‘A Bunge deveria seguir o exemplo da Shell e se retirar da terra Guarani, sem esconder-se em desculpas de um reconhecimento oficial da terra, o qual poderia levar décadas’. Este foi o conselho dado pelo diretor da Survival International, Stephen Corry, à multinacional Bunge que produz cana de açucar em terras tradicionais dos índios Guarani. A Ong inglesa que luta pela causa dos índios no Brasil e de outros povos ameaçados no mundo inteiro, denunciou na última semana que a subsidiária brasileira em Mato Grosso do Sul da gigante estadunidense Bunge, utiliza cana-de-açúcar produzida em terras contestadas pelos índios para a produção de biocombustíveis. A Survival International ouviu os dois lados envolvidos na questão: índios e Bunge. Os Guarani disseram que não querem cana-de-açúcar em suas terras ancestrais, pois “ela machuca a nossa saúde, incluindo a saúde de nossos filhos e dos anciãos, e o veneno contamina a água”. Por outro lado, ainda de acordo com a Survival International, a Ong escreveu à Bunge e obteve como resposta a certeza de que “a companhia, sem demonstração alguma de remorso, afirmou que continuaria a retirar a cana-de-açúcar da terra ancestral Guarani até que as autoridades brasileiras demarcassem completamente a área como indígena”. Stephen Corry afirmou que “muito do biocombustível brasileiro está manchado por sangue indígena. Aqueles que o usam, deveriam saber que a sua escolha ‘ética’ está contribuindo para a morte e destituição absoluta de índios Guarani. (Fonte: Rádio Vaticano)
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