Confira, a seguir, um breve levantamento dos 9 parlamentares que integram a tropa de choque de Cunha no Conselho e que, por muito pouco, não conseguiram impedir a investigação contra o presidente da Casa.
1. Manoel Júnior (PMDB-PB). Manoel Junior, deputado federal pelo PMDB da Paraíba, fiel aliado de Eduardo Cunha. Teve o seu nome citado no relatório da CPI da Pistolagem por possível envolvimento no assassinato de um vereador. Foi chamado de “picareta desqualificado” por Ciro Gomes quando esteve cotado para assumir o Ministério da Saúde. “Quando a imprensa vasculhar a vida desse camarada, ele não dura 15 dias”, disse Ciro.
2. Wellington Roberto (PR-PB). Deputado Federal pelo PR da Paraíba. Foi acusado pelo empresário Darci Vedoin de envolvimento no chamado Escândalo dos Sanguessugas — esquema milionário que consistia em desviar dinheiro público destinado a compra de ambulâncias e equipamento hospitalar. Wellington gastou R$ 189 mil de sua cota parlamentar para abastecer carros do seu escritório político no posto de gasolina do irmão.
3. Paulinho da Força (SD-SP). Paulinho da Força é o líder e fundador do Solidariedade. Apoiou Aécio Neves nas últimas eleições presidenciais e tem se revelado um dos maiores defensores do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Chegou a dizer que “não interesse as acusações que pesam sobre Eduardo Cunha, porque o importante é derrubar a Dilma”. Foi condenado, em 2010, a devolver R$ 235 mil aos cofres públicos e pagar multa de R$ 471 mil por irregularidades e desvios no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Atualmente, Paulinho da Força é réu no STF acusado de desviar dinheiro do BNDES. O Ministério Público pediu a condenação do deputado.
4. Cacá Leão (PP-BA). O deputado Cacá Leão foi integrante da falecida CPI da Petrobras até que o seu pai, o também deputado João Leão (PP-BA), apareceu como um dos parlamentares que tiveram o pedido de abertura de inquérito aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cacá Leão tem evitado a imprensa desde que surgiram especulações de que votaria a favor de Eduardo Cunha no Conselho de Ética. As especulações se confirmaram na manhã desta terça-feira (15) e o deputado já está sendo cobrado por eleitores.
5. Erivelton Santana (PSC-BA). Deputado pelo Partido Social Cristão (o mesmo de Marco Feliciano e Eduardo Bolsonaro), Erivelton Santana elegeu-se com a promessa de que defenderia, na Câmara dos Deputados, os “valores da família brasileira”.
6. João Carlos Bacelar Filho (PR-BA).
7. Ricardo Barros (PP-PR). Relator da Comissão do Orçamento 2016 e aliado do governador Beto Richa (PSDB) no Paraná, Ricardo Barros é o deputado que pretende cortar R$ 12,2 bilhões do Bolsa Família — programa que atende 14 milhões de famílias, ou aproximadamente 50 milhões de pessoas, cerca de metade delas crianças e adolescentes. “Ninguém vai ficar na miséria se cortar um pouco do Bolsa Família”, justificou. Ao mesmo tempo, Barros quer duplicar a verba destinada aos partidos políticos, de R$ 311 milhões para R$ 600 milhões (Fundo Partidário).
8. Vinicius Gurgel (PR-AP). Vinicius Gurgel está no primeiro mandato como deputado federal. Ganhou destaque na imprensa nacional pela reportagem “Os Campeões do Cotão”, por ter solicitado reembolso na Câmara Federal de R$ 190 mil por aluguel de veículos e embarcações.
9. Washington Reis (PMDB-RJ) Washington Reis já teve os seus direitos políticos cassados por três anos após condenação por improbidade administrativa quando foi prefeito de Duque de Caxias. Em 2014, foi alvo de investigação da PF e do Ministério Público Federal (MPF) por supostas fraudes em licitações. Na época, agentes federais chegaram a entrar na casa do deputado e apreenderam documentos. O deputado federal é investigado também em uma ação do Supremo Tribunal Federal por crime ambiental. Além dessas ações, Washington Reis é investigado em inquéritos que apuram supostos crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.
(Fonte: Blog do Luis Nassif)
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