, em 26 e 27 de julho, no município de Zé Doca, onde discutiram estratégias de resistência e pediram justiça nos outros assassinatos sofridos. Os indígenas, que haviam fechado todos os ramais madeireiros, só retomaram as operações autônomas de fiscalização do território há um mês e voltaram a sofrer represálias. (Fonte: CIMI)
Comentário do blogueiro - Estado omisso em defender reservas de proteção ambiental, omisso em identificar e punir os assassinos de quem defende territórios federais. Aos índios só cabe responder aos seus ameaçadores com seus mesmos métodos, só que nesse caso, legítimos, haja vista a falta de responsabilidade oficial. O diacho é que há peixes graúdos ligados a políticos locais que estão envolvidos e, talvez, até os próprios inquirentes.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário