A Comissão Nacional da Verdade tem, desde outubro último, um abacaxi graúdo para descascar. O Exército está sendo acusado de ter eliminado 2 mil índios da nação waimiri-atroari, no Amazonas. A Comissão tem um relatório com documentos, organizado pelo Comitê da Verdade, do Amazonas, com relatos de índios, militares, funcionários da FUNAI, entre outros testemunhos. A pergunta é: o que fizeram os índios para sofrer essa violência? Estávamos em pleno governo militar e as terras desses índios ficavam na conexão do Brasil com o Caribe. Se a Comissão ratificar a denúncia, o número de vítimas da ditadura, hoje na ordem de 457, vai assustar o país. Os índios Parwé e Wamé recordam o lançamento de bombas, naqueles anos, incendiando suas aldeias, não ficando vivo ninguém próximo. No início do século XX, eles viviam a 50 km de Manaus. Foram empurrados pelas frentes (BR-174, Balbina). Hoje algumas aldeias distam até 400 km da capital. Há um relatório assinado pelo general Gentil Paes, produzido em parceria com a FUNAI, à época subordinada ao Exército, determinando "demonstrações de força, mostrando aos mesmos os efeitos de uma rajada de metralhadora, de granadas defensivas e da destruição pelo uso de dinamite". Corria o ano de 1974. Outro general, Altino Berthier, num livro de memórias compara as ações militares às dos alemães na II Guerra. "Tive o privilégio de perceber, sentir e registrar os efeitos daquela blitzkrieg (tática dos nazistas) sobre território desconhecido, enxotando um povo perplexo, que reagia violentamente ante a desestruturação de sua célula familiar e de seu universo telúrico." (Fonte: O Globo)
Comentário do blogueiro - Que se realize com relação às investigações de massacres de milhares de indígenas da Amazônia na época da ditadura militar o que já Jesus de Nazaré dizia: ’ A verdade vos libertará’ Que liberte das mentiras até hoje divulgadas, das omissões utilizadas para justificar a ‘conciliação e reconciliação nacional’, do desejo-vontade, hoje, de lançar mão dos mesmos métodos!
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