O cacique Guajajara José Dias da aldeia que leva o seu nome, na T.I. Bacurizinho (Grajaú) foi barbaramente assassinado no sábado passado dia 12 de novembro entre as 17.00 e 18.00 horas enquanto estava se preparando para tomar banho no Rio Itapecuru. Ele foi espancado e parcialmente mutilado. O suspeito pelo assassinato , um sujeito muito conhecido na cidade, inclusive por estar a serviço de um mandachuva local que reivindica a terra ocupada por José Dias, se encontra foragido. Os índios das aldeias próximas estão revoltados não somente pela covardia do ato, mas pelas explicações da polícia civil segundo a qual o cacique teria morrido por afogamento. Na realidade, tudo leva a crer que o homicídio se deve ao velho conflito pela disputa de uma faixa de terra, dentro do território indígena, que um cidadão de Grajaú diz lhe pertencer. Ocorre que a faixa de terra reivindicada encontra-se dentro da terra indígena Bacurizinho, algo consolidado e reconhecido pelo G.T. do Ministério da Justiça ainda quando Tarso genro era ministro da Justiça do governo Lula. Inconformado, esse senhor vem entrando sistematicamente com varias petições junto à justiça local exigindo a retirada do cacique José Dias e de mais 5 ocupantes. O próprio juiz da comarca rejeitou os documentos da suposta propriedade, adquirida mediante herança familiar,, segundo justifica aquele cidadão. Até o presente momento o magistrado só determinou que não houvesse qualquer tipo de desmatamento e de atividade carvoeira. Os indígenas não têm dúvida de que foi crime por encomenda. O secretário estadual dos Direitos Humanos avisado do ocorrido garantiu que enviaria uma equipe à região.
Um comentário:
Covardia e falta de humanismo. Lamentável nosso povo tratar os verdadeiros dono do Brasil (os índios) como invasores. Justiça seja feita, neste noutros casos de assassinato a indígenas.
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